terça-feira, 30 de abril de 2013

A LUTA PELA DEMOCRATIZAÇÃO DA MÍDIA CONTINUA

 
 Do COADE

Nas ruas e nas redes: mobilizações para a Lei da Mídia Democrática acontecem em todo o país neste 1º de maio

As orientações de como proceder ao coletar assinaturas junto à população nas ruas, assim como todos os documentos necessários, estão no endereço http://www.paraexpressaraliberdade.org.br

Trabalhadores de todo o país se mobilizarão nesta quarta-feira, 1/5, para divulgar nas ruas do Brasil o Projeto de Lei da Mídia Democrática, uma proposta de regulamentação do setor das Comunicações no país. Os atos serão o ponto de partida para a coleta das assinaturas necessárias para que o documento ingresse no Congresso Nacional como vontade da população e para que o tema seja apropriado pelo conjunto da sociedade.

O projeto de lei trata da regulamentação das Comunicações Eletrônicas no país (rádio e televisão), setor atualmente regido pelo Código Brasileiro das Telecomunicações, datado de 1962, e a regulamentação dos artigos de comunicação da Constituição Brasileira, como os que tratam da defesa de conteúdo nacional, diversidade regional e a produção independente (conheça o projeto aqui).

Oficialmente, estão agendadas ações casadas com atos de centrais sindicais e movimentos sociais nas cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Aracaju, entre outras (veja agenda abaixo). Em todos os locais serão disponibilizados o kit de coleta, com o Projeto de Lei e formulário para as assinaturas. Para colaborar na divulgação, a campanha Para Expressar a Liberdade (que organiza a ação) sugere que as pessoas vinculem textos e fotos dos eventos dos quais participaram às hashtags da campanha (veja abaixo). No Rio de Janeiro, a celebração dos trabalhadores foi antecipada pelas centrais sindicais para o dia 30 e a Frente Ampla pela Liberdade de Expressão do Rio de Janeiro (Fale-Rio) se mobilizou para estar presente e iniciar a divulgação do Projeto de Lei em lugares como a Cinelândia e o Beco do Lume (já houve pré-lançamento no dia 26 na praça XV).

As orientações de como proceder ao coletar assinaturas junto à população nas ruas, assim como todos os documentos necessários, estão no endereço http://www.paraexpressaraliberdade.org.br/index.php/2013-04-30-15-58-11. Qualquer cidadão pode colaborar na busca das assinaturas.

Tuitaço nesta quarta

Nesta terça-feira (30), o tuitaço organizado pelas entidades que participam da campanha “Para Expressar a Liberdade” alcançou os trendingtopics do Twitter, chegando até o segundo lugar das palavras mais usadas, com a hashtag #querofalartb. A proposta do movimento é que amanhã o tema da democratização seja o mais falado nas redes, para isso, pede-se que os internautas expressem o direito à comunicação por meio das hashtags #querofalartb, #leidamidiademocratica e #paraexpressaraliberdade.

Agenda

Veja a agenda de algumas atividades de coleta de assinaturas para este 1º de maio, Dia do Trabalhador:

SERGIPE
Em Aracaju, acontecem três atos públicos puxados por centrais sindicais e partidos. Em todos os atos são montadas “banquinhas” de coleta de assinaturas:
Às 8h, nos Arcos da Orla
Às 8h, no Sol Nascente
Às 9h, no Santa Maria

SÃO PAULO
Os integrantes da seção paulista da campanha, junto à CUT-ABC, estarão presentes em lugares como o Paço Municipal, em São Bernardo, dialogando com manifestantes e com a população em geral

BRASÍLIA
Em Brasília, estão previstos o lançamento do Projeto de Lei no acampamento Hugo Chavez, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) a partir das 10h, e panfletagens durante a tarde nas proximidades da torre da TV

BELO HORIZONTE
Panfletagem e coleta de assinaturas na celebração da CUT na Praça da Cemig – Cidade Industrial – Contagem/MG

Vincule suas fotos e textos dos eventos com as hashtags #querofalartb #leidamidiademocratica para ampliar o alcance da divulgação do movimento!

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segunda-feira, 29 de abril de 2013

MÚSICA DO DIA

A Música Popular Brasileira perdeu na noite de ontem um de seus mais importante nomes. O Biólogo, Zoólogo e compositor Paulo Vanzolini faleceu.

Entre as inúmeras composições suas estão "Ronda", "Volta por Cima" e "Na Boca da Noite".

Abaixo, uma singela homenagem com uma de suas composições preferidas deste blogueiro.



RONDA
PAULO VANZOLINI

De noite eu rondo a cidade
A te procurar sem encontrar
No meio de olhares espio em todos os bares
Você não está
Volto pra casa abatida
Desencantada da vida
O sonho alegria me dá
Nele você está
Ah, se eu tivesse quem bem me quisesse
Esse alguém me diria
Desiste, esta busca é inútil
Eu não desistia
Porém, com perfeita paciência
Volto a te buscar
Hei de encontrar
Bebendo com outras mulheres
Rolando um dadinho
Jogando bilhar
E neste dia então
Vai dar na primeira edição
Cena de sangue num bar
Da avenida são joão

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quinta-feira, 25 de abril de 2013

MÚSICA DO DIA

Tanto Mar (Chico Buarque)

Sei que está em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim
Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor no teu jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei, também, que é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim
Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
Ainda guardo renitente
Um velho cravo para mim
Já murcharam tua festa, pá
Mas certamente
Esqueceram uma semente
Nalgum canto de jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei, também, quanto é preciso, pá
Navegar, navegar
Canta primavera, pá
Cá estou carente
Manda novamente
Algum cheirinho de alecrim

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A GREVE CONTINUA


A APEOESP se reuniu com o secretário da Educação Herman Voordwald, na tarde desta quinta-feira e reiterou as reivindicações da greve. Como esperado, o secretário do desgoverno paulista afirmou mais uma vez que não tem nada a oferecer. 

Com isso, a greve dos professores continua e cresce a cada dia. 

Nessa sexta-feira (26/04) haverá nova Assembleia no MASP a partir das 14 horas. Há uma semana mais de 20 mil educadores estiveram no mesmo local e aprovaram a greve. Amanhã o número de profissionais da educação deve passar de 30 mil.

Todo apoio aos educadores que lutam por dignidade profissional.

O governo privatista de São Paulo não nos representa!

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quinta-feira, 18 de abril de 2013

COADE NA LUTA PELA DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO E NA PARALISAÇÃO DOS PROFESSORES

 
Do COADE

O COADE foi convidado pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) no dia 12/04 a participar da campanha "Para Expressar a Liberdade" que realizará plenária nessa sexta-feira (19/04), conforme o texto abaixo.

Nos solidarizamos com a luta e participaremos dela estando na plenária de amanhã, bem como em todos os eventos e projetos que visam a necessária democratização da comunicação social no país.

Acreditamos que não existe a possibilidade de vivermos em uma sociedade que se considera democrática tendo a comunicação dominada por um oligopólio (PIG).

Além disso, no mesmo dia, nos juntaremos aos professores do Estado de São Paulo que realizarão uma paralisação no MASP a partir das 14 horas.

Todo apoio aos educadores que lutam por dignidade profissional.

O governo privatista de São Paulo não nos representa!



Projeto de Lei de Iniciativa popular para comunicação será analisado em plenária em São Paulo 

O documento já está circulando entre as entidades que participam da campanha. O evento acontecerá no dia 19 no Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo.

A campanha “Para Expressar a Liberdade” realizará sua plenária nacional no próximo dia 19 de abril, em São Paulo, para apresentar e aprovar o Projeto de Lei de Iniciativa Popular para um novo marco regulatório das Comunicações e organizar a pauta nacional de divulgação do documento. O evento acontecerá no Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, das 9h30 às 18h.

A proposta inicial do projeto foi escrita pelo Grupo de Trabalho de Formulação da campanha e já está em fase de análise pelas entidades ligadas ao movimento. Após a sua aprovação, a plenária debaterá as estratégias de divulgação junto à população e de obtenção das assinaturas para que o mesmo seja encaminhado ao Congresso Nacional.

“Vamos criar espaços para dialogar com a sociedade sobre a necessidade da democratização da comunicação e recolher 1,3 milhões de assinaturas para o que o direito à comunicação seja uma realidade no Brasil”, explica Rosane Bertotti, coordenadora geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), entidade que organiza a campanha.

O Projeto de Lei de Iniciativa Popular, definido como ação prioritária da campanha para a renovação do Código Brasileiro de Telecomunicações, datado de 1962, dispõe sobre os serviços de comunicação social eletrônica, televisão e rádio, e propõe regras para a execução dos artigos nunca regulamentados do capítulo V da Constituição Federal Brasileira, que trata da Comunicação Social (art. 220 a 224).

O foco principal do projeto é no enfretamento ao monopólio e oligopólio e nos mecanismos de promoção da igualdade e diversidade. O documento base foi construído a partir dos resultados da I Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) e das posições históricas dos movimentos sociais que lutam pela democratização da comunicação no país.

“A proposta busca dialogar com o cenário da convergência ao mesmo tempo e que dá conta do déficit democrático na regulação do setor de radiodifusão no Brasil”, disse João Brant, radialista integrante do Intervozes e do FNDC.

Divulgação 

Estão previstas as datas de 26 de abril, aniversário da TV Globo, e primeiro de maio, dia do trabalhador, para a realização das primeiras atividades de promoção nacional do tema da democratização da comunicação e do início de coleta de assinaturas do projeto de lei. Estão envolvidos na campanha diversos setores da sociedade, de movimentos sociais, partidos, sindicatos e outros. O objetivo é envolver e conscientizar a sociedade brasileira sobre a busca por uma liberdade de expressão como direto de todos e explicar a necessidade da renovação do marco que regulamenta a Comunicação no país.

O evento 

Plenária da Campanha Para Expressar a Liberdade
Dia 19 de abril, das 9h30 às 18h
Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo
Rua Genebra, 25

Atenciosamente,

Coordenação da Campanha Para Expressar a Liberdade

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terça-feira, 16 de abril de 2013

PIG APÓIA GOLPE NA VENEZUELA

 maduro

O PIG (oligopólio midiático criminoso)  acompanhou a eleição venezuelana ocorrida no último domingo com a parcialidade de sempre. Apoiou o candidato que lhe interessava bem como ao governo norte-americano, o conservador Capriles e mais uma vez saíram derrotados.

Como demonstra a matéria abaixo realizada pelo Jornalismo B, após o resultado final em que  Nicolás Maduro foi eleito, tentam articular, mais uma vez, um golpe na Venezuela colocando em dúvida a escolha legítima dos venezuelanos nas urnas.

O jornalismo de esgoto praticado pelo Partido da Imprensa Golpista precisa ser divulgado mundo afora e os responsáveis por tal prática devem responder por isso na forma da lei.

Podem esbravejar, ameaçar e até articular o golpe mas tudo não passará de mera tentativa. Será mais uma derrota para a coleção!

Atenção canalhas! O período de exploração e repressão terminou! 

A Venezuela é dos venezuelanos!


Jornal Nacional adota discurso da oposição venezuelana e deixa em segundo plano vitória de Maduro

Nesta segunda-feira o Jornal Nacional abriu mão de noticiar o fato político mais importante do domingo para fazer coro com a direita golpista venezuelana e com o Departamento de Estado dos EUA. A vitória de Nicolás Maduro na disputa pela presidência da Venezuela foi deixada em segundo plano para o principal telejornal da Rede Globo noticiar o desrespeito da oposição venezuelana e do governo estadunidense aos resultados eleitorais e dar espaço e legitimidade a esse discurso. A relevância da primeira vitória da Revolução Bolivariana na Venezuela sem Chávez não foi levada em conta pelos critérios da Rede Globo. A partir de quais critérios, já que os jornalísticos foram abandonados, foi feita a opção por destacar a posição dos derrotados?

A divisão temporal da matéria de Delis Ortiz, enviada a Caracas, demonstra o olhar escolhido, o olhar do grupo político antichavista coordenado por Henrique Capriles. O texto já começa deixando claro de que a matéria vai falar: “A praça onde a oposição costuma se reunir amanheceu tranquila”. Então a repórter fala sobre a pequena diferença percentual e segue reproduzindo o discurso derrotado pelo povo e pelas urnas: “a oposição denunciou fraude em várias seções eleitorais e exigiu uma nova apuração dos votos. Henrique Capriles disse que a Venezuela tinha um presidente ilegítimo”. Em seguida mostra instantes da referida fala de Capriles. O tempo total dessa primeira parte da matéria, toda ela falando sobre a oposição, é de 40 segundos.

Finalmente, depois de todo esse tempo de matéria, a repórter fala algo sobre o lado vitorioso: “enquanto a oposição reclamava a recontagem dos votos, o porta-voz do governo, o ministro das Comunicações Ernesto Villegas, convocava a militância chavista para o ato de proclamação de Nicolás Maduro como presidente eleito da Venezuela. E a concentração foi aqui, em frente ao Conselho Nacional Eleitoral”. Essa fala dura 19 segundos. Apenas um minuto e dez segundos depois de iniciada a matéria o nome de Maduro é citado pela primeira vez.

O momento seguinte da reportagem fala sobre as “reações internacionais”, o que para o Jornal Nacional quer dizer o Brasil, obviamente, e os Estados Unidos. Sendo que estes últimos, segundo a própria matéria, “disseram que a auditoria das eleições presidenciais venezuelanas seria importante e necessária”. O total desse trecho é de 25 segundos. Nada sobre o que falaram Evo Morales, Rafael Correa, Cristina Kirchner…

Depois de um minuto e 47 segundos, a repórter resolve enfim noticiar o fato: “E Maduro foi proclamado presidente eleito da Venezuela”. Segue uma frase do presidente. Esse trecho dura 13 segundos.
Por fim, “Apesar do anúncio do Conselho Eleitoral, manifestantes fizeram protestos contra o resultado, e houve confrontos com a polícia”. São dez segundos nesse trecho de encerramento.

Desconstruindo, então, a reportagem:
- 40 segundos para o que a oposição, derrotada, disse sobre o resultado;
- 19 segundos noticiando a convocação para a proclamação do presidente eleito;
- 25 segundos para o posicionamento de Estados Unidos e Brasil a respeito do processo eleitoral;
- 13 segundos para a proclamação e o que disse Maduro;
- 10 segundos para o protesto “contra o resultado”.

Além disso:
- apenas depois de um minuto e dez segundos de matéria o nome do vencedor é citado pela primeira vez;
- apenas depois de um minuto e 47 segundos de matéria a proclamação de Maduro como presidente eleito foi noticiada.
A notícia passada pelo Jornal Nacional não foi, portanto, sobre a eleição na Venezuela, seu resultado, e as motivações e implicações deste. A matéria foi sobre o que disse a oposição – nacional e internacional – ao não reconhecer o resultado das urnas. A inversão da notícia é clara, o abandono do grande fato é flagrante, e a tomada do discurso da oposição como olhar principal é flagrante.

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domingo, 14 de abril de 2013

MÚSICA DO DIA



Até o Fim 
Chico Buarque

Quando nasci veio um anjo safado
O chato do querubim
E decretou que eu estava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim
"inda" garoto deixei de ir à escola
Cassaram meu boletim
Não sou ladrão , eu não sou bom de bola
Nem posso ouvir clarim
Um bom futuro é o que jamais me esperou
Mas vou até o fim
Eu bem que tenho ensaiado um progresso
Virei cantor de festim
Mamãe contou que eu faço um bruto sucesso
Em quixeramobim
Não sei como o maracatu começou
Mas vou até o fim
Por conta de umas questões paralelas
Quebraram meu bandolim
Não querem mais ouvir as minhas mazelas
E a minha voz chinfrim
Criei barriga, a minha mula empacou
Mas vou até o fim
Não tem cigarro acabou minha renda
Deu praga no meu capim
Minha mulher fugiu com o dono da venda
O que será de mim ?
Eu já nem lembro "pronde" mesmo que eu vou
Mas vou até o fim
Como já disse era um anjo safado
O chato dum querubim
Que decretou que eu estava predestinado
A ser todo ruim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim
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terça-feira, 9 de abril de 2013

GOLPE EM NOME DE DEUS

Não é novidade que o Vaticano historicamente sempre se posicionou próximo à lógica de dominação promovida pelo status quo do mundo capitalista globalizado. 

Ontem, mais uma comprovação da nefasta atuação daquele Estado junto aos EUA (país que mais assassinou, invadiu países, realizou golpes e implementou ditaduras da história da humanidade. Relembre), surgiu em publicação do Wikileaks com documentos que demonstram o apoio ao golpe ocorrido no Chile (11 de setembro de 1973) matando o presidente Salvador Allende e colaborando com a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). 

Confira: 

Wikileaks: Vaticano foi cúmplice do golpe de Estado no Chile

 http://www.ebc.com.br/sites/default/files/styles/large/public/luis_orlando_vasquez_allende_se_defende_no_la_moneda.jpg
 Allende se defende durante ataques ao Palácio La Moneda em 1973


O Wikileaks publicou  nesta segunda-feira (08) quase dois milhões de documentos diplomáticos secretos dos Estados Unidos, que datam dos anos 70, incluindo vários que revelam a cumplicidade do Vaticano no golpe de Estado contra Salvador Allende no Chile (1973) e sua colaboração e apoio à ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

Um dos documentos, datado de 18 de outubro revela  que o então substituto do secretario de Estado Vaticano, Giovanni Benelli, expressou a diplomáticos dos EUA “sua grande preocupação, e do papa Paulo VI, pela exitosa campanha internacional esquerdista para falsear completamente as realidades da situação chilena”. Segundo o documento, o então secretario de Estado do Vaticano saiu em defesa dos golpistas perante o corpo diplomático nos Estados Unidos e qualificou de propaganda comunista as denúncias sobre as violações aos direitos humanos da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1900).

Leia também:
Wikileaks: PlusD traz mais de 45 mil documentos dos EUA com o verbete "Brazil"

“Benelli classificou de exagerada a cobertura dos acontecimentos como possivelmente o maior êxito da propaganda comunista, e sublinhou o fato de que inclusive círculos moderados e conservadores pareciam muito dispostos a crer nas mentiras mais grosseiras sobre os excessos da Junta chilena” diz um comunicado do Departamento de Estado.Segundo o comunicado “a Arquidiocese em Santigado, o cardeal [Raul] Silva e o Episcopado chileno em geral asseguram ao para Paulo que a Junta está fazendo todo o possível para que a situação volte à normalidade e que as histórias dos meios internacionais que falam de uma repressão brutal não tem fundamento”.

Considerado o "número dois" do papa Paulo VI, Benelli foi o escolhido para receber o ex-presoidente dos EUA, Richard Nixon ao descer de um helicóptero na Praça de San Pedro em 1969, para selar a aliança anticomunista entre a Casa Branca e o Vaticano.

Números da ditadura chilena

O relatório Retting, realizado pela Comissão da Verdade e Reconciliação da 1991 e que contabilizou apenas execuções e desaparecimentos, reconheceu um total de 2279 mortes cometidas pelo estado durante a ditadura Pinochet. Já a Comissão Valech, batizada com esse nome para homenagear o exbispo de Santiago, Sergio Valech, ampliou a pesquisa sobre a repressão e enumerou mais de 30 mil vítimas em relatório apresentado em 2004, do qual 28 mil são relaciuonadas a detenções ilegais, tortura, execuções e desaparecimentos. O segundo reçatório da Comissão Valech, entregue em agosto de 2011 ao presidente Sebastián Piñera, reconhece mais de 40 mil vítimas.

* Com informações da agência pública de notícias de Cuba, Prensa Latina e da emissora multiestatal Telesur

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O TEMPO URGE: O PAPEL DA MÍDIA ALTERNATIVA

 
Da Carta maior

O jogo do conservadorismo para 2014 está montado em duas cartas: uma de natureza diretamente política; outra, de manipulação das expectativas econômicas.

Com a primeira, pretende-se impedir que Lula transfira a força de seu prestígio ao palanque de Dilma.

O processo de investigação contra o ex-presidente, engendrado no circuito Gurgel, Valério & Associados, tem essa finalidade. Com a segunda, trata-se de corroer a confiança do país no futuro, de modo a impedir que o capital privado migre do rentismo para o novo ciclo de investimento produtivo buscado pelo governo.

Ademais de jogar a economia num corner inflacionário , dado o desequilíbrio entre oferta e demanda, o êxito dessa dupla cartada deixaria Dilma ‘solteira’, num palanque cercada de difamação administrativa por todos os lados. Esse é o jogo. O primeiro tempo corre nas manchetes e escaladas noticiosas. O segundo, com os acréscimos previsíveis de golpes baixos, tomará todo o ano de 2014.

Como na mesa de truco, o sucesso da empreitada depende do poder de convencimento daqueles cujo blefe não contagiou o Brasil em 2002, 2006 e 2010.

 Por que haveria de ser diferente agora?

Distorções intrínsecas à macroeconomia das últimas décadas (juro sideral e câmbio valorizado) , acrescidas do contágio lento, mas cumulativo, da desordem planetária neoliberal , afetam o crescimento brasileiro nesse momento.

O vício rentista trazido dos anos 90, quando a taxa de juro chegou a estonteantes 40%, poupou o dinheiro graúdo dos percalços do mundo físico da produção, até meados de 2008. A uma elite sempre dissociada do país, concedeu-se trocar o relevo acidentado da produção, pela planície financeira do ganho alto, com risco zero e liquidez imediata. Esse dinheiro bronzeado em férias permanentes em paraísos fiscais e locais, está sendo induzido agora, a toque de juros baixos, a se sujar de graxa e poeira outra vez. Não é uma travessia simples, mesmo quando todas as variáveis estão sob controle. E, no caso, elas não estão.

A principal variável, a das expectativas em relação ao futuro brasileiro, está sendo minada, diariamente, pelo dispositivo midiático conservador. O governo enfrenta aqui a sua principal desvantagem. A questão decisiva da confiança não argui, propriamente, os projetos de investimento previstos e em curso. Não se questiona a sua pertinência. Nem seria possível.

O Brasil precisa aproveitar a alavanca do pré-sal para se reindustrializar. Tem que readequar uma infraestrutura desenhada para a sociedade elitista do século XIX, ao gigantesco mercado de massa revelado sob o ciclo de governos do PT. As dimensões do que já se encontra em andamento colocam o país no ranking dos maiores canteiros de obras do mundo.

Das 50 maiores tapumes de infraestrutura e energia erguidos no planeta, 14 estão no Brasil. A Europa se liquefaz; os EUA ainda tropeçam; as taxas juros são negativas em 90% dos mercados relevantes do globo. Dados da associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema)informam que no Brasil, ao contrário, há 12.260 obras e investimentos importantes agendados para até 2016. Em valores, R$ 1,5 trilhão.

Pouco menos que a metade do PIB atual. Onde a coisa emperra então? Na barragem de fogo que fomenta a incerteza quanto à capacidade do atual governo de implantá-los. A acusação é de intervencionismo. 'O governo Dilma quer decidir até a taxa de lucro dos projetos', uivam os órfãos nativos de Margareth Tatcher -- 'a ladra do copo de leite'(leia sobre a construção do mito neoliberal na matéria do correspondente em Londres, Marcelo Justo; nesta pág).

O dispositivo midiático fala à elite e aos investidores, locais e forâneos. A mensagem é: não se arrisquem agora; se o PT for derrotado em 2014, as regras do jogo mudam. A pregação pela alta dos juros sinaliza o convite e o nome da recompensa. À medida em que posterga prazos e projetos urgentes , a incerteza muda o pano de fundo econômico da disputa politica. É esse manejo psicológico do futuro brasileiro que dá à mídia em 2014 uma importância ainda mais central do que já teve em 2002, 2006 e 2010.

Em 2002, o governo era comandado pelo conservadorismo. Sua inoperância estava tão evidente que nem mesmo a barragem da mídia seria capaz de acobertá-la. Lula ganhou. Em 2006, o cerco montado em torno das denúncias do ‘mensalão’ colidiu de frente com a resistência social, embalada por uma economia em ascensão, em contraposição à memória ainda fresca do desastre tucano no poder. Lula foi reeleito. Em 2010, o país contabilizava os ganhos do enfrentamento contracíclico oposto ao colapso da ordem neoliberal. Dilma venceu. Hoje, a disposição das peças do xadrez é mais complexa.

O mantra do ‘Brasil que não dá certo’, mesmo sendo essencialmente uma conveniência ideológica, pode interferir objetivamente no cenário econômico e político. O cerco a Lula, na medida em que possa enfraquecer o fiador de última instância de Dilma, converge no mesmo sentido. Por isso a dimensão midiática da luta eleitoral hoje é mais decisiva do que o foi em 2002, 2006 e 2010. Desengavetar o marco regulatório da mídia é imperativo. Mas talvez não seja mais suficiente.

O processo, previsivelmente longo, não responde à urgência da hora. Como diz o governador Tarso Genro, em sintomática entrevista concedida a Marco Aurélio Weissheimer (Leia aqui) , o Brasil vive sob o bloqueio da informação.

A mídia interdita o debate e a solução dos problemas nacionais. ‘Temos, frequentemente, que recorrer à mídia alternativa para romper o cerco’, resumiu o líder gaúcho. Recorrer aos veículos alternativos e aos canais públicos talvez não possa mais ser encarado como a alternativa do desespero. Chegou a hora de cogitá-la como a resposta da sensatez.

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quarta-feira, 3 de abril de 2013

DIA 19 DE ABRIL OS PROFESSORES ENTRAM EM GREVE!

 
Depois de mais uma tentativa por parte dos profissionais da educação do estado de São Paulo em reivindicar junto ao governo melhores condições de trabalho no início de março e receber, novamente, um não como resposta restou a opção da realização da greve.

Diante de uma administração desumana e indigna que não possui qualquer comprometimento com a educação e consequentemente com os cidadãos paulistas não há como fingir que está tudo bem. 

Todo apoio aos professores e ao direito constitucional de greve!

Da APEOESP

Diante da intransigência do governo – que não atende as reivindicações da categoria – cerca de 5 mil professores presentes à assembleia estadual realizada na tarde de sexta-feira, 15, na Praça da Sé, em São Paulo, definiram que o magistério entrará em greve no dia 19 de abril e uma nova assembleia acontecerá na mesma data no vão livre do Masp (avenida Paulista) para decidir a continuidade do movimento, conforme deliberação da nossa V Conferência Estadual de Educação. Em seguida será realizada uma passeata até a Praça da República.

Conforme já informamos no APEOESP Urgente nº 13, a diretoria da APEOESP reuniu-se com o secretário da Educação no dia 12 de março. A entidade cobrou a constituição da comissão paritária para discussão do reajuste salarial, conforme determina a lei complementar 1143/11, reajuste salarial de 36,74% e a recomposição do reajuste previsto para 2012 (10,2%), do qual apenas uma parte foi efetivamente pago, uma vez que no índice concedido estava embutida a terceira parcela de incorporação da GAM, de 5%; além da implementação da jornada do piso; solução para a situação precária da chamada categoria “O”, no que diz respeito à forma de contratação, direitos e condições de trabalho; pelo fim da remoção ex-officio nas escolas de tempo integral e o pagamento da GPDI a todos os professores que optarem pela jornada integral. O governo não respondeu a nenhuma reivindicação.

Para completar, o Governo do Estado pretende privatizar o Hospital do Servidor Público Estadual. Nosso posicionamento contra a privatização é claro. Estão sendo enviadas para as regiões adesivos contra a privatização, bem como cartazes a serem afixados nas escolas e locais de grande visibilidade.

A luta por reajuste salarial, contra a precarização do trabalho, contra privatização do HSPE e outros setores do IAMSPE, por melhores condições de trabalho e outras reivindicações unificam os interesses de todo o funcionalismo estadual. Por isto, a APEOESP, por meio do Fórum do Funcionalismo da CUT/SP, está se articulando com outras entidades de servidores estaduais. Também já iniciou articulação com as demais entidades da educação para exigir do Governo que realize negociações. Conforme decisão da assembleia, a APEOESP proporá um ato unificado de todo o funcionalismo no dia 19 de abril. Os servidores da saúde já decidiram pela greve a partir de 1º de abril. Outras categorias poderão entrar em greve.

No período de 25 de março a 05 de abril realizaremos a III Caravana da Educação, que percorrerá diversas regiões do Estado. As subsedes serão contatadas a partir de segunda-feira para organizarem suas atividades. Uma carta aberta aos professores e à população será remetida às subsedes na próxima semana para ser amplamente distribuída. Também seguirá na próxima semana o cartaz que convoca a assembleia de 19 de abril.

Os professores paulistas entram em greve por:

- Reposição salarial de 36,74% e complementação do reajuste referente a 2012;
- Pelo cumprimento da lei do piso: no mínimo 33% da jornada de trabalho para atividades de formação e preparação de aulas;
- Dignidade na contratação, condições de trabalho e atendimento no IAMSPE para os professores da categoria O;
- Fim da remoção ex-officio e da designação de professores das Escolas de Tempo Integral;
- Regime de dedicação exclusiva para todos, por opção de cada professor(a);
- Melhores condições de trabalho e políticas de prevenção do adoecimento dos professores;
- Fim da lei das faltas médicas;
- Fim dos descontos de faltas e licenças médicas para efeito de aposentadoria especial;
- Fim das provinhas e avaliações excludentes;
- Por um plano de carreira que atenda às necessidades do magistério.
- Não à privatização do Hospital do Servidor Público Estadual e do IAMSPE.

A GREVE É NOSSA. A CULPA É SUA, SENHOR GOVERNADOR!

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segunda-feira, 1 de abril de 2013

O DIA DA MENTIRA

 
Há  49 anos, a mentira passava a prevalecer no Brasil. Em 1º de abril de 1964, o país sofria um golpe de Estado articulado pelo exército, pelo governo norte-americano, por setores da sociedade civil e pelo PIG (reveja o vídeo"Jamais esqueçamos" e releia o texto "À folha com carinho"). João Goulart, eleito pelo povo, foi retirado da presidência e o país passava a viver um período nefasto sob o comando do desgoverno militar que durou de 1964 a 1985.

A cada ano que passava, a ditadura militar aumentava o seu método repressivo e agia de forma covarde, por meios inteiramente ilegais como a realização de sequestros, torturas, assassinatos, cárcere privado e ocultação de cadáver. Um verdadeiro "menu" de atrocidades contra a humanidade de dar inveja a Hitler e seus comparsas.

Segundo números oficiais do governo brasileiro, pelo menos 475 cidadãos morreram ou desapareceram naquele período. Por se tratar de uma contagem oficial referente a um momento da nossa história onde todos os atos desumanos praticados pelo poder eram mantidos sob sigilo, certamente e infelizmente esse número é maior.

A data deve ser lembrada todo ano para que se reforce a necessidade de que sejam abertos os arquivos da ditadura e os assassinos paguem por seus inclassificáveis atos. Que a Comissão da Verdade revele os fatos, os torturadores e assassinos e que o Estado Brasileiro não se contente apenas com isso. É necessário seguir os passos de Argentina, Chile e Uruguai que levaram ao banco dos réus os seus milicanalhas.

Precisamos passar a história a limpo para que a sociedade brasileira possa seguir o seu caminho com dignidade.

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