Ontem, mais uma comprovação da nefasta atuação daquele Estado junto aos EUA (país que mais assassinou, invadiu países, realizou golpes e implementou ditaduras da história da humanidade. Relembre), surgiu em publicação do Wikileaks com documentos que demonstram o apoio ao golpe ocorrido no Chile (11 de setembro de 1973) matando o presidente Salvador Allende e colaborando com a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
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Allende se defende durante ataques ao Palácio La Moneda em 1973
Um dos documentos, datado de 18 de outubro revela que o então substituto do secretario de Estado Vaticano, Giovanni Benelli, expressou a diplomáticos dos EUA “sua grande preocupação, e do papa Paulo VI, pela exitosa campanha internacional esquerdista para falsear completamente as realidades da situação chilena”. Segundo o documento, o então secretario de Estado do Vaticano saiu em defesa dos golpistas perante o corpo diplomático nos Estados Unidos e qualificou de propaganda comunista as denúncias sobre as violações aos direitos humanos da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1900).
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“Benelli classificou de exagerada a cobertura dos acontecimentos como possivelmente o maior êxito da propaganda comunista, e sublinhou o fato de que inclusive círculos moderados e conservadores pareciam muito dispostos a crer nas mentiras mais grosseiras sobre os excessos da Junta chilena” diz um comunicado do Departamento de Estado.Segundo o comunicado “a Arquidiocese em Santigado, o cardeal [Raul] Silva e o Episcopado chileno em geral asseguram ao para Paulo que a Junta está fazendo todo o possível para que a situação volte à normalidade e que as histórias dos meios internacionais que falam de uma repressão brutal não tem fundamento”.
Considerado o "número dois" do papa Paulo VI, Benelli foi o escolhido para receber o ex-presoidente dos EUA, Richard Nixon ao descer de um helicóptero na Praça de San Pedro em 1969, para selar a aliança anticomunista entre a Casa Branca e o Vaticano.
Números da ditadura chilena
O relatório Retting, realizado pela Comissão da Verdade e Reconciliação da 1991 e que contabilizou apenas execuções e desaparecimentos, reconheceu um total de 2279 mortes cometidas pelo estado durante a ditadura Pinochet. Já a Comissão Valech, batizada com esse nome para homenagear o exbispo de Santiago, Sergio Valech, ampliou a pesquisa sobre a repressão e enumerou mais de 30 mil vítimas em relatório apresentado em 2004, do qual 28 mil são relaciuonadas a detenções ilegais, tortura, execuções e desaparecimentos. O segundo reçatório da Comissão Valech, entregue em agosto de 2011 ao presidente Sebastián Piñera, reconhece mais de 40 mil vítimas.
* Com informações da agência pública de notícias de Cuba, Prensa Latina e da emissora multiestatal Telesur
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