Nesses últimos dias acompanhando pela internet todos os fatos ocorridos no país no último mês, venho me perguntando o que eu como cidadã poderia fazer diante de tanta injustiça? Venho me questionando sobre o que estou fazendo enquanto brasileira para que meu país seja um pouco melhor, e toda vez que faço isso esbarro na burocracia, no medo e na total falta de estrutura para organizar algo mais concreto.
Como enfrentar um batalhão de corruptos? Como fortalecer esse povo sofrido que mal tem onde morar, que clama por um pouco de dignidade para seus filhos? Não resta dúvida de que temos que fazer alguma coisa. Na semana em que até Alexandre Garcia rendeu-se ao sistema e não mencionou sequer uma palavra a respeito do Pinheirinho, o que eu poderia fazer para manifestar minha solidariedade aos seis mil moradores despejados? Enquanto a mídia se esgota ao falar sobre as manifestações fora do país, aqui dentro, não muito distante de seus olhos, mais precisamente à sua porta, um rapaz, um entre muitos que se comoveram e presenciaram o massacre no Pinheirinho, estendia-se sofrido em greve de fome em favor dos excluídos. Comoveu o mundo o flamenguista, mas não tirou sequer uma linha da Poderosa, não foi ouvido, não foi citado em suas manchetes e nem levado à sério. Quando questionado sobre sua atitude, respondeu seguro: “_meu amigo quem não faz nada não tem o direito de criticar.” Sua greve teve exatos 11 dias de duração, e sua luta continua ainda ao apoiar inclusive os policiais em suas manifestações.
Tanto refleti que percebo não somente a arma com que lutar, mas o quanto importante ela será, mesmo que apenas um sopro em meio ao furacão. Lembrando-me de Fagundes Varela e seu poema “Armas”, recordei-me do tamanho da bomba que tinha em mãos, como poderia eu fazer parte de uma batalha em outro estado senão armada com a palavra? E que pode ser mais devastador que a língua humana? Propaguemos então o massacre, a tortura, o sofrimento e a injustiça com que arrancaram mais de seis mil pessoas de suas casas em nome de um falso direito de propriedade. Propaguemos a falta de educação com que somos obrigados a conviver, a falta de informação e a falsa sensação de bem estar que os meios de comunicação querem nos empurrar goela abaixo. Escreverei, incessantemente em favor dos que agora estão à mercê da boa vontade do governo, que na verdade nunca trabalhou para o povo como diz. Escreverei em favor dos que como eu esperam um país menos intolerante, menos injusto e mais humano. Escreverei em nome da educação que fica sempre em segundo plano nos planos de nossos representantes.
Somos todos brasileiros, somos todos Pinheirinho e não nos calaremos. Somos filhos dessa nação que hoje chora, que hoje tenta se levantar, sacudindo a poeira para recomeçar.
Estas cenas são chocantes:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/user/pedroriosleao1?feature=watch
Somos todos brasileiros, somos todos Pinheirinho
ResponderExcluirNesses últimos dias acompanhando pela internet todos os fatos ocorridos no país no último mês, venho me perguntando o que eu como cidadã poderia fazer diante de tanta injustiça? Venho me questionando sobre o que estou fazendo enquanto brasileira para que meu país seja um pouco melhor, e toda vez que faço isso esbarro na burocracia, no medo e na total falta de estrutura para organizar algo mais concreto.
Como enfrentar um batalhão de corruptos? Como fortalecer esse povo sofrido que mal tem onde morar, que clama por um pouco de dignidade para seus filhos? Não resta dúvida de que temos que fazer alguma coisa. Na semana em que até Alexandre Garcia rendeu-se ao sistema e não mencionou sequer uma palavra a respeito do Pinheirinho, o que eu poderia fazer para manifestar minha solidariedade aos seis mil moradores despejados? Enquanto a mídia se esgota ao falar sobre as manifestações fora do país, aqui dentro, não muito distante de seus olhos, mais precisamente à sua porta, um rapaz, um entre muitos que se comoveram e presenciaram o massacre no Pinheirinho, estendia-se sofrido em greve de fome em favor dos excluídos. Comoveu o mundo o flamenguista, mas não tirou sequer uma linha da Poderosa, não foi ouvido, não foi citado em suas manchetes e nem levado à sério. Quando questionado sobre sua atitude, respondeu seguro: “_meu amigo quem não faz nada não tem o direito de criticar.” Sua greve teve exatos 11 dias de duração, e sua luta continua ainda ao apoiar inclusive os policiais em suas manifestações.
Tanto refleti que percebo não somente a arma com que lutar, mas o quanto importante ela será, mesmo que apenas um sopro em meio ao furacão. Lembrando-me de Fagundes Varela e seu poema “Armas”, recordei-me do tamanho da bomba que tinha em mãos, como poderia eu fazer parte de uma batalha em outro estado senão armada com a palavra? E que pode ser mais devastador que a língua humana? Propaguemos então o massacre, a tortura, o sofrimento e a injustiça com que arrancaram mais de seis mil pessoas de suas casas em nome de um falso direito de propriedade. Propaguemos a falta de educação com que somos obrigados a conviver, a falta de informação e a falsa sensação de bem estar que os meios de comunicação querem nos empurrar goela abaixo. Escreverei, incessantemente em favor dos que agora estão à mercê da boa vontade do governo, que na verdade nunca trabalhou para o povo como diz. Escreverei em favor dos que como eu esperam um país menos intolerante, menos injusto e mais humano. Escreverei em nome da educação que fica sempre em segundo plano nos planos de nossos representantes.
Somos todos brasileiros, somos todos Pinheirinho e não nos calaremos. Somos filhos dessa nação que hoje chora, que hoje tenta se levantar, sacudindo a poeira para recomeçar.
sou uma das moradoras do pinherinho,nunca passsei o passei quando foi a retirado sou seri humana espero nunca mais passa por isso.
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