segunda-feira, 30 de setembro de 2013

ARTISTAS INJUSTIÇADOS NA COMEMORAÇÃO DA BIENAL DESTE ANO


Pavilhão Ciccillo Matarazzo. Foto: José Moscardi

Artistas indignados, que fundaram e participaram de várias exposições desde a fundação da Bienal em 1951, criaram movimentos da arte, foram vanguarda, reinventaram, ganharam prêmios internacionalmente e consagrados pela mídia, concretizaram mudanças fundamentais do conceito contemporâneo na sociedade e na história em mais de meio século, foram excluídos da comemoração 30X Bienal.

Do Blog Arte Inclusiva 

A arte tem seus percalços e a injustiça neste segmento é uma exposição ainda invisível na sociedade. “O que deveria ter sido uma escolha respeitando a linha do tempo, fazendo jus à história, transformou-se num recorte com uma visão pessoal e tendenciosa de um só curador”, desabafa Kátia, filha de Ianelli (1922 – 2009).

Dentre os expoentes consagrados e familiares, estes pertencentes a artistas que deixaram vivas suas obras, reclamam o desrespeito à arte. Arcanjo Ianelli marcou a fase do figurativo ao abstrato. Em seu trabalho como pintor, escultor, ilustrador e desenhista brasileiro, que foi lembrado pelos seus familiares, participou de nove, com três salas especiais nas bienais. Concomitante às mostras de São Paulo, na mesma época, foi detentor dos primeiros prêmios da Bienal do México e de Cuenca. Ianelli, como era conhecido,  integrou o movimento da arte no Grupo Guanabara.

Outro destaque a este grupo foi o artista Manabu Mabe (1924 – 1997), pintor, desenhista e tapeceiro japonês. Naturalizado brasileiro, o imigrante Mabe teve uma infância pobre e começou suas atividades em seu ateliê adaptado no meio da lavoura do café na cidade de Lins interior de São Paulo, ele foi um pioneiro do abstracionismo no Brasil. Sua marca revela vivência nos campos com naturezas-mortas e paisagens. Obteve um grande êxito, em 1959, das várias exposições consagradas pelo público ao longo de sua vida, quando ganhou o prêmio como melhor pintor nacional da 5a Bienal de São Paulo e o de destaque internacional na Bienal de Paris.

Ciccilo (1898 - 1977), um dos principais responsáveis pela fundação e realização da Bienal de São Paulo. É lembrado como um ícone pela primeira edição, em 1951, na área do recém-demolido Trianon, na Avenida Paulista. Naquela época, outros eventos foram integrados à mostra como a Exposição Internacional de Arquitetura e o Festival Internacional de Cinema.

Ciccillo Matarazzo presidiu a Comissão do IV Centenário da cidade. O local escolhido para sediar a maior parte dos eventos foi o Ibirapuera, onde se planejava construir um grande parque, e para projetar o conjunto de edificações, em que na ocasião foi convidado o arquiteto Oscar Niemeyer (1907 - 2012).

Filha de Ianelli, Kátia se une a artistas para relembrar a história de seu pai, e sua importância no contexto tão aclamado pela crítica no passado. Ela diz que a geração de artistas, esquecida nesta comemoração 30 X Bienal, “fez nascer todo esse movimento naquele tempo, pois era rico e construtivo. Que explicação há para essas lacunas, essa omissão? As escolhas seguiram um critério duvidoso de honestidade”, indaga Kátia. 

Paulo Venâncio Filho único curador da Bienal, segundo artistas e familiares, não respeitou a linha do tempo, nem fez jus à história, transformou a exposição 30X Bienal num recorte com uma visão pessoal e tendenciosa de um só curador. Ainda uma pergunta. Qual é o conceito para releitura de mais de seis décadas de mudanças na arte brasileira? 

Caciporé, um dos artistas excluídos da comemoração 30X Bienal, é o criador da escultura em aço “A coisa”. A obra é de exposição permanente no acervo do MAM  no Parque Ibirapuera, coincidentemente do lado externo da Bienal. Imagem: ARTEplex

Caciporé Torres (1935), de Araçatuba, escultor, desenhista e professor. Artista excluído da mostra. Viaja para a Europa através de bolsa de estudos que recebe na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, de 1951, e durante dois anos frequenta os ateliês de escultura de Marino Marini (1901 - 1980) e Alexander Calder (1898 - 1976). Retorna ao Brasil em 1953, participa de exposições, e posteriormente, regressa à Europa.


Em 1954, estuda história da arte na Sorbonne, Paris, e trabalha em ateliê durante 4 anos, período em que desenvolve obra de caráter abstracionista. Passa a construir formas maciças orgânicas e geométricas (veja a foto acima), utilizando peças metálicas de aparência industrial, como o aço, bronze e ferro. Muitas dessas esculturas são feitas em grandes dimensões e integram museus e espaços públicos de diversas cidades, como as obras na Praça da Sé, metrô Santa Cecília, e painel escultórico em Miami, Estados Unidos.


Entre 1961 e 1971, leciona escultura na Fundação Armando Álvares Penteado - Faap e, a partir de 1971, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, ambas em São Paulo. Em 1970, é eleito presidente da Associação Internacional de Artes Plásticas/Unesco, e, em 1980 e 1982, melhor escultor brasileiro pela Associação Paulista de Críticos de Artes - APCA.

No jornal do Estadão, leia aqui, a jornalista Maria Hirszman destaca o ponto de vista do curador em seu artigo: para buscar um maior equilíbrio, o crítico criou para si mesmo algumas regras de conduta.


Como poderia ser evidente, todo esforço de síntese da história é excludente em uma opinião subjetiva de curador que defende meios ilícitos de galeristas. Reviver a história da arte sem a concretude de sua existência?

Na mesma ocasião celebridades se unem aos artistas indignados.  “ Nossa solidariedade ao Estadão, que fez justiça ao noticiar, na mesma edição em que foi capa a mostra 30 x Bienal, o boicote vergonhoso à artista plástica Maria Bonomi, internacionalmente reconhecida e uma das fundadoras da Bienal de São Paulo. Lamentável". Defende Aracy Balabanian e Denise Saraceni.

Cartaz da 1ª Bienal Internacional de São Paulo (1951)

Maria Bonomi enfatiza o reviver da história da arte. A artista que nasceu na Itália e chegou ao Brasil ainda criança, em 1946, definiu o país como o lugar de "todas as invenções". Bonomi inaugurou com Ciccilo a Bienal em 1951. Fundadora e participante de 12 Bienais lembrou-se da época da ditadura que viveu, sem ser aceita oficialmente pelo mercado da arte de seu país. Enquanto muitos artistas fizeram carreira sustentados pela ditadura, ela preferiu trabalhar na antiga Iugoslávia, na Eslovênia e em Praga.


No entanto, nunca deixou de viver no Brasil. "A ditadura era o momento de ficar, não de sair", comentou. Entre suas obras, a artista destacou uma primeira colaboração com o arquiteto Óscar Niemeyer, um projeto sobre os maus-tratos da população indígena brasileira pelos portugueses durante a colonização. 55 anos de carreira artística, com gravuras e esculturas em bronze, alumínio e latão, matrizes e instrumentos de trabalho. Ela recebeu em 1967 um prêmio na Bienal de Paris. 
Maria Bonomi foi um exemplo para as artes e na política. Durante a ditadura militar, a Bienal de São Paulo enfrentou o desconforto do poder político na época. A Fundação Bienal manteve suas relações com o Estado, sustentando regularmente os eventos a cada dois anos, e os artistas passam a procurar formas para contestar a situação. 


Conforme as formalidades já estabelecidas nas edições anteriores, autoridades políticas estavam presentes na Bienal de 1965. Castelo Branco, devidamente fardado, é surpreendido com uma carta, entregue por Maria Bonomi e Sergio Camargo, pedindo a revogação da prisão de intelectuais, entre eles Mário Schenberg. Iberê Camargo contesta a Fundação Bienal, “que, na verdade, vive das subvenções dos poderes públicos federal, estadual e municipal”.
Como já foi pesquisado e evidenciado por historiadores, a preparação do golpe militar no Brasil teve o apoio de elites brasileiras, sobretudo da burguesia econômica e industrial. Esta imposição da sociedade afastou a arte do símbolo da horizontalidade, prestigiando aqueles que detinham o poder. Contudo, a arte passou a fazer parte de um pequeno grupo, de uma elite interessada apenas no mercado industrial.


Celebrar uma época da história da arte, de várias exposições, ao longo dos 60 anos que atravessaram dois séculos na sociedade e foram contemplados em 30 bienais, é duvidoso se questionar uma comemoração quando exclui personalidades que fizeram parte desta história. A questão que implica nestes tempos, a arte poderia ter sofrido com a influência destas elites no poder, do conturbado histórico político que as artes enfrentaram no Brasil? Hoje a resposta para justificar a centralização de um único curador que defende os interesses de galeristas e exclui a passagem da história de artistas renomados.  


Maria Bonomi, que fez nascer todo esse movimento, observa uma desfiguração dos tempos, pelo subjetivismo, pelo ego, a dominação do dinheiro ou valor da arte. “A história foi para o lixo”, lamenta Bonomi.

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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

CAMPANHA DESEDUCADOSP ENTREVISTA PROFESSOR DEMITIDO

 
 Do COADE

A campanha DeseducadoSP criada pelo Coletivo Advogados para a Democracia para denunciar o descaso existente na educação pública no Estado de São Paulo entrevistou o professor Roberto de Andrade Caetano que leciona filosofia.

Roberto nos contou as dificuldades que existem para o professor de escola pública e a situação absurda em que se encontra.

Ele pertence a uma categoria de professores criada em 2009 pelo governo do Estado chamada "O" que precariza ainda mais a atuação dos profissionais da educação.

Por pertencer a tal categoria, Roberto foi demitido porque aderiu à última greve dos professores.

Confira: 


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terça-feira, 24 de setembro de 2013

USP COLABOROU COM A DITADURA

 Comissão da Verdade
Do COADE

A Universidade de São Paulo colaborou sistematicamente com a repressão do regime militar. A prática, segundo Ivan Seixas, coordenador da assessoria da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”, era comum não apenas na Universidade de São Paulo, mas em todas as universidades públicas do País.

“Tanto é verdade que a USP tinha o que se chamava de AESI (assessoria especial de segurança e informação), assim como eram as ASIs (assessoria de segurança e informação), subordinada ao DSI (Divisão de Segurança e Informação) do MEC”, afirmou durante audiência pública da comissão. “Eram funcionários que faziam a vigilância de estudantes e professores considerados subversivos, que acabavam sendo expulsos e impedidos de estudar ou trabalhar em outras entidades educacionais.”

A colaboração da universidade é comprovada por meio de documentos oficiais, como um apresentado por Seixas, que data de 24 de novembro de 1975. O ofício saído do gabinete do reitor via AESI informa agentes do Dops sobre a Semana dos Direitos Humanos, realizada por centros acadêmicos e grêmios de 10 a 15 de novembro daquele ano, na Igreja São Domingos, em Perdizes, zona oeste de São Paulo. Traz ainda nomes de professores que teriam participado do evento organizado por estudantes da universidade.
Apesar de ter sido questionada sobre a existência dessa assessoria que colabora com a ditadura, Seixas disse que a USP ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso e não mostrou determinação de apurar a questão.

Presente na audiência, o deputado estadual Adriano Diogo (PT), presidente da comissão, lembrou que quando um estudante era preso e ia para a Operação Bandeirante (Oban), a reitoria da USP fornecia ficha, foto, assim como detalhes de sua vida pessoal e acadêmica. “O sistema de colaboração da USP era ‘online’”, ironizou o parlamentar.

Estrutura. O papel da USP como colaboradora foi destacado em audiência envolvendo as comissões da verdade estadual, municipal e também a nacional, representada por Rosa Cardoso. A sessão destacou ainda como funcionava a estrutura de repressão do Estado repressor. Documentos obtidos na Marinha mostram uma estrutura complexa, em que assessorias eram subordinadas aos DSIs e, consequentemente, ao SNI (Serviço Nacional de Informações). “O funcionamento mostra que os órgãos de informação não tinham poder de decisão. A estrutura não parava no sargento ou no investigador. Não havia os chamados porões da ditadura. Era uma estrutura completa”, explicou.

Segundo ele, todas as ações eram tomadas antecipadamente e subordinadas ao SNI. Os agentes também recebiam orientações e tinham de seguir ordens. “A cadeia de comando mostrava que não existia vontade própria. Se o torturador resolvesse matar não obedecendo àquela estrutura, ele era punido”, ilustrou. “Mostramos é que não existe uma escolha sem controle. A decisão de torturar e assassinar não era do torturador. Eram ações coordenadas e decididas por uma cúpula.”

Confira abaixo o documento apresentado:

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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

HÁ 40 ANOS, ALLENDE E A DEMOCRACIA CHILENA ERAM ASSASSINADOS

Os leitores que acompanham este blog sabem que busco relembrar datas históricas que marcaram a humanidade e, em especial, a América Latina. Hoje volto a fazer isso.

Nunca é demais conhecermos o passado. É através dele que enxergamos o presente e vislumbrarmos o futuro. Só assim será possível identificarmos humanistas e terroristas.

Há exatos 40 anos, ocorria um golpe militar no Chile.

A mando do governo terrorista norte-americano, o assassino general Pinochet e seus, covardes e traidores, comandados derrubaram o governo de Salvador Allende Gossens, legitimamente eleito pelo povo e assassinaram o presidente chileno ao bombardearem o palácio presidencial.

A partir deste momento foi implantada uma ditadura militar sanguinária sendo uma das piores existentes naquele período na América do Sul.

Confira abaixo a transcrição do discurso de Allende à nação no dia do golpe.(Ouça Allende na íntegra).

Seguramente, esta será a última oportunidade em que poderei dirigir-me a vocês. A Força Aérea bombardeou as antenas da Rádio Magallanes. Minhas palavras não têm amargura, mas decepção. Que sejam elas um castigo moral para quem traiu seu juramento: soldados do Chile, comandantes-em-chefe titulares, o almirante Merino, que se autodesignou comandante da Armada, e o senhor Mendoza, general rastejante que ainda ontem manifestara sua fidelidade e lealdade ao Governo, e que também se autodenominou diretor geral dos carabineros.

Diante destes fatos só me cabe dizer aos trabalhadores:

Não vou renunciar!

Colocado numa encruzilhada histórica, pagarei com minha vida a lealdade ao povo. E lhes digo que tenho a certeza de que a semente que entregamos à consciência digna de milhares e milhares de chilenos, não poderá ser ceifada definitivamente. [Eles] têm a força, poderão nos avassalar, mas não se detém os processos sociais nem com o crime nem com a força. A história é nossa e a fazem os povos.

Trabalhadores de minha Pátria: quero agradecer-lhes a lealdade que sempre tiveram, a confiança que depositaram em um homem que foi apenas intérprete de grandes anseios de justiça, que empenhou sua palavra em que respeitaria a Constituição e a lei, e assim o fez.

Neste momento definitivo, o último em que eu poderei dirigir-me a vocês, quero que aproveitem a lição: o capital estrangeiro, o imperialismo, unidos à reação criaram o clima para que as Forças Armadas rompessem sua tradição, que lhes ensinara o general Schneider e reafirmara o comandante Araya, vítimas do mesmo setor social que hoje estará esperando com as mãos livres, reconquistar o poder para seguir defendendo seus lucros e seus privilégios.

Dirijo-me a vocês, sobretudo à mulher simples de nossa terra, à camponesa que nos acreditou, à mãe que soube de nossa preocupação com as crianças.

Dirijo-me aos profissionais da Pátria, aos profissionais patriotas que continuaram trabalhando contra a sedição auspiciada pelas associações profissionais, associações classistas que também defenderam os lucros de uma sociedade capitalista.

Dirijo-me à juventude, àqueles que cantaram e deram sua alegria e seu espírito de luta.

Dirijo-me ao homem do Chile, ao operário, ao camponês, ao intelectual, àqueles que serão perseguidos, porque em nosso país o fascismo está há tempos presente; nos atentados terroristas, explodindo as pontes, cortando as vias férreas, destruindo os oleodutos e os gasodutos, frente ao silêncio daqueles que tinham a obrigação de agir. Estavam comprometidos. A historia os julgará.

Seguramente a Rádio Magallanes será calada e o metal tranqüilo de minha voz não chegará mais a vocês. Não importa. Vocês continuarão a ouvi-la. Sempre estarei junto a vocês. Pelo menos minha lembrança será a de um homem digno que foi leal à Pátria. O povo deve defender-se, mas não se sacrificar. O povo não deve se deixar arrasar nem tranqüilizar, mas tampouco pode humilhar-se.

Trabalhadores de minha Pátria, tenho fé no Chile e seu destino.

Superarão outros homens este momento cinzento e amargo em que a traição pretende impor-se.

Saibam que, antes do que se pensa, de novo se abrirão as grandes alamedas por onde passará o homem livre, para construir uma sociedade melhor.

Viva o Chile!

Viva o povo!

Viva os trabalhadores!

Estas são minhas últimas palavras e tenho a certeza de que meu sacrifício não será em vão. Tenho a certeza de que, pelo menos, será uma lição moral que castigará a perfídia, a covardia e a traição.

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terça-feira, 10 de setembro de 2013

MÚSICA DO DIA



Chipi Chipi (Trilha sonora de Diários de motocicleta) 
Maria Esther   

Amor, te voy a comprar un avioncito para volar,
en nuestra luna de miel.
Amor, te voy a comprar un trencito para viajar,
en nuestra luna de miel.

Escucha lo que dice al caminar..
Tu canta el chipi chipi para bailar..

Pichipi chipi, eh eh, Chipi chipi, eh eh,
aprende a bailar el ritmo del Chipi chipi.
Pichipi chipi, eh eh, Chipi chipi, eh eh,
aprende a bailar el ritmo del Chipi chipi.

Epaaaaaaa.. Opalaaaa.. Gózalaaaa

Así, aprende negro..

Amor, te voy a comprar un buquecito para pescar,
en nuestra luna de miel.
Amor, te voy a comprar un trencito para viajar,
en nuestra luna de miel.

Escucha lo que dice al caminar..
Nos canta el Chipi chipi para bailar..

Chipi chipi, eh eh.. Chipi chipi, eh eh,
aprende a bailar el ritmo del Chipi chipi.
Pichipi chipi, eh eh.. pichipi chipi, eh eh,
aprende a bailar el ritmo del Chipi chipi.


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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

MAIS MÉDICOS PARA O BRASIL

 
Do COADE

O Brasil possui historicamente enormes dificuldades para garantir o acesso à saúde de qualidade para todos os cidadãos. Trata-se de um problema gravíssimo que sempre existiu e que precisa ser resolvido com urgência.

Diante desse cenário surge o programa de contratação de médicos estrangeiros idealizado pelo governo federal chamado "Mais Médicos" para que tal defasagem deixe de existir. Para tanto é necessário que profissionais da medicina passem a prestar serviços nas inúmeras cidades carentes em diversas regiões do país.

O apoio à iniciativa é inequívoca para qualquer cidadão com o mínimo de percepção social. Não obstante, é importante ressaltar que o caos na saúde não existe apenas por falta de profissionais da área mas também devido à falta de infraestrutura e à manutenção do acesso restrito à formação acadêmica.

Nesse sentido, o vestibular seleciona os mais bem preparados para se formarem médicos nas universidades que, quase invariavelmente, são cidadãos de classes privilegiadas que ideologicamente não possuem qualquer vínculo com a luta por melhorias sociais. Fato que fará com que os futuros médicos não queiram devolver à sociedade a oportunidade que receberam dela, realizando atendimento aos cidadãos necessitados.

O "Mais Médicos" é um paliativo, porém necessário. É preciso que o programa seja o primeiro passo para a realização de uma transformação da saúde em nosso país.

Todo apoio aos médicos estrangeiros no Brasil.


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