segunda-feira, 1 de novembro de 2010

ELEIÇÃO RIMA COM REFLEXÃO

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Acabou! Horas depois do final da mais sórdida disputa presidencial da história brasileira que culminou na vitória de Dilma Rousseff, sentimentos de alívio (a baixaria acabou!), alegria (seguiremos avançando!) e reflexão pairam sobre os poucos neurônios deste ordinário blogueiro. A conclusão de que a oposição prestou um desserviço à jovem democracia brasileira é inequívoca e triste.
Foram meses assitindo ao PIG e seu candidato/amigo se utilizarem de estratégias espúrias para vencer uma eleição que, desde o início, apontava para o inevitável resultado que temos hoje,  56,05 % do eleitorado ou 55.752.508 de votos para Dilma (a primeira presidente da nossa história) que sai fortalecida da disputa (leia-se guerra) e, definitivamente, da sombra de Lula. Dilma mostrou, assim como se verifica na sua história de vida, ser uma guerreira que possui luz própria e que tem plenas condições de continuar o processo de mudança social implementado nos últimos oito anos em pontos estratégicos, como:

- Manutenção do diálogo respeitoso com os movimentos sociais criando, pela primeira vez na história do país, inúmeras Conferências para diversas àreas da sociedade incluindo a CONFECOM da qual tive a honra e o prazer de participar;

- A efetiva revisão e recuperação do papel do Estado colocando fim às privatizações (a Petrobras é nossa e deve permanecer!), recuperação do papel planejador do Estado, fortalecimento dos bancos públicos dentre outras ações relevantes nessa área;

- A política de um mercado consumidor, efetivamente, de massas com recuperação do salário-mínimo, programas sociais como o Bolsa-Familia, e popularização de crédito foram algumas das ações que possibilitaram o Brasil a ver a crise econômica mundial apenas como uma "marolinha";

- O país nasce para a política externa soberana com a criação da UNASUL e valoriza parcerias mundo afora com países como Irã,China, India terminando com o nefasto e, até determinado momento, intocável alinhamento com os EUA. O Brasil deixou de falar fino com Washington e grosso com a Bolívia e a Venezuela criando o diálogo no mesmo patamar com todos.

A partir de 1º de Janeiro, Dilma terá um cenário mais confortável do que aquele vivido por Lula para dar continuidade nessas mudanças e aprofundá-las uma vez que ela terá ampla maioria no Congresso Nacional contando com 311 dos 513 deputados e com o detalhe de que se levarmos em consideração todos os partidos que apoiam o governo Lula, ela teria uma base de 402 parlamentares, ou seja, a maior desde a redemocratização do país.

A vitória de Dilma também significa a derrota do preconceito, do ódio, do sectarismo, do Partido da Imprensa Golpista (é a terceira derrota consecutiva!) e da maior máquina ideológica conservadora montada desde o golpe de 64. Todos que subscreveram a criminosa atitude contra este país personificada na queda de Jango praticaram as maiores atrocidades que pode se verificar num processo eleitoral democrático. Os demotucanos (engodo de "democratas" com tucanos) se utilizaram da antiga parceria com a monarquia midiática tupiniquim para disseminar inúmeras práticas criminosas como a difamação pautando temas que nem de longe caberiam numa eleição presidencial como o aborto, por exemplo.

Se esse cenário foi possível verificar apenas na eleição, podemos imaginar o que virá nos próximos quatro anos. A continuação do governo que busca a consolidação de um país, efetivamente, democrático terá de encarar de frente essa "tchurma" sem a mesmice do discurso "paz e amor". É o momento de avançarmos e de Dilma e seu governo mostrarem que o Brasil de poucos está sepultado pontuando a importância da transformação prática de uma sociedade excludente para uma sociedade com acesso à dignidade.

Nesse processo, me parece absolutamente necessário o debate acerca da comunicação social (direito fundamental do ser humano) para a posterior criação da Lei de Mídia. O quarto poder, historicamente, sempre conduziu os caminhos do nosso país de acordo com seus interesses financeiros e políticos. Um grupo de meia dúzia de famílias que desde sempre afronta a Constituição Brasileira como uma verdadeira família real. Assim agem, porque têm a certeza da impunidade.

Apesar de mais uma derrota, o PIG segue no seu objetivo e caberá aos cidadãos brasileiros que acreditam no sistema democrático participar desse processo de construção de uma sociedade livre que deixe de se submeter ao mau cheiro proveniente do chiqueiro.

Se depender deste blog (tido como "sujo" pelo candidato derrotado), o caminho de violação aos direitos dos cidadãos brasileiros trilhado pela velha monarquia midiática tupiniquim está próximo do fim.

Lutemos pelo exercício da democracia!

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2 comentários:

  1. Cuidemos todos, todos os dias, 24horas, para que essa corja não consiga transformar o Brasil num palco de discórdia, racismos e preconceitos.
    Defendamos todos, todos os dias a verdadeira liberdade de expressão. Aquela que tem compromisso com a verdade

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