terça-feira, 9 de abril de 2013

GOLPE EM NOME DE DEUS

Não é novidade que o Vaticano historicamente sempre se posicionou próximo à lógica de dominação promovida pelo status quo do mundo capitalista globalizado. 

Ontem, mais uma comprovação da nefasta atuação daquele Estado junto aos EUA (país que mais assassinou, invadiu países, realizou golpes e implementou ditaduras da história da humanidade. Relembre), surgiu em publicação do Wikileaks com documentos que demonstram o apoio ao golpe ocorrido no Chile (11 de setembro de 1973) matando o presidente Salvador Allende e colaborando com a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). 

Confira: 

Wikileaks: Vaticano foi cúmplice do golpe de Estado no Chile

 http://www.ebc.com.br/sites/default/files/styles/large/public/luis_orlando_vasquez_allende_se_defende_no_la_moneda.jpg
 Allende se defende durante ataques ao Palácio La Moneda em 1973


O Wikileaks publicou  nesta segunda-feira (08) quase dois milhões de documentos diplomáticos secretos dos Estados Unidos, que datam dos anos 70, incluindo vários que revelam a cumplicidade do Vaticano no golpe de Estado contra Salvador Allende no Chile (1973) e sua colaboração e apoio à ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

Um dos documentos, datado de 18 de outubro revela  que o então substituto do secretario de Estado Vaticano, Giovanni Benelli, expressou a diplomáticos dos EUA “sua grande preocupação, e do papa Paulo VI, pela exitosa campanha internacional esquerdista para falsear completamente as realidades da situação chilena”. Segundo o documento, o então secretario de Estado do Vaticano saiu em defesa dos golpistas perante o corpo diplomático nos Estados Unidos e qualificou de propaganda comunista as denúncias sobre as violações aos direitos humanos da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1900).

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“Benelli classificou de exagerada a cobertura dos acontecimentos como possivelmente o maior êxito da propaganda comunista, e sublinhou o fato de que inclusive círculos moderados e conservadores pareciam muito dispostos a crer nas mentiras mais grosseiras sobre os excessos da Junta chilena” diz um comunicado do Departamento de Estado.Segundo o comunicado “a Arquidiocese em Santigado, o cardeal [Raul] Silva e o Episcopado chileno em geral asseguram ao para Paulo que a Junta está fazendo todo o possível para que a situação volte à normalidade e que as histórias dos meios internacionais que falam de uma repressão brutal não tem fundamento”.

Considerado o "número dois" do papa Paulo VI, Benelli foi o escolhido para receber o ex-presoidente dos EUA, Richard Nixon ao descer de um helicóptero na Praça de San Pedro em 1969, para selar a aliança anticomunista entre a Casa Branca e o Vaticano.

Números da ditadura chilena

O relatório Retting, realizado pela Comissão da Verdade e Reconciliação da 1991 e que contabilizou apenas execuções e desaparecimentos, reconheceu um total de 2279 mortes cometidas pelo estado durante a ditadura Pinochet. Já a Comissão Valech, batizada com esse nome para homenagear o exbispo de Santiago, Sergio Valech, ampliou a pesquisa sobre a repressão e enumerou mais de 30 mil vítimas em relatório apresentado em 2004, do qual 28 mil são relaciuonadas a detenções ilegais, tortura, execuções e desaparecimentos. O segundo reçatório da Comissão Valech, entregue em agosto de 2011 ao presidente Sebastián Piñera, reconhece mais de 40 mil vítimas.

* Com informações da agência pública de notícias de Cuba, Prensa Latina e da emissora multiestatal Telesur

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