Do COADE
No último sábado (30/11) o Coletivo Advogados para a
Democracia promoveu o primeiro debate público acerca do tema "O Estado
Repressor: Comunicação e Educação como formas de Resistência", no
Sindicato dos Advogados do Estado de São Paulo.
Com a presença de cidadãos e cidadãs de diversas áreas de
atuação, foi possível realizar debates enriquecedores que apresentaram a todos
a problematização do Estado repressor bem como formas de resistência a ele.
Rodrigo Sérvulo (advogado e sociólogo) iniciou os trabalhos
apresentando o Coletivo a todos e explicou a razão de sua existência. Informou
que iniciava-se ali uma série de debates com a sociedade civil em busca da
dignidade aos cidadãos no campo democrático e que esse é um dos objetivos do
COADE. Rodrigo acredita que é preciso
fomentar a luta pela efetiva democracia junto a todos os seguimentos sociais.
Reforçou que a Associação não é formada apenas por profissionais da advocacia,
mas por cidadãos que defendam a democracia plena e que para alcançá-la é
preciso união. Segundo ele, não há Estado Democrático de Direito sem uma
comunicação, efetivamente, social.
Em seguida, Rachel Moreno (Observatório da Mulher) fez uma
apresentação da necessidade de Democratização da Mídia focada na questão da
mulher que é constantemente coisificada pelos velhos meios de comunicação que
existem em nosso país. Apresentou números alarmantes de violência contra a
mulher e apontou alguns caminhos possíveis para ao menos diminuir o assustador
cenário. Para ela é necessário que se aprove uma Lei de Mídia que seja capaz de
apresentar parâmetros para a prática de informar os cidadãos. Ela reiterou que
não se trata de censura mas apenas de garantida da democracia.
O debate seguiu com o tema educação onde os professores
presentes puderam trocar experiências e buscar caminhos de resistência e
reflexão no cotidiano docente. A campanha DeseducadoSP foi lembrada como um
instrumento importante de denúncia e de fortalecimento da luta por uma educação
digna.
Ao final, Mateus Oliveira Moro (defensor público) fez
apontamentos sobre o Estado e a violência institucional apresentando situações
do seu cotidiano e referendando a percepção de que a violência que o Estado
pratica não é uma distorção mas apenas uma reafirmação do seu poder, da sua
atuação. Tudo está funcionando perfeitamente segundo os princípios que norteiam
o Estado e urge mudanças nessas bases. Mateus lembrou que diante dessa
constatação é necessário buscar caminhos possíveis para alterar as bases do
Estado e um dos caminhos é a resistência.
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