quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A REDE GLOBO MENTE



Há mais de 50 anos, Cuba vive sob o regime socialista, ou comunista, por que só agora o Jornal Nacional dedica uma semana para tratar do assunto? Em 45 anos de Rede Globo, poderíamos contar os raros minutos destinados à cobertura sobre a Ilha socialista, que, em 1961, sob uma campanha nacional envolvendo universitários voluntários, erradicou o analfabetismo de sua história, como também a desnutrição, o trabalho infantil, o trabalho escravo, dentre outras conquistas, que lhe dão lastro para ser bem avaliada na questão dos direitos humanos pela ONU (é só conferir aqui).

Notícias dignas para divulgar são muitas: a Ilha socialista já produz vacina (entre tantas outras) terapêutica para tratamento do câncer de pulmão; a cada ano vem melhorando sua posição no ranking dos países no que diz respeito ao Índice de Desenvolvimento Humano; foi pioneira em várias áreas, inclusive, a primeira mulher aviadora foi cubana; a 33ª versão do Festival de Cinema Latino-Americano de Havana, que acontece anualmente em Cuba, premiou o ator Rodrigo Santoro, no domingo, dia 11, como melhor ator por sua atuação em Heleno, do diretor José Henrique Fonseca sobre a vida de Heleno de Freitas, famoso jogador brasileiro.

Também é estranho que o Jornal Nacional insista em não reconhecer as eleições cubanas, realizadas e constitucionalmente garantidas, de cinco em cinco anos. Nestas eleições, são escolhidos os deputados da Assembleia Nacional Popular, cuja representatividade é indiscutível, uma vez que o processo eleitoral começa pela escolha de um representante por bairro, municipalidade, província, numa verdadeira democracia participativa. Qual cidade brasileira pode se orgulhar de ter representado em sua Câmara de Vereadores, cada bairro que compõem o município?

E mais: que as eleições são financiadas por recursos públicos e que um deputado ganha o salário de sua categoria e não o salário que ele acha que deve ganhar.

Recentemente, a apresentadora Ana Maria Braga recebeu em seu programa o representante do consulado norte-americano para ensinar uma receita de peru. Fica aqui a sugestão para a Ana Maria Braga, que também foi vítima de um câncer e tem a noção do que isto significa: que convide o cônsul ou embaixador de Cuba no Brasil, para falar dos avanços científicos no campo da oncologia em seu país e quanta gente poderia ser ajudada, pelo premiado sistema de saúde em Cuba...

Um país que há mais de 50 anos erradicou a praga do analfabetismo e por constituição define que cada cubano tem o dever e o direito de não ser um analfabeto científico, e que recentemente realizou um congresso de seu partido comunista para discutir com toda a população as mudanças necessárias, nunca deveria ser cunhado de ditatorial!

Se tempo no poder é sinômimo de ditatura, e não de reconhecimento e fidelidade, por que a Rede Globo ostenta com orgulho seus 45 anos de concessão pública nas mãos da família de Roberto Marinho?


Clique aqui para ler “Contra fatos, não há argumentos: 28 dados sobre Cuba”

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domingo, 25 de dezembro de 2011

QUE VENHAM OS PROCESSOS

Do Blog dos Advogados Progressistas

Soou o alarme no ninho tucano! Com o grato surgimento do livro "A privataria tucana" que denuncia, com provas, o maior esquema de lavagem de dinheiro, entreguismo e corrupção que já se teve notícia neste país os "de rabo azul" resolveram reagir e prometem processar o jornalista Amaury Ribeiro Jr., autor da obra.

Segundo a matéria (abaixo), os "doutores" do partido da "social democracia brasileira" afirmam que o conteúdo do livro não passa de mentira (tucanaram a verdade!).

Diante disso, os Advogados Progressistas se colocam à disposição para toda e qualquer forma de colaboração necessária na defesa de Amaury. Se os "limpinhos" possuem poder de fogo, os "sujinhos" também!

Confira:

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

Deu ontem no blog do Noblat: PSDB decide processar autor do livro A Privataria Tucana.

*****
Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, disse há pouco a este blog que na próxima semana seu partido entrará com ações na Justiça contra o jornaista Amaury Ribeiro Jr., autor do livro “A Privataria Tucana”, e o editor Luiz Fernando Emediaro, dono da Geração Editorial e responsável pela publicação do ivro. “Vamos para cima deles. O livro está repleto de mentiras”, explica Sérgio.

*****
Acabei de conversar, por telefone, com o jornalista Luiz Fernando Emediato sobre o assunto.

“Vivemos num sistema democrático e nos processar é um direito do PSDB”, afirma Emediato “Consequentemente, que o exercite, se julgar conveniente.”

“Apenas advirto que o último a processar o jornalista Amaury Ribeiro Jr. se deu mal”, observa Emediato. “Além de ter resultado na inocência do jornalista, o processo fez com que ele tivesse acesso a documentos da CPI do Banestado, que embasam parte do livro A Privataria Tucana.”

Emediato refere-se a Ricardo Sérgio de Oliveira, ex- presidente da área internacional do Banco do Brasil na gestão FHC e tesoureiro de campanhas do PSDB, inclusive das de José Serra à presidência.

Ricardo Sérgio entrou com processo contra Amaury por danos morais em função de reportagens nas quais o denunciou. O jornalista recorreu então a um procedimento chamado exceção da verdade, que lhe permitiu ter acesso a todos os documentos da CPI do Banestado que envolviam o Ricardo Sérgio.

Em entrevista dada a esta repórter, Amaury Ribeiro Jr. já antecipou: “Com certeza, vou recorrer novamente à exceção da verdade para provar que tudo o que está em A Privataria Tucana é verdade. É só me questionarem”.

Quanto à possibilidade de o PSDB processar Geração Editorial e/ou o seu dono, Emediato retruca: “Eu trabalhei em várias campanhas do PSDB na década de 1990. Portanto, não me faltam documentos para me defender. Que venham os processos!”
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BOAS FESTAS BLOGOSFERA!





Do encontrosp.blogspot.com

Companheiros (as), o ano de 2011 se finda. Muitas lutas foram iniciadas mas precisamos juntar nossos esforços para dar continuidade a diversas atividades e ações.

Nós da Comissão Estadual dos Blogueiros Progressistas de São Paulo, nos dedicamos de corpo e alma para que a Blogosfera paulista ocupasse seu lugar nesse imenso oceano que é a Internet.

Cada membro a sua maneira trabalhou pra que muitas ações fosse realizadas. Juntos formamos uma grande Família.

Foi um ano muito produtivo para nós. Realizamos o 1º Encontro Estadual e o 1º Encontro Regional na Baixada Santista.
Participamos ativamente de cada processo de mobilização para a democratização dos meios de comunicações. 

Mas ainda falta muita coisa a ser feita e muitos projetos para serem defendidos. Entre eles:

1) Uma Banda Larga para todos
2) Marco Regulatório da Comunicação
3) Marco Civil da Internet
Precisamos nos aproximar cada vez mais dos movimentos sociais na luta por melhores condições de trabalho, 40 horas semanais, fator previdenciário, habitação, reforma agrária, enfim juntos para a conquista de um país mais justo para todos.
Acreditamos que a mobilização só é feita quando todos passam a caminhar na mesma direção. Defendendo os mesmos ideais.
A Internet é nosso palco e vocês companheiros (as) são as Estrelas que brilham nele.

Desejamos um Natal maravilhoso  e um Ano Novo repleto de realizações!
São os votos da Comissão #BlogProgSP

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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

VÍDEO SENSACIONAL: FELIZ NATAL AO PIG E A TUCANALHA



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CELEBREMOS A VIDA!





O ano está no fim e, em meio a inúmeras demonstrações da prática da coisificação humana e do consumismo exacerbado, alienado fomentado pela perversa lógica do capital e pelo seu órgão de disseminação ideológica (o PIG), respiro fundo para não me contaminar e tento fazer uma reflexão acerca de 2011.

Foi um período de lutas importantes. A prática do aprendizado de estar, mais um ano, trabalhando a sociologia em sala de aula novamente me surpreendeu comprovando que o conhecimento se conquista a cada dia. Títulos como professor, doutor, especialista e outras classificações de seres humanos são absolutas mentiras travestidas de verdades. Criações de uma sociedade hipócrita alicerçada em valores burgueses vindos do norte e da Europa. A prepotência acadêmica é uma piada! Todos, educadores e educandos estarão sempre aprendendo reciprocamente.

Além disso, a necessidade de se democratizar os meios de comunicação nesse país se mostrou urgente. Não há como imaginarmos uma sociedade na perspectiva humana sem que todos tenham, rigorosamente, o mesmo direito de se comunicar para poder se socializar, construir cultura e escolher referências de vida sem qualquer imposição.
Nessa luta, os Blogueiros Progressistas se fortaleceram com inúmeros encontros regionais, estaduais e o II encontro nacional realizado em Brasília com a presença de ministros do atual governo, deputados e do ex-presidente Lula.

Os "sujinhos" passaram a ter uma preocupação maior com a defesa jurídica daqueles que resistem diante da monarquia midiática tupiniquim fazendo com que um grupo de advogados se reunissem em São Paulo e criassem os Advogados Progressistas (Conheça o Blog). Grupo do qual participo com orgulho.
Ainda no campo da trincheira midiática, o Mídia Caricata completou um ano fazendo a sua parte na luta pela democracia.

No segundo semestre, duas grandes surpresas. A primeira foi a possibilidade de coordenar o curso "Cidadania, Comunicação Social e Mídia sob a ótica do Direito" na Escola Superior de Advocacia da OAB/SP que teve como proposta realizar o debate acerca da necessidade de democratização da comunicação social e a criação da Lei de Mídia. Por ser um ambiente reconhecidamente conservador, me surpreendi com a aceitação da proposta pela Escola e com a quantidade e qualidade dos inscritos.

A outra foi o lançamento do livro "A Privataria Tucana" do jornalista Amaury Ribeiro Jr. que demonstra, com provas, o maior assalto ao patrimônio público brasileiro realizado pelo tucanato, PIG e seus cupinchas. Uma verdadeira máfia! E vem mais por aí (PIG TREMEI!). Tão importante quanto a denúncia que o livro apresenta, é a percepção de que o jornalismo digno ainda existe.

Aprendizados e lutas que são sinônimos de existência. Sigamos com o incansável objetivo de colaborar para que a sociedade retorne ao mundo do ser exorcizando o mundo do ter.

Celebremos a vida!

Que venha 2012!

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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

DEBATE: A PRIVATARIA TUCANA E O SILÊNCIO DA MÍDIA

Um dos assuntos mais comentados nos últimos dias, o livro “A privataria tucana”, de Amaury Ribeiro Jr, será tema do debate “A Privataria Tucana e o Silêncio da Mídia”, promovido pelo Barão de Itararé, na próxima quarta-feira (21). Além do autor, também estarão presentes Paulo Henrique Amorim, jornalista e blogueiro, e Protógenes Queiroz, deputador autor do pedido da instalação da CPI da Privataria.

Na ocasião, também haverá o coquetel de lançamento do livro e festa de confraternização de fim de ano do Barão de Itararé. O evento acontece no Sindicato dos Bancários de São Paulo (Rua São Bento, 413), a partir das 19h. Para quem não puder comparecer e quiser acompanhar, o site do Sindicato dos Bancários transmite o debate ao vivo.
 
Debate “A Privataria Tucana e o Silêncio da Mídia”

Participantes:
- Amaury Ribeiro Jr., autor do livro “A privataria tucana”
- Paulo Henrique Amorim, jornalista e blogueiro
- Protógenes Queiroz, deputado e autor do pedido da instalação da CPI da Privataria
 
Realização:
- Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé

Apoio:
- Sindicato dos Bancários de São Paulo
Confira a página do evento no Facebook: Debate “A Privataria Tucana e o Silêncio da Mídia” + Coquetel de Lançamento

Contato:
contato@baraodeitarare.org.br
imprensa@baraodeitarare.org.br

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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

DOCUMENTÁRIO RETRATA AS CONSEQUÊNCIAS DA URBANIZAÇÃO EM SÃO PAULO

“(À) Deriva Metrópole: São Paulo” é refletida no prédio da Igreja do Largo Santa Cecília

Do Brasil de Fato

Com os olhos atentos à tela iluminada, pessoas param a conversa para conferir o documentário que de tantos chama a atenção. A média metragem “(À) Deriva Metrópole: São Paulo”, refletida no prédio da Igreja do Largo Santa Cecília, no centro em São Paulo (SP) na noite do domingo (11), é observada com curiosidade por transeuntes e clientes de bares próximos.

Feito pelo coletivo Mapa de Xilográfico, “(À) Deriva Metrópole: São Paulo” repercute graves problemas do processo de urbanização da cidade e mostra o desrespeito ao direito básico de moradia. Trata, dentre outros casos, da construção do Rodoanel, da situação da população de rua na região central, da ameaça de desmatamento e poluição de Marsilac e da ação de comunidades que podem ter a vida afetada por projetos e empreendimentos.

No Largo Santa Cecília, o documentário é assistido também por pessoas do bairro que foram entrevistadas pelo coletivo. Exibir e disponibilizar o filme para as comunidades que ajudaram a construí-lo é, na opinião da integrante do coletivo Tábata Costa, contribuir com mais uma ferramenta para que continuem resistindo à ameaça de expulsão de suas moradias e aos problemas urbanos.

“A gente ficou mais de um mês em muitos dessas regiões, contatando várias pessoas e as encontrando diversas vezes. As comunidades abriram suas casas, escolas, espaços culturais. Foram muito receptivas e tivemos uma troca muito grande. Então não fazia sentido não retornar lá. Queremos que usem o documentário também como ferramenta na sua atuação”, afirma.

Além de Tábata, o coletivo é formado pelos professores Diogo Rios e Milene Valentir. Durante todo o ano de 2011, eles visitaram, entrevistaram e fizeram intervenções artísticas nos bairros Jardim Pantanal e União de Vila Nova na zona leste, Jardim Corisco na zona norte, Santa Cecília no centro, Perus na zona noroeste e Marsilac na zona sul.

Com o documentário pronto, retornaram às comunidades e organizaram sessões. O retorno tem sido positivo, afirma Tábata. “As pessoas sempre se empolgam e contam mais histórias. Também querem saber mais do projeto e conhecer mais a gente”.

“No meio dessa loucura toda de São Paulo, a gente acaba conhecendo muita gente legal e interessante, que enfrenta com muita resistência e muita luta os problemas que têm. É muito estimulante ver que não estamos sozinhos, que não somos só nós que nos incomodamos com as coisas e queremos fazer a nossa cidade”, complementa a integrante.

Confira o Trailer:

 
TRAILER (À) Deriva metrópole: São Paulo from Mapa Xilográfico on Vimeo.


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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

VÍDEO SENSACIONAL: A PRIVATARIA TUCANA



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STF É ACIONADO PARA ACABAR COM CONCESSÃO DE RÁDIO E TV A POLÍTICOS

Da Carta Maior

Um dia após Marinor Brito (PA) perder o mandato no Senado para o “ficha suja” Jader Barbalho (PMDB-PA), detentor das outorgas de vários veículos de comunicação, o partido dela, PSOL, acionou o mesmo Supremo Tribunal Federal (STF) exatamente para questionar concessões de rádio e TV a políticos com mandato.

A ação elenca 41 deputados e sete senadores que possuem concessões em seus nomes. Para o PSOL, esse é até um número subestimado, pois não raro os políticos têm parentes, empresas e laranjas por trás de concessões.

Segundo o PSOL, a prática, além de inconstitucional, fragiliza a democracia brasileira e perpetua o chamado coronelismo eletrônico. “Quem deve fiscalizar as concessões de rádio e TV no país não pode controlá-las”, disse o presidente do partido, Ivan Valente.

De acordo com ele, o objetivo da ação é impedir novas concessões para políticos com mandato, coibir a renovação das já concedidas e proibir a diplomação e posse daqueles que, por quaisquer motivos, venham driblar esse preceito constitucional.

A alegação de inconstitucionalidade se baseia no descumprimento de onze preceitos constitucionais, entre eles a liberdade de expressão, o direito à informação, o princípio da isonomia, a soberania política e a democracia.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, já disse que é contra a concessão de outorgas a políticos, pelas mesmas razões apontadas pelo PSOL, e que o governo poderia incluir esse veto na proposta de marco regulatório da radiodifusão, que está em estudo. Mas ele acha também dificilmente a proposta passaria no Congresso, que não legislaria contra si.

O partido diz que a ação não foi motivada pela decisão do Supremo que reconduziu Jader ao Senado – embora o paraense possa ser afetado, caso a corte aceite a ação. Já vinha sendo articulada há vários meses, a partir de levantamento apresentado pelo Coletivo Intervozes, uma organização da sociedade civil que pesquisa a comunicação no Brasil.

“Nos procuramos vários partidos ligados à causada da comunicação, mas só o PSOL se dispôs a ingressar com a ação em parceria conosco”, disse o coordenador da organização, Gesio Passos.

Coronelismo eletrônico

Ivan Valente lembra que a distribuição de canais de rádio e TV vem sendo usada como moeda de troca na política brasileira desde a ditadura militar. “O ex-presidente José Sarney distribuiu quase cem canais para garantir a ampliação do seu mandato. E os ex-presidentes FHC e Lula perpetuaram o modelo”, denuncia ele.

A família Sarney, inclusive, é usada como exemplo clássico de coronelismo eletrônico. O ex-presidente José Sarney não possui nenhum veículo em seu nome, mas a filha dele e governadora do estado, Roseana Sarney, e o filho e deputado, Sarney Filho (PV-MA), possuem vários, de diferentes modalidades.

O lider do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ), acredita que quem controla meio de comunicação orienta o caminho da nação. “Esse fato absolutamente agressivo à Constituição brasileira, já naturalizado, não pode continuar sem nenhuma reação da sociedade, porque adultera o processo eleitoral e limita a nossa já frágil democracia”.

Para ele, são ilegalidades como esta que permitem que políticos com a ficha suja, como Jader Barbalho, se perpetuem na política desde a ditadura, exercendo influencia na população por meio de seus canais de rádio e TV.

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sábado, 17 de dezembro de 2011

VÍDEO SENSACIONAL: SUJINHO ENTREVISTA AUTOR DO LIVRO "A PRIVATARIA TUCANA"

O blogueiro progressista Paulo Henrique Amorim (Blog Conversa Afiada) foi exceção à regra no PIG entrevistando na Record, onde trabalha atualmente, o autor do livro "A Privataria Tucana", o jornalista Amaury Ribeiro Jr.

Ao assistir a entrevista é possível perceber que a obra é o resultado de uma pesquisa profunda sobre privatização, corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de influência envolvendo o tucanato e o Partido da Imprensa Golpista.

Parabéns PHA!

Confira:



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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

76 ANOS DE FÉ E CONQUISTAS


O ÚNICO

Do São Paulo Futebol Clube

O uniforme nº 2 do Tricolor surgiu em 1932. A primeira taça de campeão do time é de 1931 e se encontra atualmente no Memorial do Morumbi. O uniforme nº 1 e o emblema são-paulino nasceram em 25 de janeiro de 1930. O próprio nome do clube, em verdade, surgiu até antes: Jornais anteriores a essa data, ao divulgarem nota sobre a pretendida reunião de fundação, já anunciavam o título da futura agremiação: São Paulo Futebol Clube.

Deste modo, não é de se estranhar que para se comemorar os 76 anos da nova vida do Tricolor e o dia de 16 de dezembro de 1935 sejam necessárias algumas digressões. Nascido em berço de ouro proveniente de ex-sócios, jogadores e dirigentes do CA Paulistano e da AA das Palmeiras, o São Paulo se iniciou nos gramados em 1930, com um grande elenco apelidado Esquadrão de Aço.

Entretanto, por desavenças políticas - internas e externas (veja o capítulo "Breve Fim", em http://www.saopaulofc.net/spfcpedia/a-historia-do-spfc/floresta/) - aquela primeira fase de vida do Tricolor chegou ao fim. Porém, não o São Paulo em si. O sonho de manter o ideal de são-paulinidade não se extinguiu. Que é um clube se não um ideal compartilhado por um mesmo conjunto de homens?
Justamente estes homens, Manoel do Carmo Meca, Cid Mattos Viana, Francisco Pereira Carneiro, Éolo Campos, Manoel Arruda Nascimento, Izidoro Narvaes, Francisco Ribeiro Carril, José Porphyrio da Paz, Eduardo Oliveira Pirajá, Frederico Antônio Germano Menzen, Francisco Bastos, Sebastião Portugal Gouvêa (tio de Marcelo Portugal Gouvêa), Dorival Gomes dos Santos, Deocleciano Dantas de Freitas e Carlos A. Azevedo Salles Júnior, se reuniram a 16 de dezembro de 1935 na Rua Onze de Agosto, 9-A, no escritório do Dr. Silva Freire, às 20h00 para a fundação do atual São Paulo Futebol Clube.

A continuidade atribuída pelos fundadores da segunda fase está demonstrada no registro da própria ata de fundação, quando o presidente Manoel do Carmo Meca prometeu que "os membros da diretoria não mediriam sacrifícios para que o Pavilhão Tricolor voltasse a tremular glorioso nos campos esportivos do Brasil, elevando cada vez mais o nome do São Paulo Futebol Clube, cognominado o Esquadrão de Aço".
O novo São Paulo cresceu e se agigantou partindo do zero, em termos patrimoniais. Daquele clube que nasceu forte e vigoroso somente os ideais e fé restaram. A fé que o batizou e que tornou possível sair de uma sala de porão apertada e alugada a qual se chamou de sede, a primeira sede do Tricolor, em 1936, ao gigante do Morumbi, estádio que já fora o maior recinto particular para jogos de futebol do mundo e ainda hoje é o maior do Brasil.

Parabéns São Paulo Futebol Clube. "Dentre os grandes, és o primeiro"... E também és o mais jovem!


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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

ENQUANTO O PIG ESCONDE, A BLOGOSFERA EXPÕE





Desde o lançamento do livro "A Privataria Tucana” a monarquia midiática tupiniquim tem se omitido. Não é possível verificar nos grandes meios de comunicação comentários sobre a obra e o seu conteúdo e isso é esperado uma vez que o PIG sempre esteve alinhado às premissas neoliberais privatistas, entreguistas e corruptas.

Vale lembrar que isso não ocorre apenas por uma questão ideológica mas, principalmente, por participação nos lucros causados pela privataria realizada pelos "doutores" da "social democracia" brasileira como é possível verificar na tabela de participação em privatizações divulgada pelo Blog da Cidadania.

O mesmo jornalismo de esgoto que denuncia e condena supostas irregularidades em governos que se posicionam contra a lógica das privatizações se nega a dar o devido destaque para o livro que trata de um enorme esquema de lavagem de dinheiro no qual o tucanato e o PIG participaram comprovadamente. Trata-se de uma relação de cumplicidade entre os grandes meios de comunicação e os neoliberais (FHC, Serra, O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Veja, IstoÉ, Época, Globo, etc).

Diante desse cenário midiático ditatorial a Blogosfera Progressista tem feito a sua parte colaborando com a comunicação social brasileira esclarecendo e divulgando fatos sem manipulação ou participação em qualquer forma de corrupção.

Trata-se de uma função social importantíssima para que o debate exista livremente e o processo de alienação realizado pelo PIG em nome dos seus sórdidos interesses perca força. É inevitável reconhecermos que ainda não há como bater de frente com os barões da mídia, até por uma questão de potencial econômico que é o que, infelizmente, prevalece em uma democracia burguesa como a nossa mas, ao mesmo tempo, os blogueiros sujos (nome dado pelo privatista limpinho José Serra aos Blogueiros Progressistas) não desistem e lutam de forma mais contundente a cada dia pela criação da Lei de Mídia para que se democratize a comunicação social e consequentemente a sociedade brasileira.

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VÍDEO: HOMENAGEM A OSCAR NIEMEYER

Abaixo uma singela homenagem a um dos mais importantes arquitetos da história da arquitetura mundial. Sempre combativo por uma sociedade sem desigualdades, Oscar Niemeyer completa hoje 104 anos com lucidez e consciência política difíceis de ver nos tempos atuais.

Resistência e luta sempre!



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sábado, 10 de dezembro de 2011

CAIU O NINHO TUCANO



O livro "A Privataria tucana" do jornalista Amaury Ribeiro Júnior lançado na última semana denuncia a sórdida prática dos governos tucanos. Tudo para os de "rabo azul" deve ser privatizado sob a alegação de que funcionará melhor. Trata-se de uma mentira criminosa e o livro deixa isso muito claro.
Até agora, o PIG não citou a existência do livro como tem o costume de fazer com publicações de esgoto realizadas por Veja, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e outros membros da imprensa golpista.

Confira abaixo, matéria e vídeo sobre o tema:

Ribeiro Júnior dispara contra tucanos e imprensa; e critica até o PT 

Da Rede Brasil Atual

Em entrevista transmitida ao vivo pela internet na noite de sexta-feira (9), o jornalista Amaury Ribeiro Júnior deu detalhes de algumas das operações financeiras fraudulentas que descreve em seu livro, "A Privataria tucana". A obra trata de desvios de recursos durante as privatizações de empresas públicas no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Sobre o episódio em que foi acusado de montar dossiês contra lideranças do PSDB durante a eleição de 2010, o jornalista reiterou a versão apresentada à época, de que houve "fogo amigo" dentro do próprio PT.

Ribeiro Júnior foi entrevistado, por cerca de três horas, pelos jornalistas Renato Rovai, Rodrigo Viana, Luis Nassif, Luiz Carlos Azenha, Gilberto Maringoni, Conceição Lemes, Altamiro Borges e outros.
Para o autor, as privatizações do período tucano tiveram um único propósito: "Foi para algumas pessoas enriquecerem, acumular fortuna pessoal. Não teve nada a ver com progresso, bem do país, nada disso". Segundo ele, José Serra, ex-governador de São Paulo e candidato derrotado à Presidência da República em 2002 e 2010, foi um dos principais beneficiários das "maracutaias" financeiras da venda de estatais.
O teor do livro reforça sua convicção. "Mais da metade do livro é documento, não é texto (opinativo). E são documentos disponíveis pra consulta aberta, não tem nada conseguido com sigilo, estão na Polícia Federal."

O jornalista disparou diversas críticas à imprensa que, segundo suas investigações, mantém laços financeiros com grupos econômicos e políticos. "O (banqueiro) Daniel Dantas é sócio da Abril, manda na Veja", acusou. Também avaliou o papel que setores da mídia desempenharam na campanha presidencial de 2010 -  "A imprensa foi canalha com a Dilma."

Para Ribeiro Júnior, o despreparo de grande parte dos jornalistas do país contribui para que esquemas de lavagem de dinheiro passem praticamente despercebidos do grande público. "Não é fácil seguir o caminho do dinheiro. As leis dos países facilitam a existência de paraísos fiscais e de empresas offshore. O público só se interessa quando aparece dinheiro em cofre, dentro de meias ou de cuecas. Mas isso é insignificante perto do que essa gente do poder faz."

O jornalista disse esperar que seu livro contribua para que sejam criados mecanismoss para regular o mercado financeiro mundial "Tem acabar com parcerias de empresas brasileiras com entidades off-shore, operações casadas em bolsa de valores, poder abrir empresas em paraísos fiscais e operar em outros países. Enquanto isso não acontecer, o crime organizado vai sempre nos vencer."

Fogo amigo

Ribeiro Júnior reiterou a versão apresentada durante a campanha eleitoral de 2010 de que foi vítima de uma disputa interna no PT quando foi acusado de ter forjado dossiês contra lideranças do PSDB. À época, circularam declarações de imposto de renda de tucanos que teriam envolvido quebra de sigilo junto à Receita Federal. O jornalista atribuiu ao deputado estadual Rui Falcão (PT), atualmente presidente do PT, que disputava espaço dentro da campanha com Fernando Pimentel, hoje ministro do governo Dilma, a origem da acusação.  Em abril deste ano, Rui Falcão chegou a ingressar na Justiça com queixa-crime contra Amaury Ribeiro Júnior.

O vídeo da entrevista:



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CUMPRA-SE


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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A MEDICINA CUBANA




A notícia abaixo é dedicada a todos que apoiam o criminoso bloqueio econômico a Cuba, bem como ao Conselho Federal de Medicina que se nega a aceitar o registro de brasileiros que estudaram Ciências Médicas na Ilha que possui uma das mais avançadas medicinas do planeta.

Viva Cuba!


Cuba anuncia primeira vacina contra câncer de pulmão

Da EFE

Cuba registrou a primeira vacina terapêutica contra o câncer de pulmão avançado no mundo. De acordo com jornal oficial Trabajadores, que fez o anúncio nesta segunda-feira (10), mais de mil pacientes já estão em tratamento com a vacina nomeada CimaVax EGF.

A responsável pelo projeto, Gisela González, do Centro de Imunologia Molecular (CIM) de Havana, explicou que a vacina oferece a possibilidade de transformar o câncer avançado em uma "doença crônica controlável".

Gisela explica que a CimaVax EGF é o resultado de mais de 15 anos de pesquisa direcionada ao tumor e não provoca efeitos adversos severos.

- A vacina é baseada em uma proteína que todos temos e que está relacionada com os processos de proliferação celular. Quando há câncer, [essa proteína] está descontrolada.

Gisela explicou que, como o organismo tolera "aquilo que é seu" e reage contra "o estranho", foi preciso elaborar uma vacina que produzisse anticorpos contra essa proteína, que já é própria do organismo.

A vacina é aplicada no momento em que o paciente conclui a terapia com radioterapia e quimioterapia. Ela ajuda a controlar o crescimento do tumor sem causar toxicidade, explica a pesquisadora.

Além disso, a vacina pode ser utilizada como um tratamento "crônico que aumenta as expectativas e a qualidade de vida do paciente". A pesquisadora declarou que, após alcançar seu registro em Cuba, atualmente o CimaVax EGF "progride" em outros países. Os médicos agora esperam poder utilizar a vacina para tratar outros tumores, como os de próstata, útero e mamas.

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

PIG E O SEU JORNALISMO DE ESGOTO





Há alguns dias, a editora 1º de Abril através da "revista" Veja e de seu "blogueiro limpinho" Reinaldo Azevedo dirigiram críticas à Associação Juízes para a Democracia (AJD) devido à nota publicada pela Associação sobre a ocupação do prédio da reitoria da USP realizada pelos alunos e a absurda e reacionária atitude das autoridades.

Diante disso, a "revista" passou a praticar o jornalismo de esgoto com o qual está acostumada desqualificando o trabalho da Associação. Criticar é atividade fundamental para a prática do jornalismo mas tratar de forma pejorativa aqueles que pensam de forma diferente é inaceitável.

No artigo abaixo, Marcelo Semer (membro da Associação), que tive o prazer de conhecer no I Encontro Estadual de Blogueiros Progressistas do Estado de São Paulo realizado em abril deste ano na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo participando junto com este sujo blogueiro da mesa sobre "Proteção Jurídica na Blogosfera", responde ao PIG.

Confira:


VEJA quer calar a democracia


Por Marcelo Semer (Terra)

Tolice suprema, coleção formidável de bobagens, condoreirismo cafona.

Com esses e outros adjetivos ainda piores, o jornalista Reinaldo Azevedo iniciou, em seu blog, uma onda de ataques da revista VEJA à Associação Juízes para a Democracia (AJD).
Posts que buscavam detonar a associação por uma nota crítica à ação da Polícia Militar na USP, sobrou até para os educadores que seguem Paulo Freire: “idiotas brasileiros e cretinos semelhantes mundo afora”.

O nível do artigo já se responde por conta própria.

Todavia, na edição impressa que veio às bancas no sábado último, o editor-executivo da revista subscreveu um texto que, sem qualquer constrangimento ou escrúpulo político, comparou a associação a um tribunal nazista.

O descompromisso com a razão nem é o que mais ressalta no artigo –a foto gigantesca de pupilos de Hitler, fora de tom ou propósito, só se explica como um ato falho. No artigo, Carlos Graieb utiliza expressões que se encaixariam perfeitamente no ideário nazista: propõe dissolver a associação “política” ou impedir que seus membros usem a toga.

Reinaldo Azevedo, com ainda menos pruridos no mundo virtual, explicitou, numa ação que evoca o macarthismo, os nomes de todos os diretores, representantes e membros de conselhos da entidade, alertando leitores para que jamais aceitem ser julgados por estes juízes.

Que competência ou legitimidade para a posição soi-disant de corregedor ele tem não se sabe. Mas seus seguidores foram instados a identificar os juízes associados pelo próprio colunista, que deu status de artigo a mensagem de um advogado falando do desembargador ‘liberal’ apreciador de samba.

VEJA está aturdida e indignada com a afirmação de que existe direito além da lei. Os nazistas também ficavam, porque as barbáries escritas no período mais negro da história da humanidade eram legais. Jamais deixaram de ser barbáries por causa disso.

A prevalência dos princípios constitucionais é o que propunha, sem grandes novidades, a nota da Associação Juízes para a Democracia. Se juízes não podem fazê-lo em um estado democrático de direito, na tutela da Constituição que prometeram defender, algo definitivamente está errado.

Mesmo para quem conhece a linha editorial de VEJA, cuja partidarização na política é sobejamente criticada, espanta que o interesse em calar quem pensa de outra forma, parta justamente de um órgão de imprensa.

Que a falta de pluralismo de suas páginas já fosse, por assim dizer, um oblíquo atentado à liberdade de expressão, o explícito intuito de extirpar opiniões contrárias não deixa de ser aterrorizador. Sob esse
prisma, lembrar o nazismo não é mais do que medir o outro com a própria régua.

A Associação Juízes para a Democracia tem vinte anos de serviços prestados ao debate institucional na magistratura e fora dela – e eu me orgulho de fazer parte dessa história quase por inteiro.

A AJD tem entre seus objetivos o respeito incondicional ao estado democrático de direito e jamais deixou de denunciar quando este se fez ameaçado. Bate-se sem cessar pela independência judicial e é militante na consideração do juiz como um garantidor de direitos.

A promoção permanente dos direitos humanos, compartilhada com inúmeras outras entidades da sociedade civil, sempre incomodou aos que se candidatam a porta-voz dos poderosos. Mas recusamos o propósito de quem quer fazer da democracia apenas uma promessa vazia.

A associação nunca se opôs a criticar o elitismo no próprio Judiciário, nem temeu se mostrar favorável à criação de um órgão para exercer o controle externo. Tudo por entender que desempenhamos, sobretudo, um serviço essencial ao público – o que levou a AJD a participar da Reforma do Judiciário propondo, entre outros temas, o fim das sessões secretas e das férias coletivas.

Anticorporativista, a associação jamais defendeu valores em benefícios próprios, o que pode ser incompreensível em certos ambientes. Recentemente, bateu-se pela legalidade da instauração de processos administrativos contra juízes pelo Conselho Nacional de Justiça, na contramão de interesses de classe.

Em vinte anos, seus membros têm sido convidados a participar de vários debates no Poder Judiciário, no Congresso Nacional e também na mídia.

O exercício contínuo da liberdade de expressão, que fascistas de todo o gênero sempre pretenderam mutilar, não vai ceder ao intuito de quem pretende impor sua visão e seus conceitos como únicos.

VEJA não está em condições de ensinar estado de direito, se desprestigia a liberdade de expressão.

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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

REGULAÇÃO NA COMUNICAÇÃO: DISTANCIAMENTO ENTRE GOVERNO E SOCIEDADE




Do Instituto Telecom

Organizado pelo Ministério das Comunicações, ocorreu na semana passada, em Brasília, um debate para discutir a Lei 12.485 (antigo PLC 116). A lei unifica a regulação dos serviços de TV por assinatura prestados em diferentes tecnologias, permite a abertura do mercado para as empresas de telecomunicações, com possíveis consequências para o preço e a qualidade do serviço e, principalmente, estabelece a obrigação de cotas de conteúdo nacional e a participação obrigatória da produção independente.

A discussão foi positiva porque mostrou uma postura mais madura do governo, comprometido em promover um debate relevante, no tempo certo. O Ministério acertou também em convocar parlamentares com história na luta pela democratização das comunicações, como os deputados Jandira Feghalli, Jorge Bittar, Luiza Erundina e o senador Walter Pinheiro, reforçando a importância do Congresso Nacional nesta discussão. Afinal, o Congresso é a base onde as leis são produzidas e discutidas nas comissões temáticas e nos plenários da Câmara e do Senado. No caso da lei 12.485 foram promovidas mais de 100 audiências antes da sua aprovação, dentro e fora do Congresso.

Entretanto, a falta de representantes de entidades civis nas mesas debatedoras evidenciou também outra realidade: a distância cada vez maior entre governo e sociedade civil nos momentos decisivos de questões de extremo interesse público do país.

Isso fica claro quando temas afins, como a nova regulação da TV paga e o Marco Regulatório das Comunicações, que deveriam ser discutidos no mesmo contexto, são debatidos como se nada tivessem a ver um com o outro. No seminário sobre a TV paga, em nenhuma mesa houve a participação de órgãos de defesa do consumidor ,ou de entidades que lutam por um novo marco regulatório. Ou seja, não houve nenhum contraponto ao discurso do empresariado de que o “excesso de regulamentação” será prejudicial para o país. Insistem que esta pode inibir os investimentos e de que é preciso reduzir o papel do Estado, principalmente quando se trata de comunicações e telecomunicações.

A única voz no debate sobre a valorização da cultura nacional foi o falso discurso dos radiodifusores – representados pela Abert – que ,na realidade, sempre atacaram os capítulos que tratam da comunicação social na Constituição. Ou, os números mágicos apresentados pelo Sinditelebrasil (sindicato das operadoras de telecom) para destacar o “grande esforço” das operadoras para alcançar suas metas. Ou, até mesmo, a ABTA falando contra as cotas como uma intromissão do Estado no setor privado e a velha justificativa equivocada da censura.

A distância entre a discussão da TV paga e do marco legal é tão grande que só este mês ambos estão sendo debatidos em dois eventos de grande repercussão nacional, só que separadamente. Coincidência ou não, o primeiro debate foi promovido pelo governo e o segundo será debatido no seminário organizado pela sociedade civil através do Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC), no final desta semana. A grande questão é: por que temas tão urgentes e conexos são debatidos separadamente pelo governo e pela sociedade?

Não seria razoável que o governo tivesse convocado o FNDC para participar oficialmente do debate? E o IDEC, o Proteste, sempre na luta em defesa do consumidor, não deveriam ter sido chamados?

A Lei 12.485 só se tornou realidade porque foi fruto da união e da luta intensa de representantes do governo e da sociedade civil. E é considerada por muitos como o início do verdadeiro debate sobre as comunicações e telecomunicações do Brasil, que é o Marco Regulatório das Comunicações.

Ao separar os dois debates, o Brasil fica também cada vez mais distante de países considerados referências em nível de desenvolvimento no setor, como os europeus e a Argentina, na América Latina. A Argentina, por sinal, tem sido verdadeiro exemplo de como a aproximação do governo e da sociedade civil foi capaz de criar um marco regulatório – a Ley dos Medios – que combateu o intenso monopólio dos conglomerados midiáticos argentinos em prol de uma democratização do acesso e representação nos seus veículos de comunicação.

Chegamos ao final de 2011 e o ministro Paulo Bernardo, até agora, não confirmou se as perguntas preparadas pelo Minicom para colher contribuições sobre o marco legal, antes da consulta pública (até hoje sem data marcada), serão de fato divulgadas ainda este ano.

O Instituto Telecom volta a alertar que o debate sobre o marco legal é urgente e não pode mais ser discutido fora de todo o contexto de mudanças e novas regulações para o setor de telecom e comunicações que vem sendo traçado para o país. A falta de diálogo e a distância entre governo e sociedade civil tem que ser superadas.

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domingo, 4 de dezembro de 2011

IMAGEM DO DIA




Dilma, com 22 anos, sendo interrogada pelos milicos em 1970 no Rio de Janeiro. Ao fundo, assassinos, sequestradores e torturadores fardados escondem o rosto com a mão. Covardes!

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NOTA OFICIAL: TRICOLOR LAMENTA FALECIMENTO DE SÓCRATES





Do São Paulo Futebol Clube

O São Paulo Futebol Clube lamenta profundamente o falecimento do eterno craque Sócrates, ídolo da mágica Seleção Brasileira dirigida pelo Mestre Telê Santana na década de 80.

O ex-atleta faleceu na madrugada deste domingo, em São Paulo, devido a um grave quadro de septicemia. Em sua homenagem, a última rodada do Campeonato Brasileiro 2011 terá um minuto de silêncio respeitado antes de todas as partidas.

Um dos maiores jogadores da história do Corinthians, a admiração a Sócrates Brasileiro Sampaio de Sousa Vieira de Oliveira ultrapassa a rivalidade clubística, tendo o craque emprestado ao Brasil sua genialidade dentro e fora de campo. Não são poucos os grandes momentos do Doutor com a camisa amarela, ora vestindo o manto da Seleção Canarinho que encantou o mundo, ora a camisa símbolo das Diretas Já, o movimento que uniu a pátria pelo grande ideal democrático.

O São Paulo Futebol Clube oferece seus sentimentos e solidariedade a familiares, amigos e admiradores, com afeto especial ao irmão Raí, um dos maiores ídolos da história tricolor, e a Gustavo Oliveira, um dos filhos são-paulinos de Sócrates, que também atua como advogado do clube.

Descanse em paz, Doutor!

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sábado, 3 de dezembro de 2011

CURSO PARA CIDADÃOS CRÍTICOS TERMINOU HOJE

Terminou hoje na Escola Superior de Advocacia da OAB/SP o curso "Cidadania, Comunicação Social e Mídia sob a ótica do Direito". Foi o último sábado do total de sete debatendo a importância da democratização dos meios de comunicação e temas correlatos procurando caminhos para a efetivação do fim do oligopólio midiático no Brasil .

Diversos temas foram abordados, como: "Os fatos históricos e atuais do direito da comunicação social no Brasil", "A relação conflituosa da mídia com os direitos assegurados pela carta magna", "Censura: Ela ainda existe?", "A influência das novas tecnologias no mundo contemporâneo e sua relação com o direito", "A dignidade da pessoa humana no mundo virtual", "O direito à informação e sua expansão no mundo virtual e as tensões em matéria de direito autoral na internet" e "Novas possibilidades para uma comunicação social democratizada".

O curso teve como professores/palestrantes, este sujo blogueiro que vos escreve, Fábio Konder Comparato, Maria Cristina Reali, Lino Bocchini, Monica Walter Rodrigues, Renata Mielle, José Carlos Costa Neto e Sérgio Sérvulo da Cunha.

Como coordenador, agradeço a todos vocês que aceitaram o meu convite e participaram do curso fazendo com que ele tivesse um conteúdo riquíssimo. Apesar de termos tido poucas datas foi possível alcançar o objetivo de debater sobre o tema que a cada dia se torna mais importante para a nossa sociedade.

Não posso deixar de agradecer a Escola por ter abraçado o projeto e a cada um dos alunos que acreditam que uma aula só é possível quando há troca de conhecimentos onde todos participam colaborativamente. Trata-se de uma construção coletiva. Sem dúvida, todos vocês me trouxeram mais reflexões.

Foi apenas o primeiro passo, devemos seguir levando o debate da luta pela democratização da comunicação social brasileira país afora para que a Lei de Mídia saia do papel fazendo com que a velha monarquia midiática tupiniquim deixe de existir prevalecendo a lei maior do nosso país e a democracia.

PIG TREMEI!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

VINTE ANOS DO SAMBÓDROMO

Prefeita Luiza Erundina corta a fita inaugural do Sambódromo ao lado de Júlio Albertoni
Do Exercício da Paixão Política

Ao comemorarmos os primeiros vinte anos do Sambódromo de São Paulo, importante conquista dos paulistanos, quero saudar a Liga Independente das Escolas de Samba que, ao longo dessas duas décadas, constrói a mais bela e grandiosa manifestação de cultura popular: o Carnaval paulistano. 

Uma das minhas grandes alegrias como prefeita desta cidade que tanto amo foi realizar um antigo sonho dos sambistas de São Paulo: ter um lugar especial para o desfile das escolas de samba. 

Na época, Leandro Silva Martins, presidente da Escola de Samba Leandro de Itaquera e da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo, dizia que “a passarela era um velho sonho dos sambistas” e que acreditava que em 1991, São Paulo teria um sambódromo e que “o carnaval daquele ano seria o maior e o mais bonito de toda a história de São Paulo.”

Ademais, a ideia de se construir uma passarela do samba era uma solução para um problema antigo, ou seja, comprometimento de 90% da verba destinada ao Carnaval com montagem e desmontagem de arquibancadas e ornamentação da Avenida Paulista, onde se realizavam os desfiles carnavalescos. 

Para resolver definitivamente esse problema. Determinei e o então presidente da Anhembi Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo, o empresário Júlio Albertoni, que tomasse as medidas necessárias à construção do Sambódromo paulistano. 

Como primeira providência, sancionei a Lei n° 10.831/1990 que “oficializa o Carnaval da Cidade de São Paulo, revoga a Lei n° 7.100/1967, e dá outras providências.” Esta lei atribui à Prefeitura a responsabilidade de organizar o Carnaval, por meio da Anhembi S/A, e reconhece e institucionaliza a representação das Escolas de Samba, mediante entidades associativas. 

No dia 30 de maio de 1990, após eficiente trabalho da direção da Anhembi, aprovei o projeto doado à prefeitura pelo arquiteto Oscar Niemeyer, para a construção do pólo de arte e cultura popular de São Paulo – o sambódromo. Esse projeto previa uma passarela de 530 metros de comprimento, por 14 metros de largura, abrangendo uma área total de 40.000 m², sendo 29.260 m² de área construída. Previa ainda que, ao longo da passarela, seriam construídas arquibancadas e, embaixo, funcionariam um pronto socorro com 40 leitos, uma creche para 400 crianças, filhos de famílias da região, e uma escola de artes. 
Maquete do Sambódromo - Projeto de Oscar Niemeyer

A um custo estimado de U$ 9 milhões, o projeto foi desenvolvido dentro do conceito de obra para múltiplos usos. O espaço seria utilizado para eventos culturais e esportivos, concertos musicais, exposições e festivais de cinema ao ar livre, torneios de várias modalidades de esportes, além dos equipamentos sociais já mencionados. 

Na ocasião, a prefeita declarou: “Este é o presente que eu quero dar a São Paulo”, ao determinar o dia 25 de janeiro de 1991, data para fazer a entrega da obra à população paulistana. 

Em razão das fortes chuvas que castigaram a cidade naqueles dias, o ato de inauguração da nova passarela do samba foi adiado para 1° de fevereiro.
Ao tomar conhecimento do projeto declarei: “Fico feliz com a concepção de um equipamento público, que ficaria grande parte do tempo ocioso, ser transformado num palco de manifestações cultuais acessíveis a toda a população.”

Prefeita vistoria as obras do Sambódromo
Entretanto, a construção da obra enfrentou grande dificuldade em razão da Câmara Municipal não autorizar mudança na lei de zoneamento, o que impediu a Prefeitura de construir as arquibancadas definitivas, de concreto, conforme o projeto. A solução provisória foi montar arquibancadas de aço tubular, com capacidade para 25 mil pessoas e 52 camarotes, a serem desmontados após os desfiles do Carnaval.

No dia 1° de fevereiro de 1991, inaugurei o Pólo de Arte e Cultura Popular de São Paulo – o Sambódromo, concretizando o sonho dos sambistas paulistanos que, há mais de 25 anos, lutavam por espaço próprio e definitivo para os desfiles de Carnaval. 

O ato de inauguração contou com minha presença e a de representantes de todas as escolas de samba da cidade e, na ocasião, assinei decreto criando o Conselho Municipal de Turismo com a finalidade de estabelecer políticas para estimular o setor. 

No dia 6, as duas campeãs do ano anterior – Camisa Verde e Branco e Rosas de Ouro – fizeram um ensaio geral para reconhecimento da pista. 

A abertura dos desfiles do primeiro Carnaval realizado no Sambódromo ocorreu no dia 9, quando a passarela do Samba foi palco de apresentação das dez escolas que formavam o grupo especial. 

Naquele mesmo ano, no dia 1° de novembro, foi iniciada a construção de arquibancadas, com 500 metros de extensão e 350 metros de altura, como previa a lei de zoneamento. 

Encaminhei projeto de lei para alterar o zoneamento do local, mas os vereadores de oposição dificultaram a aprovação e sem autorização do legislativo ficamos impedidos de construir arquibancadas maiores. Isso nos obrigou a contratar, mais uma vez, arquibancadas tubulares desmontáveis, para viabilizar os desfiles de Carnaval de 1992. 

Em 27 de fevereiro desse mesmo ano, arquibancadas de concreto no Sambódromo, sendo cinco módulos de 500 metros de extensão, por 3,8 metros de altura, com capacidade para 10 mil pessoas. Foram instaladas também arquibancadas tubulares desmontáveis para outras 10 mil pessoas, porque a Câmara Municipal só aprovou a alteração na lei de zoneamento, permitindo a construção definitiva de toda a estrutura do Sambódromo, de acordo com o projeto, quando não havia mais tempo para executarmos as obras e completarmos a passarela para o Carnaval de 1992, o último do nosso governo. 

Prefeita Luiza Erundina no Carnaval de 1991
Enfim, quero manifestar, com alegria e entusiasmo, minha saudação calorosa a São Paulo pelo vigésimo aniversário do Sambódromo paulistano. 

Que o Carnaval de 2011 seja a apoteose da maior festa de cultura popular de todos os tempos e nossa justa homenagem a todas e todos os que, dia após dia, constroem esta generosa e fantástica “Cidade dos Mil Povos”. 

Parabéns São Paulo!!!

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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

IMAGEM DO DIA


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SEMINÁRIO EM CUBA DEBATE NOVAS MÍDIAS




Do Blog do Miro

Com cerca de 100 participantes de 12 países, realizou-se no Palácio das Convenções, em Havana (Cuba), nos dias 29 de 30 de novembro, o seminário “Os meios alternativos e as redes sociais: novos cenários da comunicação política no âmbito digital”. O evento cumpriu seu principal objetivo, o da troca de experiências, e indicou novos passos para reforçar a “guerrilha informativa”.

O Brasil participou do seminário internacional com quatro representantes: Rosane Bertotti, secretária de comunicação da CUT; Paulo Canabrava, veterano jornalista e criador da revista Terceiro Mundo; Gustavo Sousa, chefe da assessoria de imprensa da liderança do PSD na Câmara Federal; e Altamiro Borges, secretário nacional de mídia do PCdoB.

Potencialidades e limitações

Nos seis painéis apresentados, o consenso de que as novas mídias têm jogado papel cada vez mais relevante na disputa de idéias no mundo. Muitos dos presentes se referiram à onda de protestos nos EUA, ao Ocupe Wall Street, que teve como fator detonador o uso das redes sociais. Outras experiências mundiais foram relatadas, revelando suas potencialidades e, também, suas limitações.

Apesar do crescimento destes meios alternativos, o cenário ainda é de forte dispersão e de ausência de objetivos políticos mais definidos, destacou o professor cubano Raul Garcés. Nesse sentido, vários oradores enfatizaram a necessidade de multiplicar o número de “guerrilheiros cibernéticos”, avançar na qualidade do que é produzido e criar maior sinergia entre os ativistas digitais.

Enfrentar o "bloqueio midiático"

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodrigues, informou que o governo encara como prioritário garantir o acesso à internet para todos. “Não somos um país fechado. É preciso garantir o acesso ao conhecimento. Apesar das nossas dificuldades econômicas, entendemos este direito como uma questão de política pública, um dever do Estado”.

Ao final, lembrou que Fidel Castro, em recente artigo, afirmou que Cuba vive “um bloqueio econômico, político e midiático”. Para ele, o desafio é o de fortalecer os meios alternativos e as redes sociais para elas “falem a verdade, que desmascarem as mentiras de mídia monopolista contra os povos”.

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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

ERUNDINA VAI ACOMPANHAR COMISSÃO DA VERDADE

 Dignidade

Após décadas de espera, o governo brasileiro resolveu passar a limpo uma parte terrível de nossa história com a criação da Comissão da Verdade que irá apurar violações aos direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988 e para acompanhar os trabalhos foi criada uma subcomissão que será presidida por Luiza Erundina.

Com isso, não haverá jogo de cena. Erundina certamente honrará o posto com a dignidade de sempre deixando mais tranquilos aqueles que desconfiavam da atuação efetiva da Comissão.

Que o trabalho mostre às novas gerações quem foram os sequestradores, assassinos e torturadores (que estão aí até hoje, inclusive, sendo eleitos a cargos públicos) do governo militar e que seja sempre lembrado o apoio que a grande mídia (PIG) deu ao golpe em 1º de abril de 1964. Os mesmos meios de comunicação que temos hoje cometeram tal indignidade se subordinando, como sempre, aos interesses do Norte.

É preciso conhecer o passado para projetar o futuro.

Confira a matéria:

Erundina é eleita presidente de grupo que vai acompanhar Comissão da Verdade

Da Agência Câmara

A deputada Luiza Erundina (PSB-SP) foi eleita, nesta quarta-feira (30), presidente da subcomissão da Câmara que vai acompanhar os trabalhos da Comissão da Verdade, criada pelo Executivo para apurar violações aos direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar. A subcomissão é ligada à Comissão de Direitos Humanos e Minorias.

Sem caráter punitivo, a Comissão da Verdade será formada por sete pessoas, escolhidas pela presidente da República a partir de critérios como conduta ética e atuação em defesa dos direitos humanos. O grupo terá dois anos para colher depoimentos em todo o País e analisar documentos que ajudem a esclarecer as violações de direitos.

Erundina afirma que a subcomissão vai fiscalizar os trabalhos do grupo, mas também poderá contribuir com informações, "trazendo o debate para a Câmara, com familiares e especialistas, com quem detém informações históricas daquele período”.

A deputada afirma que a subcomissão terá uma agenda própria e poderá analisar, por exemplo, denúncias sobre a Operação Condor, uma aliança política entre as ditaduras militares da América do Sul, estabelecida em 1975 entre Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai. A operação foi criada para eliminar os opositores dos regimes autoritários.

"Agora estão aparecendo muitas informações e muitas denúncias a respeito da participação do Brasil. Essas coisas têm que vir à luz, ser apuradas, e o Judiciário tem que fazer a sua parte no sentido de punir os responsáveis, como tem sido feito em outros países, sobretudo Argentina e Uruguai", afirmou Erundina.
A deputada disse ainda que o prazo dado para o funcionamento da Comissão da Verdade – de dois anos – é muito curto para que o grupo analise violações ocorridas num período de 43 anos.

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terça-feira, 29 de novembro de 2011

VÍDEO PEDAGÓGICO: GLOBO RECONHECE APOIO A COLLOR EM 89



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DITADURA MILITAR: SENTENÇA SOBRE A GUERRILHA DO ARAGUAIA COMPLETOU UM ANO


Do Blog dos Advogados Progressistas

Dia 24 de novembro fez um ano que a Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou o Brasil por violações de direitos humanos no caso da “Guerrilha do Araguaia”.

A Corte é um órgão judicial internacional autônomo do sistema da Organização dos Estados Americanos, criado pela Convenção Americana dos Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica) e tem competência de caráter contencioso e consultivo para conhecer e julgar casos de violação aos direitos humanos dos Estados-Partes que tenham reconhecido a sua competência. O Brasil é signatário da Convenção desde 1992, quando depositou a carta de adesão à Convenção, portanto, tem o dever de cumprir as decisões da Corte.

O processo é consequência de uma petição de agosto de 1995, apresentada pelo ‘Centro pela Justiça e o Direito Internacional’ (CEJIL) e pela ‘Human Rights Watch/Americas’, em nome de pessoas desaparecidas no contexto da Guerrilha do Araguaia e seus familiares junto à Comissão Interamericana de Direito Humanos (CIDH) denunciando as violações aos direitos humanos pelo Estado Brasileiro entre 1972 e 1975, contra camponeses da região e membros do Partido Comunista do Brasil (PC do B).

A Comissão, após expedir relatório de admissibilidade, decidiu submeter o caso à jurisdição da Corte, considerando que representava "uma oportunidade importante para consolidar a jurisprudência interamericana sobre as leis de anistia com relação aos desaparecimentos forçados e à execução extrajudicial e a consequente obrigação dos Estados de dar a conhecer a verdade à sociedade e investigar, processar e punir graves violações de direitos humanos".

A Comissão também submeteu o caso à Corte porque, "em virtude da Lei No. 6.683/79 [...], o Estado não realizou uma investigação penal com a finalidade de julgar e punir as pessoas responsáveis pelo desaparecimento forçado de 70 vítimas e a execução extrajudicial de Maria Lúcia Petit da Silva [...]; porque os recursos judiciais de natureza civil, com vistas a obter informações sobre os fatos, não foram efetivos para assegurar aos familiares dos desaparecidos e da pessoa executada o acesso a informação sobre a Guerrilha do Araguaia; porque as medidas legislativas e administrativas adotadas pelo Estado restringiram indevidamente o direito de acesso à informação pelos familiares; e porque o desaparecimento das vítimas, a execução de Maria Lúcia Petit da Silva, a impunidade dos responsáveis e a falta de acesso à justiça, à verdade e à informação afetaram negativamente a integridade pessoal dos familiares dos desaparecidos e da pessoa executada".

A detenção arbitrária, tortura e desaparecimento forçado de cerca de 70 pessoas, provocadas pelas Forças Armadas da ditadura militar, tinha por objetivo erradicar a Guerrilha do Araguaia a qualquer custo.

Ao condenar o Brasil, pelas gravíssimas violações aos direitos humanos ocorridas durante a ditadura militar, a Corte declarou sem efeitos jurídicos a lei de anistia na parte que impede a investigação e punição dos responsáveis por tais violações, determinando que o Estado conduza eficazmente a investigação de forma a levar a condenação os responsáveis civil e criminalmente.

Deve o Estado brasileiro investigar e identificar o paradeiro dos desaparecidos e, se for o caso, saber onde se encontram os restos mortais e ainda dar tratamento médico e psicológico adequado aos familiares das vítimas e publicar a sentença nos meios de comunicação, ou seja, cumprir a Constituição Federal.
Mas, o Estado brasileiro se submete as decisões da Corte?
O ministro do STF Cezar Peluso, no dia 18/1/11, referindo-se ao Caso do ex-ativista italiano Cesare Battisti afirmou que: "Nenhuma corte internacional tem competência para rever, cassar, reformar ou interferir em qualquer decisão do STF"

Ora! ao aderir livremente à Convenção, o Brasil obrigou-se a respeitar as decisões da Corte, comprometendo-se a adequar seu ordenamento jurídico à realidade internacional, bem como todos os poderes públicos devem estar em harmonia com a convenção.

Uma decisão do STF no sentido da não obrigatoriedade do cumprimento da decisão da Corte é claramente equivocada, o que poderá este Tribunal declarar é a inconstitucionalidade da adesão do Brasil à Convenção, neste caso, o Brasil terá que denunciar a Convenção e a partir daí as decisões daquela Corte não mais valerão no Brasil. Vale lembrar que há entendimento doutrinário no sentido de que não é possível tal denuncia dada a natureza do tratado.

Quais providencias foram tomadas até hoje no sentido de cumprir a sentença?
Em maio deste ano a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República formou uma Comissão Interministerial, integrando a Secretaria de Direitos Humanos e os Ministérios da Justiça e da Defesa com o objetivo de intensificar as buscas dos corpos de desaparecidos durante a Guerrilha do Araguaia (lembrando que antes a pasta era de responsabilidade apenas do Ministério da Defesa conduzida pelo então Ministro Nelson Jobim).

Outra providência foi a aprovação da Lei que regula o acesso a informações ( Lei nº 12.527, de 18/11/2011) e da Lei que criou a Comissão Nacional da Verdade (Lei nº 12.528, de 18/11/2011), que permitirão aos brasileiros conhecer melhor o que aconteceu nos porões da ditadura, e ter acesso a informações de documentos oficiais.
O que se nota é que tudo está caminhando muito devagar, há, ainda, muito trabalho a ser feito pelo Governo Federal para cumprir todas as determinações da Corte. Já no Judiciário, tramita junto ao STF a ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) 153 ajuizada pelo Conselho Federal da OAB e que questiona se a Lei de Anistia agasalha os autores dos crimes cometidos durante a ditadura militar. Para o jurista Fabio Konder Comparato, que assina a Petição Inicial “... os agentes públicos, que mataram, torturaram e violentaram sexualmente opositores políticos, entre 02 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, não praticaram nenhum dos crimes definidos nesses diplomas legais, pela razão de que não atentaram contra a ordem política e segurança nacional. Bem ao contrário, sob o pretexto de defender o regime político instaurado pelo golpe militar de 1964, praticaram crimes comuns contra aqueles que, supostamente, punham em perigo a ordem política e a segurança do Estado”.

Os instrumentos estão ai, a questão é saber se haverá vontade política suficiente para mudar o estado das coisas, resgatar esse período obscuro de nossa história e enfrentar, de uma vez por todas, os fantasmas da ditadura militar.

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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

MUTIRÃO CARCERÁRIO LIBERTA 21 MIL PESSOAS DETIDAS ILEGALMENTE

 Capacitação e escolarização são exceções no sistema penitenciário brasileiro. Apenas 14% dos detentos têm acesso a alguma atividade de trabalho e 8% a estudo.

Da Agência Brasil

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou um balanço do mutirão carcerário, realizado entre janeiro de 2010 e novembro de 2011, que revela a libertação de 21 mil pessoas ilegalmente em presídios, cadeias públicas e delegacias.

Mais de 20 mil pessoas presas ilegalmente no país. 

O número surpreendeu o próprio presidente do CNJ, Cezar Peluso. “Eu não conheço que exista coisa semelhante e análoga no mundo”, disse, ao relatar a manutenção de pessoas com penas provisórias vencidas ou tempo de condenação já cumprido. Foram revisados 279 mil processos criminais em 24 estados e no Distrito Federal, sendo concedidos 41,1 mil benefícios, como a progressão de pena, “que não eram garantidos nas execuções penais”.

De acordo com Peluso, medidas de ressocialização dos presos como a capacitação para o trabalho e a escolarização, previstas em lei, são exceções nos presídios brasileiros. Apenas 14% dos detentos têm acesso a alguma atividade de trabalho e 8% a estudo.

Em São Paulo, até agora foram analisados 60,5 mil processos, no Rio de Janeiro, 13,9 mil. O Brasil tem cerca de 475 mil detentos. Desse total, 43% são provisórios. O déficit estimado de vagas é de 147 mil.

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IMAGEM DO DIA

 A classe mé(r)dia paulistana:

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BETH CARVALHO DISSE O QUE O PIG NÃO QUERIA OUVIR

"A CIA quer acabar com o samba"

Do P(IG)
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Beth Carvalho: "A CIA quer acabar com o samba" Cantora lança CD e, em entrevista ao iG, acusa a Agência Central de Inteligência dos EUA. Comente e veja galeria de fotos

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Beth Carvalho: "A CIA quer acabar com o samba" Cantora lança CD e, em entrevista ao iG, acusa a Agência Central de Inteligência dos EUA. Comente e veja galeria de fotos

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Beth Carvalho, 65 anos, no hall de entrada de sua casa

Ao abrir o elevador, ainda no hall de entrada do apartamento, um quadro com a foto de Che Guevara. Não há dúvidas. Ali é o andar de Beth Carvalho. Ela surge na sala, amparada por duas muletas, que logo deixa de lado para posar para as fotos. “Nunca vi coisa para cair mais do que muletas. Estas meninas caem toda hora”, diz, bem-humorada.

Ainda se recuperando de uma fissura no sacro (osso do final da coluna), aos 65 anos, Beth anda com dificuldades. Ficou dois anos sem pôr os pés no chão. “Estou ótima, salva! Os médicos comentaram com minha filha que eu poderia não andar mais. Mas não me abati. Foi um processo menos doloroso por perceber a prova de amor dos amigos e da família”, relata.

Após quinze anos, a sambista lança o CD de inéditas “Nosso samba tá na rua”, dedicado a dona Ivone Lara, com canções sobre a negritude, o amor e o feminismo. Uma das letras, “Arrasta a sandália”, é de autoria de sua filha, Luana Carvalho. Cercada de quadros de Cartola e Nelson Cavaquinho, entre almofadas verdes e rosas (cores de sua escola de samba Mangueira), perante uma estante com dezenas de troféus e outra com bonecos de Che, Fidel Castro e orixás, Beth concede a entrevista a seguir ao iG.

No fundo da janela, o mar de São Conrado, bairro vizinho à favela da Rocinha. “A CIA quer acabar com o samba. É uma luta contra a cultura brasileira. Os Estados Unidos querem dominar o mundo através da cultura”, diz a cantora, presidente de honra do PDT. Entre os fartos risos, também não faltaram palavras ríspidas para defender seu ponto de vista.

Baluartes em miniatura: Beth entre Dorival Caymmi, Nelson Cavaquinho, Tom Jobim,
Cartola e Luiz Gonzaga

iG: Qual foi a sensação ao voltar a andar?
BETH CARVALHO:
A pior da minha vida. Quando pus os pés pela primeira vez no chão, achei que nunca ia andar de novo. Parecia que não tinha mais pernas, sem força muscular. Depois, com a fisioterapia, a recuperação foi rápida. Precisei colocar dois parafusos de 15 cm cada um, só isso me fez voltar a andar. Agora sou interplanetária e biônica (risos).

iG: Em seu novo CD, a letra “Chega” é visivelmente feminista. Por que é raro o samba dar voz a mulheres?
BETH CARVALHO:
O mundo, não só o samba, é machista. Melhorou bastante devido à luta das mulheres, mas a cada cinco minutos uma mulher apanha no Brasil. É um absurdo. Parece que está tudo bem, mas não é bem assim. Sempre fui ligada a movimentos libertários.

iG: De que forma o samba é machista?
BETH CARVALHO:
A maioria dos sambistas é homem. Depois de mim, Clara Nunes e Alcione, as coisas melhoraram. O samba é machista, mas o papel da mulher é forte. O samba é matriarcal, na medida que dona Vicentina, dona Neuma, dona Zica comandam os bastidores da história. Eu, por exemplo, sou madrinha de muitos homens (risos).

"Não desanimo nunca. Minha esperança é a última que morre"

iG: A senhora é vizinha da favela da Rocinha. Como vê o processo de pacificação?
BETH CARVALHO:
Faltou, por muitos anos, a força do estado nestas comunidades. Agora estão fazendo isso de maneira brutal e, de certa forma, necessária. Mas se não tiver o lado social junto, dando a posse de terreno para quem mora lá há tanto tempo, as pessoas vão continuar inseguras. E os morros virarão uma especulação imobiliária.

iG: Alguns culpam o governo Leonel Brizola (1983-1987/1991-1994) pelo fortalecimento do tráfico nos morros. A senhora, que era amiga do ex-governador, concorda?
BETH CARVALHO:
Isso é muito injusto. É absurdo (diz em tom áspero). Se tivessem respeitado os Cieps, a atual geração não seria de viciados em crack, mas de pessoas bem informadas. Brizola discutia por que não metem o pé na porta nos condomínios da Avenida Viera Souto (em Ipanema) como metem nos barracos. Ele não podia fazer milagre.

Relíquia: o instrumento que foi de Nelson
Cavaquinho

iG: Defende a permanência de Carlos Lupi no Ministério do Trabalho?
BETH CARVALHO:
Olha, sou presidente de honra do PDT porque é um título carinhoso que Brizola me deu, mas não sou filiada ao PDT. Não tenho uma opinião formada sobre isso, porque não sei detalhes. Existe uma grande rigidez a partidos de esquerda. Fizeram isso com o PC do B do Orlando Silva, e agora fazem com o PDT. O que conheço do Lupi é uma pessoa muito correta. Eles deveriam ser menos perseguidos pela mídia.

iG: Aqui na sua casa há várias imagens de Che Guevara e de Fidel Castro. Acredita no modelo socialista?
BETH CARVALHO
: Eu só acredito no modelo socialista, é o único que pode salvar a humanidade. Não tem outro (fala de forma enfática). Cuba diz ‘me deixem em paz’. Os Estados Unidos, com o bloqueio econômico, fazem sacanagem com um país pobre que só tem cana de açúcar e tabaco.

iG: Mas e a falta de liberdade de expressão em Cuba?
BETH CARVALHO:
Eu não me sinto com liberdade de expressão no Brasil.

iG: Por quê?
BETH CARVALHO:
Porque existe uma ditadura civil no Brasil. Você não pode falar mal de muita coisa.

iG: Como quais?
BETH CARVALHO:
Não falo. Tem uma mídia aí que acaba com você. Existe uma censura. Não tem quase nenhum programa de TV ao vivo que nos permita ir lá falar o que pensamos. São todos gravados. Você não sabe que vai sair o que você falou, tudo tem edição. A censura está no ar.

iG: Mas em países como Cuba a censura é institucionalizada, não?
BETH CARVALHO:
Não existe isso que você está falando, para começo de conversa. Cuba não precisa ter mais que um partido. É um partido contra todo o imperialismo dos Estados Unidos. Aqui a gente está acostumada a ter vários partidos e acha que isso é democracia.

"Só acredito no modelo socialista, é o único que pode salvar a humanidade"

iG: Este não seria um pensamento ultrapassado?
BETH CARVALHO:
Meu Deus do céu! Estados Unidos têm ódio mortal da derrota para oito homens, incluindo Fidel e Che, que expulsaram os americanos usando apenas o idealismo cubano. Os americanos dormem e acordam pensando o dia inteiro em como acabar com Cuba. É muito difícil ter outro Fidel, outro Brizola, outro Lula. A cada cem anos você tem um Pixinguinha, um Cartola, um Vinicius de Moraes... A mesma coisa na liderança política. Não é questão de ditadura, é dificuldade de encontrar outro melhor para ocupar o cargo. É difícil encontrar outro Hugo Chávez.

iG: Chávez é acusado por muitos de ter acabado com a democracia na Venezuela.
BETH CARVALHO:
Acabou com o quê? Com o quê? (indaga com voz alta).

iG: Com a democracia...
BETH CARVALHO
: Chávez é um grande líder, é uma maravilha aquele homem. Ele acabou com a exploração dos Estados Unidos. Onde tem petróleo estão os Estados Unidos. Chávez acabou com o analfabetismo na Venezuela, que é o foco dos Estados Unidos porque surgiu um líder eleito pelo povo. Houve uma tentativa de golpe dos americanos apoiada por uma rede de TV.

iG: A emissora que fazia oposição ao governo e que foi tirada do ar por Chávez...
BETH CARVALHO:
Não tirou do ar (fala em tom áspero). Não deu mais a concessão. É diferente. Aqui no Brasil o governo pode fazer a mesma coisa, televisão aberta é concessão pública. Por que vou dar concessão a quem deu um golpe sujo em mim? Tem todo direito de não dar.


iG: A senhora defende que o governo brasileiro deveria cassar TV que faz oposição?
BETH CARVALHO:
Acho que se estiver devendo, deve cassar sim. Tem que ser o bonzinho eternamente? Isso não é liberdade de expressão, é falta de respeito com o presidente da República. Quem cassava direitos era a ditadura militar, é de direito não dar concessão. Isso eu apoio.

Che e Fidel "enfeitam" a estante da casa da sambista

iG: Por ser oriundo dos morros, o samba foi conivente com o poder paralelo dos traficantes?
BETH CARVALHO:
Não, o samba teve prejuízo enorme. Hoje dificilmente se consegue senhoras para a ala das baianas nas escolas de samba. Elas estão nas igrejas evangélicas, proibidas de sambar. Não se vê mais garoto com tamborim na mão, vê com fuzil. O samba perdeu espaço para o funk.

iG: Quem é o culpado?
BETH CARVALHO
: Isso tem tudo a ver com a CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA), que quer acabar com o samba. É uma luta contra a cultura brasileira. Os Estados Unidos querem dominar o mundo através da cultura. Estas armas dos morros vêm de onde? Vem tudo de fora. Os Estados Unidos colocam armas aqui dentro para acabar com a cultura dos morros, nos fazendo achar que é paranoia da esquerda. Mas não é, não.

iG: O samba vai resistir a esta “guerra” que a senhora diz existir?
BETH CARVALHO:
Samba é resistência. Meu disco é uma resistência, não deixa de ser uma passeata: “Nosso samba tá na rua”.

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