A República tucana (ou do rabo azul) de Higienópolis se rebelou contra o governo estadual paulista (comandado pelos seus pares) e vetou a construção da estação de metrô naquele conjunto de "populares" quarteirões. A estação pertenceria à linha 6 que, pelo projeto, deve ligar Brasilândia ao Centro.
Segundo o empresário Pedro Ivanow, presidente da Associação Defenda Higienópolis, "prevaleceu o bom senso". Aquele bom senso de não ter a convivência com o povão (ou com gente feia) que utiliza transporte público. Imagine, prezado(a) leitor(a), os doutores devidamente engravatados tendo que ver da janela de seus carros blindados a indevida aproximação de seres humanos entrando e saindo da estação em busca do pão de cada dia e, ainda, atrapalhando o trânsito. Que horror!
Nada é mais importante do que a manutenção da arquitetura da exclusão praticada há anos pelos sucessivos governos tucanos. Vale lembrar que o ex-prefeito José Serra implantou pela cidade rampas antimendigo que consiste na colocação de grandes blocos de concreto que impedem o morador de rua de se alojar abaixo de viadutos podendo se proteger do tempo e dos grupos de extermínio.
A República higienista, não por acaso, tem como rei o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que reside há décadas em Higienópolis e já estuda o pedido de independência criando um competente monitoramento das fronteiras e exigindo passaporte e visto para os serviçais (negros, nordestinos e pobres).
Para "comemorar" mais essa grande conquista da realeza paulistana, a blogosfera progressista divulga a realização do “Churrascão da Gente Diferenciada”, com direito a pagode. É o último evento aberto aos vassalos antes da absoluta predominância de brancos, bonitos, limpinhos e endinheirados no bairro.
É pura tucanagem!
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