Tudo estava bem. Muito bem.
A acomodação perfeita durou meses.
O calor, a posição, a iniciação.
De supetão surge uma forte luz.
Tenho dificuldade em vê-la, incomoda.
Sou forçado a deixar aquele perfeito recanto.
Surge um novo local. Imenso, infinito.
A partir daí, as horas, os dias, os meses e anos não passam, voam.
Como se essa coisa que chamamos de tempo precisasse terminar.
Mas ele realmente precisa.
Desde o início ele me apresenta um caminho sem volta.
O amadurecimento surge junto com sonhos e ilusões que jamais me deixarão.
A existência segue sob essa inexorável dicotomia.
A carne se apresenta mais envelhecida.
Mas a mente, envaidecida, pula de alegria ao se reconhecer mais jovem a cada dia.
Juventude que nasce da crença de repudiar a existência humana baseada no ter.
A pujança pelo amor visceral que surge no mundo do ser é imortal.
Não há tempo que irá subjugar a intocável força da aventura chamada vida.
O envelhecer é uma falácia.
Quem nele acredita, desacredita.
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o poeta ainda está vivo.
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