O PIG (oligopólio midiático criminoso) acompanhou a eleição venezuelana ocorrida no último domingo com a parcialidade de sempre. Apoiou o candidato que lhe interessava bem como ao governo norte-americano, o conservador Capriles e mais uma vez saíram derrotados.
Como demonstra a matéria abaixo realizada pelo Jornalismo B, após o resultado final em que Nicolás Maduro foi eleito, tentam articular, mais uma vez, um golpe na Venezuela colocando em dúvida a escolha legítima dos venezuelanos nas urnas.
O jornalismo de esgoto praticado pelo Partido da Imprensa Golpista precisa ser divulgado mundo afora e os responsáveis por tal prática devem responder por isso na forma da lei.
Podem esbravejar, ameaçar e até articular o golpe mas tudo não passará de mera tentativa. Será mais uma derrota para a coleção!
Atenção canalhas! O período de exploração e repressão terminou!
A Venezuela é dos venezuelanos!
Jornal Nacional adota discurso da oposição venezuelana e deixa em segundo plano vitória de Maduro
Nesta segunda-feira o Jornal Nacional abriu mão de noticiar o fato político mais importante do domingo para fazer coro com a direita golpista venezuelana e com o Departamento de Estado dos EUA. A vitória de Nicolás Maduro na disputa pela presidência da Venezuela foi deixada em segundo plano para o principal telejornal da Rede Globo noticiar o desrespeito da oposição venezuelana e do governo estadunidense aos resultados eleitorais e dar espaço e legitimidade a esse discurso. A relevância da primeira vitória da Revolução Bolivariana na Venezuela sem Chávez não foi levada em conta pelos critérios da Rede Globo. A partir de quais critérios, já que os jornalísticos foram abandonados, foi feita a opção por destacar a posição dos derrotados?
A divisão
temporal da matéria de Delis Ortiz, enviada a Caracas, demonstra o olhar
escolhido, o olhar do grupo político antichavista coordenado por
Henrique Capriles. O texto já começa deixando claro de que a matéria vai
falar: “A praça onde a oposição costuma se reunir amanheceu tranquila”.
Então a repórter fala sobre a pequena diferença percentual e segue
reproduzindo o discurso derrotado pelo povo e pelas urnas: “a oposição
denunciou fraude em várias seções eleitorais e exigiu uma nova apuração
dos votos. Henrique Capriles disse que a Venezuela tinha um presidente
ilegítimo”. Em seguida mostra instantes da referida fala de Capriles. O
tempo total dessa primeira parte da matéria, toda ela falando sobre a
oposição, é de 40 segundos.
Finalmente,
depois de todo esse tempo de matéria, a repórter fala algo sobre o lado
vitorioso: “enquanto a oposição reclamava a recontagem dos votos, o
porta-voz do governo, o ministro das Comunicações Ernesto Villegas,
convocava a militância chavista para o ato de proclamação de Nicolás
Maduro como presidente eleito da Venezuela. E a concentração foi aqui,
em frente ao Conselho Nacional Eleitoral”. Essa fala dura 19 segundos.
Apenas um minuto e dez segundos depois de iniciada a matéria o nome de
Maduro é citado pela primeira vez.
O momento
seguinte da reportagem fala sobre as “reações internacionais”, o que
para o Jornal Nacional quer dizer o Brasil, obviamente, e os Estados
Unidos. Sendo que estes últimos, segundo a própria matéria, “disseram
que a auditoria das eleições presidenciais venezuelanas seria importante
e necessária”. O total desse trecho é de 25 segundos. Nada sobre o que
falaram Evo Morales, Rafael Correa, Cristina Kirchner…
Depois de um
minuto e 47 segundos, a repórter resolve enfim noticiar o fato: “E
Maduro foi proclamado presidente eleito da Venezuela”. Segue uma frase
do presidente. Esse trecho dura 13 segundos.
Por fim,
“Apesar do anúncio do Conselho Eleitoral, manifestantes fizeram
protestos contra o resultado, e houve confrontos com a polícia”. São dez
segundos nesse trecho de encerramento.
Desconstruindo, então, a reportagem:
- 40 segundos para o que a oposição, derrotada, disse sobre o resultado;
- 19 segundos noticiando a convocação para a proclamação do presidente eleito;
- 25 segundos para o posicionamento de Estados Unidos e Brasil a respeito do processo eleitoral;
- 13 segundos para a proclamação e o que disse Maduro;
- 10 segundos para o protesto “contra o resultado”.
Além disso:
- apenas depois de um minuto e dez segundos de matéria o nome do vencedor é citado pela primeira vez;
- apenas depois de um minuto e 47 segundos de matéria a proclamação de Maduro como presidente eleito foi noticiada.
A notícia
passada pelo Jornal Nacional não foi, portanto, sobre a eleição na
Venezuela, seu resultado, e as motivações e implicações deste. A matéria
foi sobre o que disse a oposição – nacional e internacional – ao não
reconhecer o resultado das urnas. A inversão da notícia é clara, o
abandono do grande fato é flagrante, e a tomada do discurso da oposição
como olhar principal é flagrante.
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