quinta-feira, 30 de setembro de 2010

PIG ARMA TESTEMUNHA BOMBA


O Mídia Caricata publica texto retirado do blog Conversa Afiada sobre, mais uma, grave denúncia contra o PIG. Não há limites para a tentativa do golpe!

A “bala de prata” é a maior fraude da história política do Brasil

Indivíduos do Capital e da região de Sorocaba, com diversas passagens pela polícia (roubos, receptação, assaltos à mão armada, seqüestros etc.) foram contatados por políticos ligados ao PSDB local através de um elemento intermediário com trânsito mútuo;
Foram informados de que “prestariam serviços” e levados até um shopping da cidade de São José do Rio Preto;
Lá mantiveram encontro com outras três pessoas, descritas como “muito importantes”, e receberam um adiantamento em dinheiro vivo;
Não se tratava de qualquer encomenda de morte, assalto ou ato criminoso tão comum para os marginais recrutados;
Imediatamente, tais bandidos foram levados até o Rio de Janeiro, a um bairro identificado como Jardim Botânico, onde ficaram confinados por dois dias;
Uma equipe de TV, num estúdio particular, gravou longa entrevista com os bandidos. O script era o seguinte: “somos do PCC, sempre apoiamos o governo Lula e estamos com Dilma”. Não fugiu disso, com variações e montagens em torno de uma relação PCC/Lula/PT/Dilma;
Os bandidos recrutados também foram instruídos a fazer ligações telefônicas para diversos comparsas que cumprem penas em penitenciárias do Estado de São Paulo. A ordem era clara: simular conversas que “comprovassem” a ligações entre o PCC e a campanha de Dilma;
Tudo foi gravado em áudio e vídeo;
A farsa começou a ser desmontada quando o pagamento final pelo serviço veio aquém do combinado;
Ao voltarem para São Paulo, alguns dos que gravaram a farsa decidiram, então, denunciar o esquema, relatando toda a incrível história acima com riqueza de detalhes;
As autoridades já estão no encalço da bandidagem. De toda a bandidagem;

A simulação seria veiculada por uma grande emissora de TV e por uma revista depois do término do horário eleitoral, causando imenso tumulto e comoção, sem que a candidata Dilma Rousseff, os partidos que a apóiam e o próprio governo Lula tivessem o tempo de denunciar a criminosa armação;
Essa é a “bala de prata”. Já se sabe seu conteúdo, os farsantes e o custo, além dos detalhes. Faltam duas peças: quem mandou e quem veicularia (ou ainda terá o desplante de veicular?) a maior fraude da história política brasileira;
Com a palavra, as autoridades policiais.

A propósito, o amigo navegante enviou essa “nota” extraída da imprensa de Brasilia:
29/09/2010
00:00 – http://www.claudiohumberto.com.br/

Almoço global

A Rede Globo oferece em São Paulo almoço vip, nesta quinta, data do último debate presidencial, a Leandro Daiello, superintendente local da Polícia Federal – que anda atarefada com inquéritos de Erenice & cia.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

PESQUISA PARA QUEM PRECISA. PESQUISA PARA QUEM PRECISA DE PESQUISA

Mais uma pesquisa datafolha foi divulgada nesta terça apontando uma abrupta queda da candidata Dilma e uma estupenda subida da candidata verde Marina Silva fazendo com que a possibilidade de segundo turno se tornasse, com grande felicidade para o PIG, viável. Aí surgiu no final da tarde do mesmo dia o tracking diário da Vox Populi (o que me parece ser a "bala de prata" contra o PIG nessa eleição) que mede, diariamente há 28 dias amostras das intenções de voto. E não é que ele trouxe números bem diferentes da outra pesquisa. No tracking, bem como nas pesquisas internas realizadas pelos partidos, não há qualquer mudança no quadro. Os candidatos continuam estáveis e a eleição deve ser definida no próximo domingo.Essa tendência deve ser repetida nas próximas pesquisas do ibope e da sensus a serem divulgadas nas próximas horas. Estaria a datafolha se utilizando da margem de erro para favorecer os interesses de seus pares?
A pergunta que não quer calar: Para onde fugirá a datafraude? Para as montanhas?

VÍDEO REPUGNANTE! MAIS UMA VEZ O PIG

Recomendo o vídeo abaixo para os cidadãos brasileiros que ainda desconhecem a existência do Partido da Imprensa Golpista e para aqueles que já o conhecem é apenas mais um para a coleção.

É simplesmente repugnante!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

DA SÉRIE: CONTRAPONTO AO PIG


E não é que houve mais uma eleição na "ditadura chavista"? É a 11ª em 12 anos desde que Hugo Chávez chegou à presidência da Venezuela, eleito pelo povo.
O PIG está feliz porque a oposição a Chávez aumentou o número de cadeiras no parlamento tendo mais força para defender os interesses vindos do norte.
A democracia foi exercida em paz e através do voto popular!
Onde está o PIG para divulgar esse fato!? Onde está a tal ditadura venezuelana!?
É legítimo que nem todos concordem em ver Chávez no poder mas é inadmissível assistirmos à velha mídia mentir diariamente afirmando que trata-se de um ditador.
Que ditadura é essa que todo ano chama seu povo às urnas sendo, inclusive, derrotada em um dos referendos realizados e tendo o resultado imediatamente respeitado!?

É  a ditadura  que só os "democratas" do PIG querem ver!

LEONARDO BOFF TAMBÉM COMBATE A MONARQUIA MIDIÁTICA TUPINIQUIM

 
O teólogo, filósofo, escritor e eleitor de Marina Silva faz referência a atuação da velha mídia nessa eleição no artigo abaixo.
Recomendo a leitura!

A MÍDIA COMERCIAL EM GUERRA CONTRA LULA E DILMA

por Leonardo Boff

Sou profundamente a favor da liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso”pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil Nunca Mais” onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.
Esta história de vida, me avalisa fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.
Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos do Estado de São Paulo, da Folha de São Paulo, de O Globo, da revista  Veja na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e xulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico, assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem deste povo. Mais que informar e fornecer material para a discusão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.
Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo  respeito devido  à mais alta autoridade do pais, ao Presidente Lula. Nele vêem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.
Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.
Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma) “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e nãocontemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo,  Jeca Tatu, negou seus direitos, arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)”.
Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles tem pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascedente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidene de todos os brasileiros.  Isso para eles é simplesmente intolerável.
Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados de onde vem Lula e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e de “fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos nós”, frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palavra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.
O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.
Outro conceito innovador foi o desenvolvimento com inclusão soicial e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.
O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, o fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai  ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA faz questão de não ver, protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.
O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e no fundo, retrógrado e velhista ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes.
Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das má vontade deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.

*teólogo, filósofo, escritor e representante da Iniciativa Internacional da Carta da Terra.

ELEIÇÃO PRESIDENCIAL CAMINHA PARA DEFINIÇÃO NO DOMINGO


Diversas pesquisas, desde aquelas vinculadas ao PIG até as internas que são realizadas pelos partidos, mostram o cenário de estabilidade nos números de intenção de voto para a presidência da república havendo oscilações apenas dentro da margem de erro. O que significa que dificilmente haverá segundo turno por estarmos a menos de uma semana da escolha popular.

A semana promete muita baixaria por parte da velha mídia que não aceitará com dignidade mais uma derrota de seus pares na disputa pelo cargo mais importante da república.

Vale lembrar que haverá debate na rede globo na próxima quinta-feira e certamente o PIG agirá com voracidade.

Fiquemos atentos.

Democracia nele!

domingo, 26 de setembro de 2010

Resposta aos Barões da Imprensa paulista

Transcrevo abaixo artigo publicado no Blog da Cidadania:
Dois dos maiores jornais do país tomaram uma decisão que, quando a história deste período for contada, explicará a decadência em que mergulharam aqueles que serão lembrados como “barões da imprensa”. Em 26 de setembro de 2010, os periódicos anunciaram, em editoriais, as suas respectivas posições políticas, ambas de confronto com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Os jornais O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo surgiram em um Brasil que não existe mais. Naquele país-fazenda, ribombavam as vozes das famílias que os fundaram e que os tornaram multimilionários à custa do Estado, dos favores de governos amigos, alguns alçados ao poder por meio de ruptura da ordem constitucional que esses veículos apoiaram.
O Estado de São Paulo nasceu em 1875, sendo batizado como A Província de São Paulo. O jornal foi impulsionado pela venda avulsa. Um imigrante francês chamado Bernard Gregoire saía a cavalo pelas ruas da capital paulista soprando uma corneta e vendendo exemplares. A imagem do vendedor trombeteando em seu cavalo tornar-se-ia símbolo do jornal.
Em 1964, o jornal paulista, agora rebatizado como O Estado de São Paulo, perfilou-se à União Democrática Nacional (UDN) de Carlos Lacerda, fazendo oposição cerrada ao então presidente João Goulart. Dois anos antes do golpe, o diretor do jornal, Júlio de Mesquita Filho, redigiu o “Roteiro da Revolução”, editorial em que exortava a oposição civil a se unir aos militares, então chamados de “partido fardado”, que desde o limiar da República interferia na política.
Em 1964, o jornal O Estado de São Paulo pediria e apoiaria o golpe militar e a eleição indireta de Castello Branco. Em 1º de abril daquele ano, publicou texto de apoio à derrubada de João Goulart fazendo uma relação entre aquele momento político e o da Revolução Constitucionalista de 1932.
O jornal paulista só romperia com a ditadura quatro anos depois do golpe. Em 1968, com a sua redação ocupada por censores do regime, publicou editorial que seria censurado por meio de apreensão de seus exemplares que chegavam às ruas. A família Mesquita descobriria, então, que quando se viola a democracia nem os que ajudaram a fazê-lo podem se considerar a salvo dos chefes violadores.
A Folha de São Paulo, por sua vez, nasceu em 1921, 46 anos depois do Estadão. Então batizada como “Folha da Noite”, era dirigida por Olival Costa e Pedro Cunha. Durante a revolução de 1930, foi fechada por reação popular, que empastelou o jornal.
Voltou a funcionar em 1931 com novos donos e nova linha editorial, sob o nome de Folha da Manhã. Era dirigida por Alves de Lima, Diógenes de Lemos Azevedo, Guilherme de Almeida e Rubens do Amaral. Em 1962, o jornal foi vendido a Carlos Caldeira Filho e Octavio Frias de Oliveira e rebatizado como Folha de São Paulo.
Tal qual o Estadão, a Folha também apoiou o golpe militar de 1964 e a ditadura que estava sendo implantada no Brasil. Segundo o colunista Elio Gaspari, chegou a emprestar veículos para transporte de presos. Isso mesmo, o jornal que fala em censura à imprensa fez parte da estrutura de assassinato e tortura dos ditadores de plantão.
O apreço pela ditadura era tanto que em 1971, durante o governo do general-presidente Emílio Garrastasu Medici, o jornal publica editorial, assinado por Octavio Frias de Oliveira, que definia assim o governo ditatorial:
“(…)Um governo sério, responsável, respeitável e com indiscutível apoio popular, está levando o Brasil pelos seguros caminhos do desenvolvimento com justiça social – realidade que nenhum brasileiro lúcido pode negar, e que o mundo todo reconhece e proclama (…)”.
Hoje, sabe-se que a maior vítima da ditadura militar foi justamente a justiça social. Foi durante a ditadura, que Frias defendeu com tanto ardor, que o Brasil chegou a ser um dos cinco países com maior concentração de renda no mundo, perdendo a primeira colocação apenas para países africanos miseráveis.
A tomada de posição política em relação ao governo Lula que esses jornais publicaram em suas edições de 26 de setembro de 2010 – tendo a Folha publicado o texto em sua capa –, em pretensa resposta à crítica do presidente da República a uma conduta partidarizada desses veículos, vem sendo desprezada por uma maioria esmagadora da sociedade, como revelam as pesquisas de opinião sobre este governo e sua candidata.
Em todos os níveis de escolaridade, em todas as faixas etárias, em todas as regiões – com exceção, apenas, entre os mais ricos –, os brasileiros, em maioria avassaladora, ignoram as diatribes diárias desses jornais contra o governo mais respeitado – nacional e internacionalmente – e popular da história deste País. Suas denúncias contra um só lado são ignoradas, e o Brasil caminha para dar uma vitória histórica à candidata que rejeitam.
Todavia, há que fazer uma distinção entre as posturas adotadas pelo Estadão e pela Folha. Enquanto que o primeiro, como que atendendo a exortação do presidente da República, finalmente sai do armário, deixando claro, de forma tardia, que tem candidato, exatamente como o chefe da nação disse que tinha, o segundo continua tentando se esconder sob uma imparcialidade na qual só os seus controladores e empregados bajuladores dizem acreditar.
Por mais que os argumentos do Estadão para justificar que tenha se convertido em cabo eleitoral de José Serra sejam questionáveis e não resistam à menor exposição àquele contraditório que o jornal censura furiosamente, seus controladores não têm descido ao nível da família Frias.
Entre todas as barbaridades praticadas pela Folha, algumas das quais já lhe renderam sucessivas condenações na Justiça, uma delas jamais encontrou paralelo na dita “grande imprensa” nacional. O jornal publicou em sua primeira página a falsificação de uma ficha policial de Dilma Rousseff, adversária do candidato extra-oficial do veículo, José Serra.
A Folha publicou em sua primeira página o conteúdo de um e-mail apócrifo, sem ter verificado absolutamente nada sobre a veracidade do documento. Tanto é que, depois do malfeito, escreveu nota de esclarecimento dizendo que não tinha elementos para negar ou confirmar a veracidade de uma falsificação contra uma ministra de Estado que publicou em seu espaço de maior visibilidade, na primeira página.
Em seu editorial de 26 de setembro de 2010, em que reafirma ser “isenta”, a Folha chega a “advertir” o presidente da República e sua candidata de que não aceitará que tentem “censurar” a imprensa, esgrimindo com cláusula pétrea da Constituição que versa sobre liberdade de expressão. O Estadão vai pela mesma linha de confronto com este governo por ter as mesmas inclinações antidemocráticas que o seu congênere, ainda que tenha mais caráter.
Ambos, porém, carregam o suplício de inocentes em seus currículos fétidos. Sob essa trajetória conspurcada por um apreço patético e degenerado pelo estupro do Estado Democrático de Direito que Estadão e Folha agora se arvoram em sentinelas da democracia. E é por esse cinismo atroz que esses jornais terminarão na lata de lixo da história.

EVITEMOS O MAL


O jornalão "O Estado de São Paulo" resolveu acabar com a hipocrisia e declarar apoio ao candidato demotucano José Serra, em editorial escrito neste sábado, uma semana antes da eleição presidencial. Não há nada de novo, uma vez que o texto afirma o que ele sempre praticou e continuará praticando.

Há duas questões que me parecem relevantes e merecem a apreciação deste humilde blogueiro:

1º - O editorial destina apenas seis linhas para apontar as qualidades do candidato que apoia e três parágrafos para atacar o atual governo aprovado por mais de 80% dos cidadãos brasileiros. Dentre as acusações, o texto faz referência ao  presidente da nação como sendo o "chefe de uma facção".
Teria moral para publicar tal afirmação um "jornal" que faz parte do PIG e, comprovadamente, apoiou junto a outros jornalões o golpe de 64?
Quem mesmo é chefe de facção!?

2º - É importante para a democracia e a comunicação social a retirada da máscara do estadão que hipocritamente afirma sempre praticar um jornalismo de qualidade dando espaço para todos os lados. Antes tarde do que nunca explicitar de que lado se está! Mas é preciso perceber que não se trata de um apoio momentâneo mas, infelizmente, de uma prática que após as eleições continuará mascarada afirmando que naquele órgão de comunicação se pratica o jornalismo democrático. Ele sempre apoiou os demotucanos se utilizando do "jornalismo" para isso!

O PIG  está mais vivo do que nunca e suas investidas continuarão até o próximo domingo (3 de outubro) e certamente se intensificarão após essa data.

A democracia brasileira que se cuide porque se depender da velha mídia, o governo Dilma terá em pleno século 21 o ano de 1964 ressuscitado.

Abaixo a monarquia midiática tupiniquim!

Lei de mídia já!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O PIG MATOU TUMA

Um dos integrantes do PIG "matou" o senador e candidato a novo mandato, Romeu Tuma na tarde desta sexta-feira. A Folha de São Paulo em seu site publicou o falecimento e, depois de algumas horas, retirou do ar a notícia e reconheceu que errou. Confira o "homicídio":


Tal "erro" teria alguma relação com a eleição ao senado por São Paulo, uma vez que o candidato demotucano Aloysio Nunes certamente herdaria boa parte dos 20% do eleitorado que hoje votaria em Tuma?
Acho que o PIG não chegaria a esse ponto. Que mente perversa a minha.....

1964: O ANO QUE NÃO TERMINOU


Os velho jornalão "O Estado de São Paulo" desta quarta-feira, resolveu escancarar a intenção de mais um golpe. Não bastou para ele participar daquele em 1964. Sob um discurso claramente antilula e no pior estilo "tradição, família e propriedade" um grupo de intelectuais vinculados à oposição conseguiu escrever um manifesto sofrível, cheio de chavões típicos da direita conservadora. O texto chega ao absurdo de apresentar versões e denúncias não provadas para acusar (leia-se condenar) o atual governo. Se estivesse vivo, Jango afirmaria já ter visto esse filme.

Falta qualquer tipo de legitimidade, deixando claro o rancor e o preconceito de uma elite que não se conforma em estar à margem do poder onde foi o centro das atenções por centenas de anos. O 'movimento' cansei que o diga!
O manifesto não passa de mais uma tentativa desesperada de tentar reverter o resultado da eleição presidencial, nem que seja pelo viés golpista em nome do que esses poucos chamam de 'democracia'. É simplesmente repugnante!

Mas o jornalão não para por aí. Além do destaque para tal manifestação, o estadão também vem publicando, desde que Lula chegou ao poder, editoriais que fazem com que o leitor se sinta de volta à década de 60.
E com um cenário que demonstra mais uma derrota para essa trupe, o baixo nível de mentiras e hipocrisias não terá limites.

Se há um grupo que desde sempre se manteve no poder de forma autoritária mas disfarçada de democrático foi o PIG que pela primeira vez se vê em perigo pois a democratização da comunicação social está sendo fomentada aos quatro cantos da sociedade brasileira e, em especial, pela internet.

Se depender deste "blogueiro sujo"(classificação dada pelo candidato demotucano a presidência) e cidadão, os dias do PIG estão contados.

Que venha 2011! Que venha a democracia!

VÍDEO: JAMAIS ESQUEÇAMOS!

O vídeo abaixo narra trechos de editoriais de jornais brasileiros logo após o golpe militar de 1º de abril de 1964. Golpe que teve o apoio dos mesmos jornalões que estão aí até hoje e que, passado o período sombrio, se colocaram cinicamente como vítimas da censura militar.
Trata-se de um breve vídeo didático para aqueles que desconhecem o PIG:

O PIG QUE SE CUIDE

O documento que reproduzo abaixo foi lido durante o ato que lotou o auditório do sindicato dos jornalistas de São Paulo na noite desta quinta-feira. Mais uma vez foi possível perceber que há grande mobilização na sociedade brasileira contra a vergonhosa monarquia midiática tupiniquim. Não deixe de assistir ao vídeo abaixo do texto que mostra um pouco do que foi a manifestação tendo como convidada especial a ex-prefeita de São Paulo e sempre atuante Luiza Erundina.

Ato pela democracia: Pela mais ampla liberdade de expressão

O ato “contra o golpismo midiático e em defesa da democracia”, proposto e organizado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, adquiriu uma dimensão inesperada. Alguns veículos da chamada grande imprensa atacaram esta iniciativa de maneira caluniosa e agressiva. Afirmaram que o protesto é “chapa branca”, promovido pelos “partidos governistas” e por centrais sindicais e movimentos sociais “financiados pelo governo Lula”. De maneira torpe e desonesta, estamparam em suas manchetes que o ato é “contra a imprensa”.

Diante destas distorções, que mais uma vez mancham a história da imprensa brasileira, é preciso muita calma e serenidade. Não vamos fazer o jogo daqueles que querem tumultuar as eleições e deslegitimar o voto popular, que querem usar imagens da mídia na campanha de um determinado candidato. Esta eleição define o futuro do país e deveria ser pautada pelo debate dos grandes temas nacionais, pela busca de soluções para os graves problemas sociais. Este não é momento de baixarias e extremismos. Para evitar manipulações, alguns esclarecimentos são necessários:

1. A proposta de fazer o ato no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo teve uma razão simbólica. Neste auditório que homenageia o jornalista Vladimir Herzog, que lutou contra a censura e foi assassinado pela ditadura militar, estão muitos que sempre lutaram pela verdadeira liberdade de expressão, enquanto alguns veículos da “grande imprensa” clamaram pelo golpe, apoiaram a ditadura – que torturou, matou, perseguiu e censurou jornalistas e patriotas – e criaram impérios durante o regime militar. Os inimigos da democracia não estão no auditório Vladimir Herzog. Aqui cabe um elogio e um agradecimento à diretoria do sindicato, que procura manter este local como um espaço democrático, dos que lutam pela verdadeira liberdade de expressão no Brasil.

2. O ato, como já foi dito e repetido – mas, infelizmente, não foi registrado por certos veículos e colunistas –, foi proposto e organizado pelo Centro de Estudos Barão de Itararé, entidade criada em maio passado, que reúne na sua direção, ampla e plural, jornalistas, blogueiros, acadêmicos, veículos progressistas e movimentos sociais que lutam pela democratização da comunicação. Antes mesmo do presidente Lula, no seu legítimo direito, criticar a imprensa “partidarizada” nos comícios de Juiz de Fora e Campinas, o protesto contra o golpismo midiático já estava marcado. Afirmar o contrário, insinuando que o ato foi “orquestrado”, é puro engodo. Tentar atacar um protesto dos que discordam da cobertura da imprensa é tentar, isto sim, censurar e negar o direito à livre manifestação, o que fere a própria Constituição. É um gesto autoritário dos que gostam de criticar, mas não aceitam críticas – que se acham acima do Estado de Direito.

3. Esta visão autoritária, contrária aos próprios princípios liberais, fica explícita quando se tenta desqualificar a participação no ato das centrais sindicais e dos movimentos sociais, acusando-os de serem “ligados ao governo”. Ou será que alguns estão com saudades dos tempos da ditadura, quando os lutadores sociais eram perseguidos e proibidos de se manifestar? O movimento social brasileiro tem elevado sua consciência sobre o papel estratégico da mídia. Ele é vítima constante de ataques, que visam criminalizar e satanizar suas lutas. Greves, passeatas, ocupações de terra e outras formas democráticas de pressão são tratadas como “caso de polícia”, relembrando a Velha República. Nada mais justo que critique os setores golpistas e antipopulares da velha mídia. Ou será que alguns veículos e até candidatos, que repetem o surrado bordão da “república sindical”, querem o retorno da chamada “ditabranda”, com censura, mortos e desaparecidos? O movimento social sabe que a democracia é vital para o avanço de suas lutas e para conquista de seus direitos. Por isso, está aqui! Ele não se intimida mais diante do terrorismo midiático.

4. Por último, é um absurdo total afirmar que este ato é “contra a imprensa” e visa “silenciar” as denúncias de irregularidades nos governos. Só os ingênuos acreditam nestas mentiras. Muitos de nós somos jornalistas e sempre lutamos contra qualquer tipo de censura (do Estado ou dos donos da mídia), sempre defendemos uma imprensa livre (inclusive da truculência de certos chefes de redação). Quem defende golpes e ditaduras, até em tempos recentes, são alguns empresários retrógrados do setor. Quem demite, persegue e censura jornalistas são os mesmos que agora se dizem defensores da “liberdade de imprensa”. Somos contra qualquer tipo de corrupção, que onera os cidadãos, e exigimos apuração rigorosa e punição exemplar dos corruptos e dos corruptores. Mas não somos ingênuos para aceitar um falso moralismo, típico udenismo, que é unilateral no denuncismo, que trata os “amigos da mídia” como santos, que descontextualiza denúncias, que destrói reputações, que desrespeita a própria Constituição, ao insistir na “presunção da culpa”. Não é só o filho da ex-ministra Erenice Guerra que está sob suspeição; outros filhos e filhas, como provou a revista CartaCapital, também mereceriam uma apuração rigorosa e uma cobertura isenta da mídia.

5- Neste ato, não queremos apenas desmascarar o golpismo midiático, o jogo sujo e pesado de um setor da imprensa brasileira. Queremos também contribuir na luta em defesa da democracia. Esta passa, mais do que nunca, pela democratização dos meios de comunicação. Não dá mais para aceitar uma mídia altamente concentrada e perigosamente manipuladora. Ela coloca em risco a própria a democracia. Vários países, inclusive os EUA, adotam medidas para o setor. Não propomos um “controle da mídia”, termo que já foi estigmatizado pelos impérios midiáticos, mas sim que a sociedade possa participar democraticamente na construção de uma comunicação mais democrática e pluralista. Neste sentido, este ato propõe algumas ações concretas:

- Desencadear de imediato uma campanha de solidariedade à revista CartaCapital, que está sendo alvo de investida recente de intimidação. É preciso fortalecer os veículos alternativos no país, que sofrem de inúmeras dificuldades para expressar suas idéias, enquanto os monopólios midiáticos abocanham quase todo o recurso publicitário. Como forma de solidariedade, sugerimos que todos assinemos publicações comprometidas com a democracia e os movimentos sociais, como a Carta Capital, Revista Fórum, Caros Amigos, Retrato do Brasil, Revista do Brasil, jornal Brasil de Fato, jornal Hora do Povo, entre outros; sugerimos também que os movimentos sociais divulguem em seus veículos campanhas massivas de assinaturas destas publicações impressas;

- Solicitar, através de pedidos individuais e coletivos, que a vice-procuradora regional eleitoral, Dra. Sandra Cureau, peça a abertura dos contratos e contas de publicidade de outras empresas de comunicação – Editora Abril, Grupo Folha, Estadão e Organizações Globo –, a exemplo do que fez recentemente com a revista CartaCapital. É urgente uma operação “ficha limpa” na mídia brasileira. Sempre tão preocupadas com o erário público, estas empresas monopolistas não farão qualquer objeção a um pedido da Dra. Sandra Cureau.

- Deflagrar uma campanha nacional em apoio à banda larga, que vise universalizar este direito e melhorar o PNBL recentemente apresentado pelo governo federal. A internet de alta velocidade é um instrumento poderoso de democratização da comunicação, de estimulo à maior diversidade e pluralidade informativas. Ela expressa a verdadeira luta pela “liberdade de expressão” nos dias atuais. Há forte resistência à banda larga para todos, por motivos políticos e econômicos óbvios. Só a pressão social, planejada e intensa, poderá garantir a universalização deste direito humano.

- Apoiar a proposta do jurista Fábio Konder Comparato, encampada pelas entidades do setor e as centrais sindicais, do ingresso de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) por omissão do parlamento na regulamentação dos artigos da Constituição que versam sobre comunicação. Esta é uma justa forma de pressão para exigir que preceitos constitucionais, como o que proíbe o monopólio no setor ou o que estimula a produção independente e regional, deixem de ser letra morta e sejam colocados em prática. Este é um dos caminhos para democratizar a comunicação.

- Redigir um documento, assinado por jornalistas, blogueiros e entidades da sociedade civil, que ajude a esclarecer o que está em jogo nas eleições brasileiras e que o papel da chamada grande imprensa tem jogado neste processo decisivo para o país. Ele deverá ser amplamente divulgado em nossos veículos e será encaminhado à imprensa internacional.




quarta-feira, 22 de setembro de 2010

RECORDAR É VIVER!

Publico abaixo um artigo retirado do blog Conversa Afiada sobre a participação do Globo no golpe militar de 1964. Nunca é demais relembrar que a existência do PIG vem de longa data.

Confira:

Globo foi o maior dedo duro de 1964

Amigo navegante enviou ao Conversa Afiada essas duas páginas do Globo de 7 de abril de 1964.

É um documento histórico.

Atribuído a um grupo de democratas, o Globo publicou no dia 7 de abril de 1964, poucos dias depois da intervenção militar, a lista dos que tinham assinado um manifesto do Comando dos Trabalhadores Intelectuais.

Como hoje, o Globo do Dr Roberto colaborava com o Golpe: “chamamos a atenção de alto-comando militar para os nomes que o assinaram”.

É o dedo duro na sua manifestação mais cristalina.

Repare, amigo navegante, alguns dos nomes que o Globo queria mandar para a câmara de torturas:

Ferreira Gullar, Carlos Diegues, Arnaldo Jabour, Chico Anísio, Paulo Francis, Tereza Rachel, Jorge Zahar.

Que horror !

É a “Lista de Schindler” de sinal trocado: é a “Lista do Globo”, dos que deveriam ser cremados.

Viva o Brasil !

Paulo Henrique Amorim

Confira os documentos:



terça-feira, 21 de setembro de 2010

Documentos finais do 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas

O 'Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé' publicou nessa terça os documentos finais da inédita Conferência Nacional de Blogueiros Progressistas ocorrida no último mês de agosto em São Paulo. Evento que tive a honra de participar e humildemente colaborar com as reflexões e debates. Foi apenas o primeiro, muitos outros virão. O PIG que se cuide.

LUTEMOS PELA DEMOCRATIZAÇÃO DA MÍDIA! E QUE VENHA 2011!

Confira:

Finalmente, a Carta dos Blogueiros Progressistas, o relatório dos grupos, as moções e a prestação de contas do 1º Encontro Nacional, realizado em São Paulo, capital, nos dias 20, 21 e 22 de agosto. A demora se deve a vários motivos.
A Carta dos Blogueiros teve 27 emendas. Foi preciso uma reunião da comissão organizadora para fechar a versão final, que está aberta a críticas. Qualquer omissão ou alteração importante, por favor, enviem para este endereço: contato@baraoitarare.org.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. .
Nem todos os relatórios dos cinco grupos foram entregues prontamente. Tivemos de contatar um a um, para finalizar essa etapa. O mesmo aconteceu com algumas das nove moções apresentadas durante o encontro.
O mais demorado foi o fechamento das contas.
A relação dos participantes, e-mails e blogs será publicada em separado até o final desta semana. As restrições que muitos impuseram à divulgação dos seus dados (alguns ou todos) estão obrigando a Danielle Penha, do Barão de Itararé, a contatar um a um.
Participaram 330 blogueiros e/ou twiteiros de 17 unidades da federação. Sem dúvida, um sucesso, com gosto de quero mais.
Portanto, obrigadíssima:
* A todos vocês, blogueiros e twiteiros, que divulgaram o evento, participaram presencialmente ou via internet, fazendo com que o encontro chegasse às cinco regiões do Brasil.
* Ao apoio financeiro dos 26 Amigos da Blogosfera: 21 compraram uma cota de patrocínio cada e 5 permutaram o valor por trabalho.
* Ao Centro de Estudos da Mídia Alternativa “Barão de Itararé”, à Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação (Altercom) e ao Movimento dos Sem Mídia (MSM), pelo apoio institucional.
* Ao Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, presidido pelo engenheiro Murilo Celso de Campos Pinheiro. Gente maravilhosa, que mergulhou de cabeça, como se o encontro fosse do sindicato. Fizeram com que todos nós nos sentíssemos em casa não só pelo carinho como pela presteza em nos ajudar. Rita Casaro e Diogo Alexandre Bernardo, valeu, mesmo! Sem a inestimável colaboração de vocês, dificilmente conseguiríamos segurar tamanho rojão.
Fiquem agora com os documentos finais deste 1º Encontro. Até maio de 2011.

CARTA DOS BLOGUEIROS PROGRESSISTAS

“A liberdade da internet é ainda maior que a liberdade de imprensa”. Ministro Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em 20, 21 e 22 de agosto de 2010, mulheres e homens de várias partes do país se reuniram em São Paulo para materializar uma entidade, inicialmente abstrata, dita blogosfera, que vem ganhando importância no decorrer desta década devido à influência progressiva na comunicação e nos grandes debates públicos.
A blogosfera é produto dos esforços de pessoas independentes das corporações de mídia, os blogueiros progressistas, designação que se refere àqueles que, além de seus ideais humanistas, ousaram produzir uma comunicação compartilhada, democrática e autônoma. Contudo, produzir um blog independente, no Brasil, ainda é um gesto de ativismo e cidadania que não conta com os meios adequados para exercer a atividade.
Em busca de soluções para as dificuldades que persistem para que a blogosfera progressista siga crescendo e ganhando influência em uma comunicação dominada por oligopólios poderosos, influentes e, muitas vezes, antidemocráticos, os blogueiros progressistas se unem para formular propostas de políticas públicas e pelo estabelecimento de um marco legal regulatório que contemple as transformações pelas quais a comunicação passa no Brasil e no mundo.
Com base nesse espírito que permeou o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, os participantes deliberaram em favor dos seguintes pontos:
1. Apoiamos o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), de iniciativa do governo federal, como forma de inclusão digital de expressiva parcela do povo brasileiro alijada da internet no limiar da segunda década do século XXI. Esta exclusão é inaceitável e incompatível com os direitos fundamentais do homem à comunicação em um momento histórico em que os avanços tecnológicos na área já são acessíveis em diversos países.
Apesar do apoio ao PNBL, os blogueiros progressistas julgam que esta iniciativa positiva ainda precisa de aprimoramento. Da forma como está, o plano ainda oferece pouco para que a internet possa ser explorada em todas as suas potencialidades. Reivindicamos a universalização deste direito, que deve ser encarado com um bem público. A velocidade de conexão a ser oferecida à sociedade sem cobrança dos custos exorbitantes da iniciativa privada, por exemplo, precisa ser ampliada.
2. Defendemos a regulamentação dos Artigos 220, 221 e 223 da Constituição Federal, que legislam sobre a comunicação no Brasil. Entre outras coisas, eles proíbem a concentração abusiva dos meios de comunicação, estimulam a produção independente e regional e dispõem sobre os sistemas público, estatal e privado. Por omissão do Poder Legislativo e sob sugestão do eminente professor Fabio Konder Comparato, os blogueiros progressistas decidem apoiar o ingresso na Justiça brasileira de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) com vistas à regulamentação dos preceitos constitucionais citados.
3. Combatemos iniciativas que visam limitar o uso da internet, como o projeto de lei proposto pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), o “AI-5 digital”, que impõe restrições policialescas à liberdade de expressão. Defendemos o princípio da neutralidade na rede, contra a proposta do chamado “pedágio na rede”, que daria aos grandes grupos de mídia o poder de veicular seus conteúdos na internet com vantagens tecnológicas, como capacidade e velocidade de conexão, em detrimento do que é produzido por cidadãos comuns e pequenas empresas de comunicação.
4. Reivindicamos a elaboração de políticas públicas que incentivem a blogosfera e estimulem a diversidade informativa e a democratização da comunicação. Os recursos governamentais não devem servir para reforçar a concentração midiática no país.
5.Cobramos do Executivo e do Legislativo que garantam a implantação das deliberações da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), em especial a da criação do imprescindível Conselho Nacional de Comunicação.
6. Deliberamos pela instituição do encontro anual dos blogueiros progressistas, como um fórum plural, suprapartidário e amplo. Ele deve ocorrer, sempre que possível, em diferentes capitais para que um número maior de unidades da Federação tenha contato com esse evento e com o universo da blogosfera.
7. Lutaremos para instituir núcleos de apoio jurídico aos blogueiros progressistas, no âmbito das tentativas de censura que vêm sofrendo, sobretudo por parte de setores políticos conservadores e de grandes meios de comunicação de massas.
São Paulo, 22 de agosto de 2010.

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MOÇÕES APRESENTADAS NO ENCONTRO
1) Salve a Rádio e TV Cultura
Propomos que o Encontro de Blogueiros, o Sindicato dos Jornalistas e as entidades representativas da sociedade civil se mobilizem para evitar o desmonte do projeto educacional e cultural que a Fundação Padre Anchieta oferece a sociedade, diante da possibilidade de demissão de mais de mil funcionários e do encerramento de programas da TV Cultura.
2) Inclusão do direito à banda larga na Constituição Federal
A partir do entendimento de que a comunicação é um direito humano fundamental, este 1° Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas defende o encaminhamento de Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que inclua no capítulo 5 da Constituição da República Federativa do Brasil o direito à banda larga para todos os cidadãos e todas as cidadãs, ou seja, a universalização da banda larga gratuita e de qualidade.
Além de garantir à população o acesso a um meio de comunicação que permite a liberdade de expressão e favorece a democratização da comunicação, esta medida tem inclusive caráter de utilidade pública, pois campanhas informativas ajudam a combater males nos mais diversos âmbitos. A campanha pela erradicação da dengue, por exemplo, é basicamente informativa, e poderia ser potencializada a distribuição das informações com a mesma universalização da banda larga gratuita.
A educação de jovens adultos também seria viabilizada pela medida, podendo acarretar até mesmo economia de gastos públicos, pois permitiria a sinergia entre políticas de saúde, educação e cultura. Lançamos, assim, uma campanha pela PEC da Banda Larga, que tenha ampla divulgação na blogosfera, que estimule a formação de uma frente parlamentar em defesa da proposta e outras medidas e ações que possam potencializar a mobilização em torno da causa.
3) Movimento Nacional de Catadores de Material Reciclável
Propomos que o encontro de blogueiros dê todo apoio ao Movimento Nacional de Catadores de Material Reciclável, em sua luta contra a incineração de lixo que vai gerar poluição com material que gera renda para a categoria. A lei está em processo de regulamentação.
4) Direito autoral
Apoiamos o processo de reforma da legislação autoral submetida a toda a sociedade brasileira, que busca o equilíbrio entre o direito da sociedade de acesso público à informação e a remuneração justa do autor, bem como, disponibilizar conteúdos produzido em formatos abertos para garantir a interoperabilidade de ferramentas e conteúdos, como por exemplo, utilizar os padrões: SVG (Scalable Vectorial Graphics), PNG (Portable Network Graphics), ODF (Open Document Format),  OGG (vídeo) e licenças livres que definem como se pode utilizar a obra licenciada, como exemplo a iniciativa Creative Commons.
5) Neutralidade na rede
Defendemos o princípio da neutralidade na rede. Queremos que a Internet continue livre e sem controle e filtros de mensagens, tecnologias e formatos. Não admitimos que aqueles que controlam a infraestrutura de telecomunicações possam controlar o fluxo de informações que passa sobre suas redes físicas. Nenhum pacote de informações deve ser tratado de modo discriminatório na rede. A Internet não pode ser transformada numa rede de TV a cabo. Em defesa da diversidade cultural, da liberdade e da criatividade defendemos o princípio da neutralidade na rede e contra o vigilantismo.
6) Plebiscito sobre os meios de comunicação
Apoiamos a realização de um plebiscito nacional com objetivo de consultar a sociedade sobre o papel dos meios de comunicação na atualidade e sobre um novo marco regulatório para o setor, que enfrente a concentração midiática e estimule a diversidade e a pluralidade informativas.
7) Inclusão e alfabetização digital
Amplas camadas da população brasileira precisam ser alfabetizadas digitalmente, permitindo-lhes melhor uso das tecnologias. Por sermos contra os monopólios e acreditarmos que a inclusão e a alfabetização digital devem ser tratadas com a seriedade de assunto estratégico de interesse nacional, defendemos que esses processos sejam desenvolvidos em cooperação com a comunidade do Software Livre e através do uso de Softwares e Sistemas Operacionais Livre.
8) Reconhecimento do trabalho de Raimundo Rodrigues Pereira
O Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas aprova essa moção especial, reconhecendo o trabalho pioneiro do jornalista Raimundo Rodrigues Pereira, na construção de uma comunicação mais democrática no Brasil. Nos anos 70, sob ditadura, ele comandou os jornais alternativos “Opinião” e “Movimento” – que tiveram papel fundamental na resistência ao regime militar.
Quase quarenta anos depois, Raimundo segue na ativa, e seu exemplo segue a inspirar os blogueiros progressistas bem como todos aqueles que – hoje, sob democracia – lutam por um país mais justo, também na área de comunicação.
9) Solidariedade a Lúcio Flávio Pinto
Lúcio Flávio Pinto, de Belém (PA), 45 anos de profissão, 23 dos quais dedicados ao Jornal Pessoal . Ganhador dos principais prêmios de Jornalismo no Brasil, é  exemplo de ética, coragem, competência e dignidade para jornalistas, blogueiros, comunicadores sociais e populares, estudantes.
Por fazer um jornalismo comprometido com a verdade, já tentaram desqualificá-lo, foi ameaçado de morte, espancado. Só os Maiorana, do Grupo Liberal, já o processaram 19 vezes.
Desde 1992, quando a família Maiorana propôs a primeira ação, procurou oito escritórios de advocacia de Belém. Nenhum aceitou. Os motivos apresentados foram vários, mas a razão verdadeira uma só: eles tinham medo de desagradar os poderosos do império midiático local. Não queriam entrar no seu índex.
Ele não pode contar nem mesmo com o compromisso da Ordem dos Advogados do  Brasil. Seu atual
presidente nacional, o paraense Ophir Cavalcante   Júnior, quando presidente estadual da entidade, firmou o entendimento de que de que Lúcio Flávio foi perseguido e agredido não por exercer a liberdade de imprensa, o direito de dizer o que sabe e o que pensa, mas por “rixa familiar”.
A Lúcio Flávio, nossa irrestrita solidariedade. A sua luta é de todos nós.
Quem quiser ajudá-lo nesta batalha, pode depositar qualquer quantia na conta abaixo:
BANCO ITAÚ (banco 341)
Conta: 07164-8
Agência: 9208
CPF: 610.646.618-15
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RELATÓRIOS DOS GRUPOS

GRUPO I
1. Criar uma “carta de princípios” (deve preceder o debate sobre tecnologias).
2. Criar um portal geral, por adesão voluntária, tipo “outra mídia é possível” ou portal “Barão de Itararé”.
3. Criar mecanismos de ir para a rua, popularização, exemplo: blog Cidadania do Eduardo, que chamou vários atos públicos.
4. Consultoria jurídica no portal,  pode ser pelo Barão de Itararé; rede nacional de profissionais de direito.
5. Criar rede de jornalistas,  “central de pauta” —  falou sobre excesso de analise e falta de fatos, ou seja, melhorar a verdade factual nos blogs.
6. Blogs são livres; manter os blogueiros sem muitas regras.
7. Portal libre.org.br para pequenos editores.
8. Criar atividade específica de blogueiros para debater tecnologia, como: criar tag específica, software reconhecimento de voz, jogar com “empoderamento” individual na rede, discutir a construção de serviços para hospedagem de blogs independentes.

GRUPO II
1. Definir o segundo encontro nacional.
2. Aproveitar a oportunidade do latinoware, em Foz do Iguaçu, e promover um encontro latinoamericano.
3. Tirar o termo progressista (outro termo).
4. Linkar todos os blogs no Barão de Itararé (para quem autorizar), organizar por categorias, mapear as atualizações.
5. Viabilizar o financiamento de blogs. A economia solidária deve ser o foco deste financiamento, além de não obstaculizar debates em torno de projetos que estejam carimbados em verbas públicas nos âmbitos: central, regionais e estaduais. A coordenação do encontro deve buscar formular uma proposição que garanta o debate livre do tema financiamento dos blogs.
6. Incentivar os encontros estaduais.
7. Reforçar a luta da banda larga. Exigir a neutralidade na rede.
8. Replicar (compartilhamento) via twitter das informações entre twitteiros e blogueiros.
9. E necessário haver portais agregadores.
10. Viabilizar oficinas sobre como fundamentar a informação. A blogosfera não pode repetir os vícios da mídia corporativa.
11. Incentivar a multiplicação de blogueiros. Para isso, aplicar as técnicas através das redes sociais, objetivando acabar com a distância tecnológica entre os blogueiros. As ferramentas livres são baratas, grátis e de fácil acesso.
12. Mobilização e solidariedade em defesa da TV Cultura de São Paulo.
13. Reforçar a necessidade da economia solidária. Disputar os projetos que ensejam verbas públicas, locais, regionais, estaduais, central. Desenvolvimento de um processo de agregação;
14. Uma moção para inserir no capítulo V da Constituição uma emenda constitucional referindo-se a universalização da banda larga.
15. Compartilhar informações entre os blogueiros é um bom começo.
16. Conseguir patrocínio para o segundo encontro nacional dos blogueiros. Para isso, é preciso constituir um grupo de trabalho que atue em conjunto a coordenação do encontro.
17. Conhecer a plataforma livre para redes sociais.
18. Moção de solidariedade ao jornalista Lúcio Flavio Pinto. Replicar a carta dele em todos os blogs.
19. Confeccionar um vídeo/curso de formação voltado para  divulgação e formação, tendo como público-alvo os movimentos sociais.
20. Moção de apoio ao Movimento Nacional de Catadores de Material Reciclável.

GRUPO III
1. Associação em massa ao Barão de Itararé. Isso fortalecerá a instituição, possibilitando desenvolver mais atividades, entre as quais:
a. apoio jurídico comum aos blogueiros;
b. estabelecimento de um fórum virtual permanente para capacitação dos blogueiros;
c. realização das oficinas regionais antes do próximo encontro nacional. As oficinas devem ter, no mínimo, três objetivos: pensar e compartilhar estratégias para aumento do número de acessos dos blogs; esclarecer questões jurídicas; e capacitar os blogueiros no uso de ferramentas;
d. criação e disponibilização de cartilha de softwares livres para realização de cursos e formação de multiplicadores;
e. organização de conferências temáticas virtuais (via twitcam, por exemplo);
f. promoção de parlamentar contínua. Nesse ponto foram destacadas algumas questões relativas ao ordenamento legal que deveriam ter atenção especial nesse trabalho:
- defesa da neutralidade da internet;
- defesa da inclusão digital/universalização da banda larga;
- considerar a inclusão na Constituição Federal do direito à internet para todos os cidadãos brasileiros;
- atenção ao processo que se vem percebendo de criminalização das lan houses.
g. Estimular a criação de redes de blogs temáticos.
h. Resenhas quinzenais com base no material produzido pelos blogueiros progressistas.
2. Promoção de atividades coletivas virtuais diretas, como postagens com dia e hora marcados para determinadas ações, como a defesa da universalização da banda larga.
3. Reforçar a importância dos comentários tanto nos sítios da velha mídia (para contraponto ao pensamento conservador) quanto nos blogs progressistas.
4. Utilização de sítios regionais e locais de notícias para veiculação dos nossos blogs para aumentar o número de acessos. Muitas vezes órgãos menores de comunicação não têm capacidade de veicular muitos artigos de opinião e teriam interesse em disponibilizar esse tipo de serviço.
5. Os blogueiros devem valorizar a produção de linhas auxiliares de apoio aos blogs, como ilustrações e fotos. Além de enriquecer os posts, pode ajudar a aumentar o acesso.

GRUPO IV
1. Mapear a rede de advogados pró-bono, para garantir assistência jurídica aos blogueiros.
2. Criar imediatamente um site em que será disponibilizada a relação dos blogs participantes deste evento, bem como um breve resumo sobre eles.
3. Realizar oficinas para o desenvolvimento técnico dos blogs nos encontros estaduais que precederão o próximo encontro nacional. Promover oficinas semelhantes no Barão de Itararé.
4. Promover ações em prol do desenvolvimento dos blogs, respeitando a individualidade de cada um deles e promovendo a força da coletividade e os instrumentos de apoio mútuo.
5. Promover a defesa do direito à comunicação e à liberdade de expressão, reconhecendo que ela implica proporcional responsabilidade.

GRUPOS V/VI
1. Escola de boas práticas e técnicas jornalísticas.
2. Jornal dos blogs ou resenha quinzenal.
3. Rede de blogueiros:
a. blogueiros solidários;
b. portal dos blogueiros;
c. Barão de Itararé pode ser este portal?;
d. biblioteca virtual dos blogueiros (documentos, apresentações como a da Maria Fro, agregador de links, etc.) e page-views compartilhados.
4. Pronto-socorro on-line (quem está conectado ajuda quem precisa), para questões jurídicas, tecnológicas ou jornalísticas.
5. Oficinas virtuais.
6. Fundo comum para a blogosfera.
7. Fomentar relações entre blogs e outras redes sociais.
8. Regionalização:
a. encontros locais de blogueiros antecipando o encontro nacional;
b. regionalizar o portal dos blogueiros (como o Portal Sul21);
c. unir blogs de forma regionalizada;
d. grupos de trabalho regionais ao longo do ano;
9. Formar comissão geral permanente.
10. Priorizar dinâmicas de grupo no próximo encontro.
11. Firmar compromisso dos blogueiros com licenças de livre conteúdo.
12. Formar uma comissão jurídica de blogueiros.
13. Disponibilizar dados de processos jurídicos (aqueles que enfrentaram processos na justiça para aqueles que estão sofrendo processos).
14. Plano Nacional de laptop público, nos moldes do PNLB.
15. Fundo público para comunicação pública, inclusive blogosfera, rádios e TVs comunitárias.
16. Levar discussões da blogosfera às ruas (mobilização).
17. Moção de solidariedade a Raimundo Pereira, precursor do encontro.
18. Priorizar a economia solidária em detrimento do patrocínio proveniente da iniciativa privada.
19. Ao replicar conteúdo e citar fontes
a. priorizar os blogs pequenos;
b. citar as fontes produtoras e não só os divulgadores;
c. comentar nos blogs originais;
20. Lutar por editais públicos para financiamento.
21. Usar o dinheiro em caixa para financiar encontros estaduais.
22. Criar alternativas para blogueiros que não podem pagar inscrições.
23. Ampliar a participação dos movimentos sociais nos encontros de blogueiros.

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PRESTAÇÃO DE CONTAS


* Comissão Organizadora:  Altamiro Borges, Conceição Lemes, Conceição Oliveira, Diego Casaes, Eduardo Guimarães, Luis Nassif, Luiz Carlos Azenha, Paulo Henrique Amorim,  Renato Rovai e Rodrigo Vianna.

FAZENDO CONTRAPONTO AO PIG.

ELES NÃO SABIAM?????

Os indignados PSDBistas, que agora se valem de mais uma reportagem da revista inVeja, para criticar e acusar a candidata Dilma Rousseff, com certeza se mantiveram estaticamente mudos nos escândalos do governo FHC. Ele próprio já se preocupou em criticar o governo Lula e a candidata Dilma Rousseff.
Uma parte da população (graças a Deus, cada vez menor) talvez tenha esquecido ou até mesmo não tenha tido acesso a determinadas informações, justamente porque os órgãos de comunicação não fizeram o estardalhaço que fazem agora. Mas eu resolvi enumerar alguns desses escândalos ocorridos durante o governo do indignado, honesto e
totalmente esquecido Fernando Henrique Cardoso.
Vem comigo! Vamos viajar pelos anos de 1994 a 2002

CONIVÊNCIA COM A CORRUPÇAO - Um dos primeiros gestos de FHC ao assumir a Presidência, em 1995, foi extinguir, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, instituída no governo Itamar Franco e composta por representantes da sociedade civil, que tinha como objetivo combater a corrupção. Em 2001, para impedir a instalação da CPI da Corrupção, FHC criou a Controladoria-Geral da União, órgão que se especializou em abafar denúncias.
(Corruptos? De maneira nenhuma. No Brasil só são corruptos os políticos do PT. FHC com essa medida procurou beneficiar o PT. Bonzinho ele não?)
SIVAM - A empresa Esca, associada à norte-americana Raytheon, e responsável pelo gerenciamento do projeto, foi extinta por fraudes contra a Previdência. Denúncias de tráfico de influência derrubaram o embaixador Júlio César dos Santos e o ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Mauro Gandra. (Com certeza esse caso foi um golpe da esquerda e eles não sabiam ...)

CAIXA DOIS - As campanhas de FHC em 1994 e em 1998 se beneficiaram de um esquema de caixa-dois. Em 1994, pelo menos R$ 5 milhões não apareceram na prestação de contas entregue ao TSE. Em 1998, teriam passado pela contabilidade paralela R$ 10,1 milhões
(Oxente! Caixa 2? Isso não é criação de Marcos Valério e do PT? Eles não sabiam, a culpa é toda do tesoureiro!)
PROPINA NA PRIVATIZAÇÃO - A privatização do sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce foi marcada pela suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de FHC e do senador José Serra e ex-diretor da Área Internacional do Banco do Brasil, é acusado de pedir propina de R$ 15 milhões para obter apoio dos fundos de pensão ao consórcio do empresário Benjamin Steinbruch, que levou a Vale, e de ter cobrado R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar
(Mas isso não é crime né Serra? Foi apenas “má administração”)
EMENDA DA REELEIÇÃO - Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Os deputados foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. (Isso não é nem mensalão, é DIARÃO – Teve CPI? Eles não sabiam ...).

PRECATORIOS - foi o principal foco de corrupção no governo de FHC. Seu último avanço em matéria de tecnologia da propina atende pelo nome de precatórios. Estima-se que os beneficiados pela fraude pagavam 25% do valor dos precatórios para a quadrilha que comandava o esquema.
(Muito se falou e pouco se explicou a respeito desse “negocio”, Mas eles não sabiam ... será que Dilma sabia? Chama ela prá depor!)
DESVALORIZAÇÃO DO REAL - Há indícios de vazamento de informações do Banco Central. 24 bancos lucraram muito com a mudança cambial e outros quatro registraram movimentação especulativa suspeita às vésperas do anúncio das medidas.
(Vazamento de informações é coisa do PT ... eles não sabiam!)
MARKA/FONTE CIDAM - Durante a desvalorização do real, os bancos Marka e FonteCindam foram socorridos pelo Banco Central com R$ 1,6 bilhão. (Isso é o que podemos chamar de socorro. Eles não sabiam ....)

BASE DE ALCANTARA - O governo FHC enfrenta resistências para aprovar o acordo de cooperação internacional que permite aos Estados Unidos usarem a Base de Lançamentos Espaciais de Alcântara (MA). Os termos do acordo são lesivos aos interesses nacionais.
(Como todos os negócios feitos neste governo. Interesses nacionais que se danem, o que valia, eram os interesses financeiros individuais e a subserviência aos EUA)
BIOPIRATARIA OFICIAL - contrato escandaloso assinado entre a Bioamazônia e a Novartis, que possibilitaria a coleta e transferência de 10 mil microorganismos diferentes e o envio de cepas para o exterior, por 4 milhões de dólares. Sem direito ao recebimento de royalties.
(Pra que royalties? Comissão transferida para paraísos fiscais é bem mais interessante e mais prático)
500 ANOS DO BRASIL - O filho do presidente, Paulo Henrique Cardoso, é um dos denunciados pelo Ministério Público de participação no episódio de superfaturamento da construção do estande brasileiro na Feira de Hannover, em 2000.
(Eita, então não foi o Lulinha, e muito menos Israel Guerra que criaram isso? Só assim a gente descobre o autor, ta vendo? Eles não sabiam ...)
EDUARDO JORGE - Eduardo Jorge Caldas, secretário-geral da Presidência estava envolvido no esquema de liberação de verbas para o TRT paulista e em superfaturamento no Serpro, de montar o caixa-dois para a reeleição de FHC, de ter feito lobby para empresas de informática, e de manipular recursos dos fundos de pensão nas privatizações. Também tentou impedir a falência da Encol.
(Os políticos do PSDB se indignaram como agora? E José Serra pediu a punição do cara? Jarbas Vasconcelos o que disse a respeito? O cara fez tudo sozinho, eles não sabiam de nada ....)
S U D A M - O rombo causado pelo festival de fraudes transamazônicas na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, a Sudam, no período de 1994 a 1999, ultrapassaram R$ 2 bilhões. Ao invés de acabar com a corrupção que imperava na Sudam e colocar os culpados na cadeia, o presidente Fernando Henrique Cardoso resolveu extinguir o órgão.
(Mais prático, mais eficaz e menos problemático, claro! Quanta eficiência e quanta impunidade!)
S U D E N E - Foram apurados desvios de R$ 1,4 bilhão em 653 projetos da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, a Sudene. A fraude consistia na emissão de notas fiscais frias para a comprovação de que os recursos recebidos do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) foram aplicados. Como no caso da Sudam, FHC decidiu extinguir o órgão. (Mais uma vez ele agiu com inteligência e eficácia. Deixando os culpados impunes)

F U N D E F - O governo FHC desrespeita a lei que criou o Fundef. Em 2002, o valor mínimo deveria ser de R$ 655,08 por aluno/ano de 1ª a 4ª séries e de R$ 688,67 por aluno/ano da 5ª a 8ª séries do ensino fundamental e da educação especial. Mas os valores estabelecidos ficaram abaixo: R$ 418,00 e R$ 438,90, respectivamente. O calote aos estados foi de R$ 11,1 bilhões desde 1998.
(E educação é prioridade nas promessas deles ... faz até graça! Eles não sabiam ...)
ABUSO DE MPS (MEDIDAS PROVISORIAS) - Enquanto senador, FHC combatia com veemência o abuso nas edições e reedições de Medidas Provisórias por parte José Sarney e Fernando Collor. Os dois juntos editaram e reeditaram 298 MPs. Como presidente, FHC cedeu à tentação autoritária. Editou e reeditou, em seus dois mandatos, 5.491medidas. (Caracas! Isso é digno de constar no Guiness! Mas eles não sabiam ...)

ACIDENTES NA PETROBRAS - Por problemas de gestão e falta de investimentos, a Petrobras protagonizou uma série de acidentes ambientais no governo FHC que viraram notícia no Brasil e no mundo. A estatal foi responsável pelos maiores desastres ambientais ocorridos no País nos últimos anos. Provocou, entre outros, um grande vazamento de óleo na Baía de Guanabara, no Rio, outro no Rio Iguaçu, no Paraná. Uma das maiores plataformas da empresa, a P-36, afundou na Bacia de Campos, causando a morte de 11 trabalhadores. A Petrobras também ganhou manchetes com os acidentes de trabalho em suas plataformas e refinarias que ceifaram a vida de centenas de empregados.
(A mídia noticiou por que foi obrigada, afinal o mundo todo se voltou para os acidentes ocorridos aqui. Não tinha como abafar o caso como foi feito em inúmeras oportunidades. E tinham interesse em desmoralizar a empresa para privatizá-la)
APOIO A FUJIMORI - O presidente FHC apoiou o terceiro mandato consecutivo do corrupto ditador peruano Alberto Fujimori, um sujeito que nunca deu valor à democracia e que fugiu do País para não viver os restos de seus dias na cadeia. Não bastasse isso, concedeu a Fujimori a medalha da Ordem do Cruzeiro do Sul, o principal título honorário brasileiro. O Senado, numa atitude correta, acatou sugestão apresentada pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR) e cassou a homenagem.
(E Regina Duarte não teve medo?)
DESMATAMENTO NA AMAZONIA - Por meio de decretos e medidas provisórias, o governo FHC desmontou a legislação ambiental existente no País. As mudanças na legislação ambiental debilitaram a proteção às florestas e ao cerrado e fizeram crescer o desmatamento e a exploração descontrolada de madeiras na Amazônia. Houve aumento dos focos de queimadas. A Lei de Crimes Ambientais foi modificada para pior.
(E alguma coisa nesse governo era feita pra melhor?)
ARAPONGAGEM - O governo FHC montou uma verdadeira rede de espionagem para vasculhar a vida de seus adversários e monitorar os passos dos movimentos sociais. Essa máquina de destruir reputações é constituída por ex-agentes do antigo SNI ou por empresas de fachada. Os arapongas tucanos sabiam da invasão dos sem-terra à propriedade do presidente em Buritis, em março deste ano, e o governo nada fez para evitar a operação. Eles foram responsáveis também pela espionagem contra Roseana Sarney.
(Opa!!!! Eu pensei que essa estória de espionagem, dossiês e vazamento de informações era coisa do PT e só tinha acontecido no governo Lula. Será que Serra sabia disso? Eles não sabiam ...)
ESQUEMA DO FAT - A Fundação Teotônio Vilela, presidida pelo ex-presidente do PSDB, senador alagoano Teotônio Vilela, e que tinha como conselheiro o presidente FHC, foi acusada de envolvimento em desvios de R$ 4,5 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Descobriu-se que boa parte do dinheiro, que deveria ser usado para treinamento de 54 mil trabalhadores do Distrito Federal, sumiu. As fraudes no financiamento de programas de formação profissional ocorreram em 17 unidades da federação.
(O dinheiro que foi desviado nesses oito anos de governo do PSDB soma uma fábula, mas ninguém se indignou com isso. Agora eles querem voltar ao poder, via Jose Serra. Isso não é crime Serra ou só má administração? Eles não sabiam ...)
MUDANÇAS NA C L T - A maioria governista na Câmara dos Deputados aprovou, contra o voto da bancada do PT, projeto que flexibiliza a CLT, ameaçando direitos consagrados dos trabalhadores, como férias, décimo terceiro e licença maternidade. O projeto esvazia o poder de negociação dos sindicatos. No Senado, o governo FHC não teve forças para levar adiante essa medida anti-social. (
São esses políticos que em época de eleição defendem o trabalhador e depois de eleitos dão uma banana para todos nós)
OBRAS IRREGULARES - Um levantamento do Tribunal de Contas da União, feito em 2001, indicou a existência de 121 obras federais com indícios de irregularidades graves. Uma dessas obras, a hidrelétrica de Serra da Mesa, interior de Goiás, deveria ter custado 1,3 bilhão de dólares. Consumiu o dobro.
(Mais dinheiro desviado???? Affffff!!!! Onde estavam os paladinos da moral, da ética e da honestidade? Eles não sabiam ...)
AVANÇO DA DENGUE - A omissão do Ministério da Saúde é apontada como principal causa da epidemia de dengue no Rio de Janeiro. O ministro José Serra demitiu seis mil mata-mosquitos contratados para eliminar focos do mosquito Aedes Aegypti. Em 2001, o Ministério da Saúde gastou R$ 81,3 milhões em propaganda e apenas R$ 3 milhões em campanhas educativas de combate à dengue. Resultado: de janeiro a maio de 2002, só o estado do Rio registrou 207.521 casos de dengue, levando 63 pessoas à morte. (José Serra?
Esse que hoje fala que fez isso e fez aquilo pela saúde quando foi ministro? Estou certa ou são pessoas distintas? Ele fez e vai fazer muito mais? Os brasileiros serão dizimados pelos mosquitos? Eles não sabiam ...).
CRESCIMENTO DO PIB - Na "Era FHC", a média anual de crescimento da economia brasileira estacionou em pífios 2%, incapaz de gerar os empregos que o País necessita e de impulsionar o setor produtivo.
(Comentar o que né? Com tantos desvios, tantas maracutaias e com tanto descaso pelo pais, a economia não poderia crescer jamais)
RENUNCIAS NO SENADO - A disputa política entre o Senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) e o Senador Jader Barbalho (PMDB-PA), em torno da presidência do Senado expôs publicamente as divergências da base de sustentação do governo. ACM renunciou ao mandato, sob a acusação de violar o painel eletrônico do Senado na votação que cassou o mandato do senador Luiz Estevão (PMDB-DF). Levou consigo seu cúmplice, o líder do governo, senador José Roberto Arruda (PSDB-DF). Jader Barbalho se elegeu presidente do Senado, com apoio ostensivo de José Serra e do PSDB, mas também acabou por renunciar ao mandato, para evitar a cassação. Pesavam contra ele denúncias de desvio de verbas da Sudam.
(Eita turminha boa essa, de primeira grandeza!)
RACIONAMENTO DE ENERGIA - A imprevidência do governo FHC e das empresas do setor elétrico gerou o apagão. O povo se mobilizou para abreviar o racionamento de energia. Mesmo assim foi punido.
(O único estado que não sofreu com a incompetência do governo FHC, foi o Rio Grande do Sul e sabem por que? Porque a secretaria, nada mais nada menos do que a competentíssima Dilma Rousseff, que hoje concorre e se elegerá presidente do Brasil, elaborou um plano para que os gaúchos não fossem penalizados com o apagão nacional.)
REFORMA AGRARIA - O governo FHC apresentou ao Brasil e ao mundo números mentirosos sobre a reforma agrária. Na propaganda oficial, espalhou ter assentado 600 mil famílias durante oito anos de reinado O governo considerou assentadas famílias que haviam apenas sido inscritas no programa. Alguns assentamentos só existiam no papel. Em vez de reparar a fraude, baixou decreto para oficializar o engodo.
(Outra demonstração de rapidez e eficiência diante de um problema que deveria ser resolvido mas que como tantos outros, eram esquecidos por governantes e pela mídia comprometida)
SUBSERVIENCIA INTERNACIONAL - A timidez marcou a política de comércio exterior do governo FHC. Num gesto unilateral, os Estados Unidos sobretaxaram o aço brasileiro. O governo do PSDB foi acanhado nos protestos e hesitou em recorrer à OMC.
(Timidez? Acanhamento? Não é bem assim. Não tomaram e nem tomarão nunca , nenhuma atitude contra os desmandos norte americanos, porque defendem unicamente os seus interesses)
RENDA EM QUEDA – DESEMPREGO EM ALTA - O governo tucano fez o desemprego bater recordes no País. O governo FHC promoveu a precarização das condições de trabalho. O rendimento médio dos trabalhadores encolheu.
(Também não vou dizer as taxas de desemprego durante o governo Lula, seria até humilhante. Pesquisem!!!!)
RELAÇÕES PERIGOSAS - Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de Serra e de FHC, é acusado de exercer tráfico de influência quando era diretor do Banco do Brasil e de ter cobrado propina no processo de privatização. Outra ligação perigosa é com Vladimir Antonio Rioli, ex-vice-presidente de operações do Banespa e ex-sócio de Serra em empresa de consultoria. Ele teria facilitado uma operação irregular realizada por Ricardo Sérgio para repatriar US$ 3 milhões depositados em bancos nas Ilhas Cayman - paraíso fiscal do Caribe. (Esse José Serra
citado nessas armações é o mesmo que está querendo ser presidente do Brasil? É aquele careca truculento que não deixa nenhum jornalista falar e que tem bradado aos quatro cantos suas promessas e sua indignação diante de acusações que não foram comprovadas contra Dilma Rousseff? Mas isso não é crime .... Eles não sabiam ...)
CORREÇÃO DA TABELA DO IR - Com fome de leão, o governo congelou por seis anos a tabela do Imposto de Renda. O congelamento aumentou a base de arrecadação do imposto, pois com a inflação acumulada, mesmo os que estavam isentos e não tiveram ganhos salariais, passaram a ser taxados.
(Mais dinheiro para os cofres públicos, ops, será mesmo que os cofres eram públicos?)
INTERVENÇÃO NA PREVI - FHC aproveitou o dia de estréia do Brasil na Copa do Mundo de 2002 para decretar intervenção na Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, com patrimônio de R$ 38 bilhões e participação em dezenas de empresas. Com este gesto, afastou seis diretores, inclusive os três eleitos democraticamente pelos funcionários do BB. O ato truculento ocorreu a pedido do banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunitty. Dias antes da intervenção, FHC recebeu Dantas no Palácio Alvorada. O banqueiro, que ameaçou divulgar dossiês comprometedores sobre o processo de privatização, travava queda-de-braço com a Previ para continuar dando as cartas na Brasil Telecom e outras empresas nas quais são sócios.
(Vocês entenderam? Sabem que é Daniel Dantas? Preciso dizer mais alguma coisa? Acho melhor nem falar né? Xiuuuu Ana! Eles nem sabem que é Daniel Dantas ....)
BANCO CENTRAL - principal causador de turbulências no mercado financeiro. Ajuste nas regras dos fundos de investimentos, rolamento da divida publica com a venda de títulos a curto prazo e compra desses mesmos títulos a longo prazo com isso o dólar e o risco Brasil dispararam.
(Quem não é economista como a Miriam Leitão, capaz de não entender nada, mas será que na época a comentarista da Globo criticou essas transações? Sem gaguejar, claro!)
Essa pequena mostra, serve para explicar o meu repúdio a esses políticos que fizeram "historia" quando exerceram cargos importantes na política brasileira e hoje se fingem de morto para tirar proveito em causa própria. José Serra declarou que se Dilma sabia do caso Erenice é crime, senão sabia é má administração. Ele fazia parte do governo FHC, era seu Ministro mas não sabia de nada. Dilma deixou o Ministério, está viajando o Brasil em campanha, mas era ela quem coordenava e ordenava os esquemas.
Faça-me o favor Zé. Ta difícil de te engolir mais essa!
Nenhum desses políticos e nenhum desses jornalistas que se calam diante de verdades comprovadas, tem moral para falar de quem quer que seja. Ainda mais quando falam, comentam ou acusam sem provas, apenas com o intuito de denegrir a imagem de uma pessoa como Dilma Rousseff ou o Presidente Lula. É por isso mesmo, que o povo já escolheu os seus candidatos e essa escolha fica bem evidenciada nas pesquisas de intenção de votos. 

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O PIG ATACA NOVAMENTE


 O Partido da Imprensa Golpista não descansa. Todos os dias, em pelo menos um dos seus tentáculos, é possível ler ou assistir acusações sem comprovações ao atual governo e à candidata Dilma com a finalidade de tentar, ao menos, levar a eleição para o segundo turno. Nesta segunda-feira um dos mais importantes braços do PIG, a Folha de São Paulo exerceu mais uma aula de como não praticar jornalismo. No caderno "Eleições 2010" publicou acusação à candidata afirmando que ela "favoreceu firma e aparelhou secretaria" quando foi secretária de minas e energia do Rio Grande do Sul, ainda na década de 90.
90% da matéria é focada na acusação (leia-se condenação) sendo deixado do lado direito da página um pequeno espaço sob o título "Outro Lado" para poder argumentar, hipocritamente, que praticam jornalismo.
De imediato, Dilma se pronunciou afirmando que se trata de mais uma matéria tendenciosa e que todas as suas contas forma aprovadas por unanimidade pelo TCE. Confira:


É cada vez mais assustadora a manipulação do PIG em publicar "matérias" que tentam denegrir apenas o lado contrário aos seus interesses econômicos e políticos. Aos que ainda não conseguem enxergar isso, peço que me mostrem um comparativo da quantidade de matérias críticas originadas pelo PIG entre as candidaturas de Serra e Dilma. Ou alguém duvida que para os jornalões e a velha mídia os candidatos são tratados com absoluta igualdade e que para eles Dilma/Lula não é a aliança do mal e os Demotucanos a aliança do bem?

COMO EM 64, MÍDIA SEMEIA O GOLPE

Mais uma vez, a monarquia midiática pretende agir em nome da sua 'democracia'

Como no golpe de 64, alguns jornalões pretendem vilipendiar a democracia brasileira tentando colar no presidente Lula e em sua candidata o rótulo de ditadores que se posicionam contrários à velha trupe da "tradição, família e propriedade". O próprio candidato demotucano fez referência ao assunto utilizando a expressão “república sindicalista” em reunião com militares no Rio de Janeiro caso Dilma seja eleita. É mais uma tentativa de ressuscitar a hipócrita expressão de que "é necessário tomar medidas extremas para salvar a democracia”. A democracia de alguns né, cara pálida!

Abaixo posto o artigo de Vinicus Wu publicado na Carta Maior sobre o tema.






“Ressurge a Democracia! Vive a Nação dias gloriosos“
Trecho do Editorial de “O Globo” de 1 de abril de 1964.
No sombrio despertar das ditaduras latino-americanas, ditadores jamais se apresentaram enquanto tal. Golpistas jamais aplicam “golpes”. Na pior das hipóteses adotam “medidas extremas” para salvaguardar a democracia, a liberdade e, em casos mais graves, o “sagrado” direito à propriedade. Esta foi uma das “inovações” mais bizarras das ditaduras que emergiram no contexto da guerra-fria. Não é por acaso que até hoje, nos círculos saudosistas do regime militar, o golpe que depôs o Presidente eleito João Goulart seja saudado como “Revolução Redentora”.
De acordo com esta narrativa, as prisões, as torturas, o silêncio imposto à livre manifestação do pensamento e a perseguição política não foram mais do que gestos em defesa da “liberdade”. Até aí nada de novo. Porém, deve causar inquietação entre as forças democráticas no Brasil de hoje o ressurgimento desta retórica com uma força perturbadora ao longo das ultimas semanas.
Alguns dos principais jornais do país estão, há algumas semanas, trabalhando diariamente para imputar ao Presidente Lula a pecha de “ditador” e qualificar a eventual vitoria de Dilma como uma ameaça à democracia.
Foi o próprio Serra quem retomou o termo “República Sindicalista”, em reunião com militares no Rio de Janeiro. Agora, o remake de uma antiga propaganda de um periódico de São Paulo insinua comparações entre Lula e Hitler (sic), numa ignóbil peça publicitária que insulta a inteligência dos brasileiros.
Justiça seja feita a um dos mais erráticos colunistas do jornal O Globo, que há alguns dias foi quem lançou a moda de comparar o presidente mais popular da história do país, eleito e reeleito pelo voto direto, ao líder nazista. O mesmo colunista andou reproduzindo um artigo denominado “A solução final” (sic), no qual era apresentada uma tosca análise de um recente pronunciamento do Presidente Lula.
É sim preocupante o movimento, pois, embora não tenha força social e condições políticas de se transformar em um novo golpe, contribui para a emergência de um clima de recrudescimento da luta política no país, que pode ter graves conseqüências para a democracia e um desfecho imprevisível nos próximos anos.
Na verdade, o que buscam é a “venezuelização” do país. Ou seja, trabalham abertamente para a criação de um ambiente político de instabilidade permanente, fragilização das instituições democráticas e deslegitimação do voto popular.
O que está em jogo é o cenário em que se dará a luta política no país no próximo período.
Diante do fato de que a eleição de Dilma parece ter-se tornado um acontecimento praticamente irreversível, a questão passa a ser a definição do cenário em que se dará a luta política ao longo de um eventual governo Dilma. Pretendem inaugurar um ambiente de “crise permanente”, de confronto político aberto entre posições irredutíveis.
A comparação com a Venezuela é inevitável. Afinal, muito se fala por aqui dos erros de Hugo Chávez (em grande medida reais). No entanto, pouco é dito a respeito do comportamento golpista, desrespeitoso e grotesco dos grandes conglomerados de comunicação venezuelanos, que frequentemente chamam o presidente do país de “macaquito”.
Em seu renitente cinismo, os grandes monopólios da comunicação brasileiros alertavam para o “risco” da importação do chavismo por Lula. Agora passam, de fato, a incentivar a “Venezuelização” do Brasil, importando um comportamento golpista e irresponsável, característico da grande mídia venezuelana.
Já que não conseguem derrotar Lula trabalham para criar um ambiente de enfraquecimento da autoridade e da legitimidade social e política daquela que deve ser a próxima presidente do país.
A vitória do amplo diálogo social inaugurado por Lula – um dos elementos chave do sucesso de seu governo – conta com a aversão de determinados setores da grande mídia, que perceberam a centralidade de combater o novo “pacto” social – inaugurado por Lula – em sua estratégia de derrotar o PT a qualquer custo.
À época de Goulart a deslegitimação da democracia fundava-se no argumento de que a fraqueza da democracia estava permitindo a “bolchevização” do país, através da supostas concessões que o governo Goulart fazia ao PCB.
Na época atual, os esforços em favor da mesma deslegitimação visam atingir diretamente a figura do Presidente, identificando-o com o autoritarismo, o paternalismo e o clientelismo. Um grau de irresponsabilidade só compreensível face à enormidade do preconceito que lhes move.
Uma imprensa capaz de comparar um presidente democrata e com enorme popularidade ao criador de uma das maiores tragédias do século XX só pode mesmo estar disposta a tudo para fazer prevalecer sua visão de “democracia”. Estejamos atentos.

sábado, 18 de setembro de 2010

HÁ 16 ANOS SERRA-ALCKMIM DESPREZAM A ÉTICA NA EDUCAÇÃO


Abaixo republico o texto  'ÉTICA E EDUCAÇÃO' de minha autoria a convite da professora Maria do Carmo Whitaker para o site ética empresarial em 11/2008:





Desde os primórdios o ser humano se depara com uma reflexão acerca do significado da palavra ética. Até que ponto a respeitamos e a deixamos de respeitar? Parece-me oportuna essa questão no âmbito educacional, principalmente, no momento histórico em que vivemos.
A ética se propõe a respeitar limites do que se estabelece como bom ou mau sob o prisma da condição humana que se reconhece abraçada a princípios universais e morais. Ela norteia a conduta do homem na sociedade. Mas tal percepção se mostra em constante conflito no tocante a uma das mais importantes áreas da vida humana; a educação que se vê voltada a um sistema que trata consciência como mercadoria. O que prevalece e dá sentido às relações políticas, econômicas e sociais são os conceitos de competitividade, qualidade total, eficiência e eficácia. Tudo englobado em um paradigma que forma pessoas para a conquista do sucesso.
Esse sistema tem como foco o mercado e, literalmente, vende a idéia de que o lucro será a salvação para todos. Ocorre que não há como unir seres humanos e suas necessidades mais básicas com a competitividade que finge lembrar de temas fundamentais para a existência de uma sociedade saudável. 
A educação se apresenta dominada pela ética capitalista e vejo esse fato sinônimo de caos. A educação deve seguir à risca a busca da prática da liberdade de pensamento sem imposições. Imposições essas que o mercado entende como válidas. A liberdade de pensamento deve ser estimulada através de reflexão e conhecimento e não através de produtos e lucro.
Verifica-se aqui a dualidade citada na obra de Paulo Freire entre a pedagogia dos dominantes, onde a educação existe como prática da dominação (ética capitalista), e a pedagogia do oprimido que tenta se libertar dela (ética educacional).
Nesse cenário a ética educacional dá lugar à mera condução conveniente ao sistema do que se propõe a ensinar e a aprender. Uma posição de interesse mercadológico e não mais no interesse da qualidade do ensino.
Essa percepção é assustadora porque não apenas a escola passa a perder qualidade em seu corpo docente, mas também no seu corpo discente que, por sua vez, passa a dar maior importância a assuntos que o sistema dominante lhe impõe fazendo com que o caminho para a libertação do pensamento via filosofia, sociologia e história se tornem assuntos enfadonhos porque tais temas não são vendidos todos os dias como inúmeros produtos que prometem o “céu na terra”. A ética capitalista é a da competitividade e se constrói na corrida para atender as necessidades do mercado. A ética da educação é a da não competitividade e se constrói lentamente para atender as necessidades humanas.
A escola deve utilizar a pedagogia para conseguir transmitir ao aluno o, efetivo, exercício da cidadania defendendo os direitos humanos, as diferenças de cor, credo e religião, liberdade, igualdade de oportunidade e a dignidade humana, mas o que se verifica é que nenhum desses fatores é transmitido uma vez que a educação sucumbiu a uma fria relação de custo-benefício.
A experiência educativa não pode ser simplesmente treinamento técnico. É necessário ter o caráter formador. Ensinar exige aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação, exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural, exige consciência de que nada está acabado e sim que tudo recomeça, exige respeito à autonomia, exige humildade; ou seja, tudo o que a práxis do mercado não reconhece.
A ética na educação deve enxergar o ser humano enquanto ser inconcluso, ou seja, sempre em busca do aperfeiçoamento da verdadeira condição humana e não a que se refere o capitalismo que busca nessa palavra apenas mais um caminho para o crescimento do lucro aprisionando a pessoa no mundo do TER retirando-a do mundo do SER.
As pessoas passam a ter importância apenas para a produção do sistema hegemônico evitando que tenhamos a noção de que a possibilidade de se fazer mudança reside em cada um de nós. A nossa relação com o mundo deve se dar por nós mesmos e não por terceiros.
É necessário encararmos a luta contra a ideologia fatalista vigente que afirma cinicamente que a sociedade que aí está é a única possível se negando a fomentar o sonho e a utopia; diferindo o trabalho (expressão da alma) do emprego (exploração da força de trabalho) e impondo a vontade imobilizadora. Para tanto é necessário nos reconhecermos como sujeitos éticos.
Cabe ao educador estimular no educando a percepção da liberdade e do poder de mudança que ele possui. Trata-se de uma árdua batalha uma vez que tal tentativa seguirá na contramão do que a sociedade do consumo e o governo (em especial o de São Paulo) registram na maior parte das mentes humanas, mas, sem dúvida, é uma batalha que nos dá a oportunidade de ensinar e aprender com o dia a dia da educação.
Lutemos pela reflexão e libertação honrando e respeitando a enriquecedora relação entre educadores e educandos.