Na noite da última sexta-feira, após a realização do protesto contra
os governadores paulista, Geraldo Alckmin (PSDB) e carioca, Sérgio
Cabral (PMDB), um grupo de cidadãos acampou em frente ao portão 2 do
Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado.
O grupo permanece no local e o COADE esteve neste domingo conversando com os manifestantes.
Inicialmente foi possível verificar o cenário comum a um governo que não
tem como proposta o diálogo com a sociedade. De um lado da rua, a
entrada do Palácio sob especial vigilância e do outro cidadãos exercendo
a cidadania. Além de policiais e viaturas que são perceptíveis
facilmente, um dos acampados nos aponta um policial escondido no jardim
interno da sede do governo filmando as movimentações do grupo.
Cerca de 30 acampados conversaram conosco. Disseram que na pauta das
reivindicações estão: a luta pelo esclarecimento do desaparecimento do
pedreiro carioca Amarildo de Souza; a desmilitarização da polícia, a
realização de uma CPI dos transportes, o fim do genocídio da juventude
negra e a exigência de uma educação digna.
A falta de diálogo por parte do poder público e a violência dos policiais também são graves problemas apontados por todos.
Ao serem questionados se o grupo tem um líder, afirmam que não. Dizem
que são do povo e que se conheceram através da internet em redes sociais
e também nas ruas durante outras manifestações. Eles afirmam que não há
prazo para deixar o local e brincam que talvez fiquem até o natal. Eles
possuem mantimentos para alimentação além de barracas e lona para se
protegerem da chuva e do frio.
Os Advogados para a Democracia apoiam a manifestação legítima bem como a
sua pauta. A rua é espaço público e como tal deve ser encarado por
cidadãos e pelo governo constituído em um Estado Democrático de Direito.
Imagens do local:
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