“(À) Deriva Metrópole: São Paulo” é refletida no prédio da Igreja do Largo Santa Cecília
Do Brasil de Fato
Com os olhos atentos à tela iluminada, pessoas param a conversa para conferir o documentário que de tantos chama a atenção. A média metragem “(À) Deriva Metrópole: São Paulo”, refletida no prédio da Igreja do Largo Santa Cecília, no centro em São Paulo (SP) na noite do domingo (11), é observada com curiosidade por transeuntes e clientes de bares próximos.
Feito pelo coletivo Mapa de Xilográfico, “(À) Deriva Metrópole: São Paulo” repercute graves problemas do processo de urbanização da cidade e mostra o desrespeito ao direito básico de moradia. Trata, dentre outros casos, da construção do Rodoanel, da situação da população de rua na região central, da ameaça de desmatamento e poluição de Marsilac e da ação de comunidades que podem ter a vida afetada por projetos e empreendimentos.
No Largo Santa Cecília, o documentário é assistido também por pessoas do bairro que foram entrevistadas pelo coletivo. Exibir e disponibilizar o filme para as comunidades que ajudaram a construí-lo é, na opinião da integrante do coletivo Tábata Costa, contribuir com mais uma ferramenta para que continuem resistindo à ameaça de expulsão de suas moradias e aos problemas urbanos.
“A gente ficou mais de um mês em muitos dessas regiões, contatando várias pessoas e as encontrando diversas vezes. As comunidades abriram suas casas, escolas, espaços culturais. Foram muito receptivas e tivemos uma troca muito grande. Então não fazia sentido não retornar lá. Queremos que usem o documentário também como ferramenta na sua atuação”, afirma.
Além de Tábata, o coletivo é formado pelos professores Diogo Rios e Milene Valentir. Durante todo o ano de 2011, eles visitaram, entrevistaram e fizeram intervenções artísticas nos bairros Jardim Pantanal e União de Vila Nova na zona leste, Jardim Corisco na zona norte, Santa Cecília no centro, Perus na zona noroeste e Marsilac na zona sul.
Com o documentário pronto, retornaram às comunidades e organizaram sessões. O retorno tem sido positivo, afirma Tábata. “As pessoas sempre se empolgam e contam mais histórias. Também querem saber mais do projeto e conhecer mais a gente”.
“No meio dessa loucura toda de São Paulo, a gente acaba conhecendo muita gente legal e interessante, que enfrenta com muita resistência e muita luta os problemas que têm. É muito estimulante ver que não estamos sozinhos, que não somos só nós que nos incomodamos com as coisas e queremos fazer a nossa cidade”, complementa a integrante.
Confira o Trailer:
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