A tradição de assassinatos políticos segue no Guarujá, cidade do litoral paulista conhecida como "Pérola do Atlântico". A ilha que foi contemplada pela natureza por diversas praias maravilhosas sofre há décadas com o descaso de inúmeros representantes eleitos pelo povo para administrar a cidade que não tomam providências para que tais fatos deixem de ocorrer.
Na última quinta-feira foi assassinado, com cinco tiros, o ex-secretário de governo daquela cidade que foi exonerado no último dia 02/03, Ricardo Augusto Joaquim de Oliveira de 47 anos. Segundo testemunhas, ele participava de uma reunião do seu partido, o PPL – Partido da Pátria Livre (que tem como origem o MR-8).
A reunião ocorria em uma casa com mais de vinte pessoas quando uma moto estacionou em frente ao local e dois homens com capacetes invadiram o local sendo que um deles rapidamente se dirigiu a Ricardo e o executou com dois tiros.
Trata-se de uma prática comum na ilha de Santo Amaro (nome de origem da cidade). Já foram vítimas de assassinatos políticos os vereadores Orlando Falcão (morto em 1997), Ernesto Pereira (PTN) de de 38 anos (morto em 2001), Williams Andrade Silva (PP)de 41 anos(morto em 2008) e Luis Carlos Romazzini (PT) de 45 anos (morto em 2010).
Não há como afirmar que esses fatos possuem ligação com o crime organizado mas, no mínimo, deixa a dúvida. A região é responsável por grande movimentação de drogas e de contrabando que chegam ao nosso país através do porto de Santos e essa movimentação é realizada por grupos que se infiltram no poder constituído para impor condições através da força que possuem.
Além disso, os casos são pontuais e possuem o mesmo modus operandi. Em todos há uma moto com dois homens encapuzados ou com capacetes e a execução é efetuada com tiros. E como se tudo isso não bastasse, são abertas investigações e os casos acabam sendo esquecidos e sem o devido esclarecimento.
Um verdadeiro faroeste à beira do Atlântico.
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