DO COADE
Morreu nesta quinta-feira (5/12), em sua residência, em
Johannesburgo, aos 95 anos, o advogado e ex-presidente da África do Sul Nelson
Rolihlahla Mandela, um dos mais importantes nomes do século XX.
Maior referência na luta contra o apartheid, o regime de
segregação racial, Mandela nunca mediu esforços para que a paz entre seres
humanos prevalecesse negando a ideologia de que existem raças humanas e que uma
é superior a outra.
A sua luta foi tão profunda que conquistou o respeito de
adversários. Ele foi o primeiro presidente negro da África do Sul (1994 a 1999)
e recebeu o Prêmio Nobel da Paz (1993).
O “Madiba” (apelido de Mandela), foi reconhecidamente um
grande conciliador. Acreditava na transformação através de um processo de
transformação baseado no argumento e no convencimento. Recebeu o título de O
Pai da Pátria da nação sul-africana. O Dia Internacional Nelson Mandela em
defesa da luta pela liberdade, justiça e democracia foi instituído pela
Organização das Nações Unidas (ONU), em 2009.
Esteve 27 anos preso por sua atuação em defesa da liberdade,
da democracia e da igualdade racial.
Vale ressaltar que os mesmos que prenderam, perseguiram e
excluíram Mandela e tantos outros negros estão hoje, hipocritamente, enviando
condolências à família, lamentando a sua morte e ainda praticando o racismo e a
discriminação mundo afora.
Pessoas como Mandela não vivem, existem. Pessoas como
Mandela não morrem, se eternizam.
Trecho da sua declaração de defesa no julgamento de Rivonia
(Pretória), em 20 de abril de 1964:
"Durante a minha vida, me dediquei à luta do povo
africano. Lutei contra a dominação branca, e lutei contra a dominação negra. Eu
defendi o ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todas as pessoas
vivem juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal para o qual
espero viver e conseguir realizar. Mas, se preciso for, é um ideal para o qual
estou disposto a morrer."
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